sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Oscar Niemeyer: A fluidez da arquitetura


Ontem dia 15 de dezembro de 2011, Oscar Niemeyer fez 104 anos. Considerado pelos estudiosos da arte e da arquitetura como o ultimo símbolo da Arte Moderna, Niemeyer consolidou o que na Europa estava substituindo a Art Nouveau que imperava até então nas construções francesas, inglesas e italianas.
Se nos EUA os grandes arranhacéus já eram considerados o máximo da construção, coube a Le Corbusier e seus pupilos (incluindo aí o próprio Niemeyer) dar a arquitetura moderna um toque organico e menos minimalista.
   
Niemeyer começou a sua gloriosa carreira ao ser contratado por Lúcio Costa para montar uma equipe ( que incluia Bruno Giorgi, Burle Max) para a concepção do predio do Ministerio da Educação e Saúde em 1936. O grupo teve a ajuda do proprio Le Corbusier que influenciaria Niemeyer.

Depois deste trabalho o grupo ficaria notório na então incipiente arquitetura brasileira. Em 1950, o grupo é novamente recrutado para trabalhar em um projeto muito ousado até então: transformar um local deserto no meio do centro-oeste na capital federal.
Brasilia nasceu, da visão (hoje bastante mitica) de Dom Bosco e das ideias politicas de Jucelino Kubitschek. Lucio Costa desenhou a forma de passaro que a cidade teria, porém os cartões postais como O Congresso Nacional e o complexo cultural coube a Niemeyer.

A sua visão de arte menos minimalista ( os predios modernos até então tinham somente o formato caixa como padrão) e o uso engenhoso de grandes vidros e linhas sinuosas que davam ar orgânico as obras fez com que a arquitetura de Niemeyer fosse além do esperado.
  
Suas ultimas obras em Brasilia ( O Museu Nacional e a Torre Digital) mostram que a idade apenas contribuiram para uma criação cada vez mais inserida com o ambiente/homem e menos mecânica e seca como a arte moderna do inicio. Muitos podem até dizer que suas obras são extremamente esteticas e pouco funcionais, contudo não há como se desviar de obras que são sem muros e de puro convite para os olhos do transiunte que caminha por Brasilia.
  

Nenhum comentário:

Postar um comentário