quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

A Arte de esculpir e Desenhar: Galeria Particular 2012

Continuando a postagem sobre a 'Arte de...' Mostro para vocês meus amigos os trabalhos que realizei neste ano. Agradeço novamente aos que acompanharam as minhas postagens e minha história via internet (Cavaleiros e Exorcistas). No próximo ano prometo contar outra história. Agora fiquem com os meus desenhos feitos à carvão, tinta nanquim e uso de tecnica pontilhista. Também poderão ver as minhas ultimas esculturas de durepox.

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

A Arte de Criar Esculturas de Durepox 3: costumizando bonecos de plástico

Enfim, o ano novo está chegando. As piadas em torno do fim do mundo começam a pipocar nas redes sociais e nas conversas de bares em todo mundo (para os pessimistas o mundo graças a Deus não acabou). Enquanto alguns compram presentes ( e outros infelizmente não podem ganhar nada) outras pessoas resolvem fazer retiro espirituais e meditar sobre o que deu certo  e errado até aqui.
Para comemorar os dois anos deste nosso blog, quero agradecer a todos que leram as minhas postagens deste ano e do anterior. Inicialmente a ideia de criar este blog era de mostrar os meus dotes (fracos aliás) artisticos, porém com o tempo ele serviu como veiculo para falar de arte e cultura, que penso eu, de forma descontraída e sem excessos de didatismos.
Termino este ano mostrando algumas esculturas que fiz de durepox. Quem já viu os trabalhos anteriores percebeu que a minha ideia é misturar tecnicas de costumização e criação de 'bonecos'. O legal de poder costumizar um boneco velho de plástico e torna-lo outra coisa é algo que já fazia desde criança: pegava aqueles bonecos de plastico todo detonado e para consertar colocava elementos neles com durepox e tinta.

Com o tempo fui melhorando a tecnica, claro que quando posso faço um boneco inteiro de durepox, mas a ideia da costumização tem haver com o menor tempo de confecção e com a economia de material (gastasse menos durepox com a costumização do que fazer um boneco inteiro com o mesmo material).
Os bonecos que estou mostrando a vocês eu apresentei em meus projetos na escola em que leciono e consegui inspirar meus alunos a fazerem algo semelhante. Podem perceber que a minha temática ainda é o mundo dos monstros e seres fantasiosos. Espero que gostem e um Feliz Natal
prospero Ano NOVO!

domingo, 9 de dezembro de 2012

A Arte e a Loucura


Todo mundo já deve ter ouvido aquela frase clichê que diz "que de medico e louco, todo mundo têm um pouco". Eu costumo parafrasea-la e dizer que de " artista e louco, todos somos". Assisti um filme muito interessante chamado Art School Confidencial (2006), inspirada na obra de um cartonista norte-americano chamado Daniel Clowes. O filme conta a historia de um estudante de arte que deseja ser o maior artista de todos os tempos. O desejo do cara para ser famoso é tão grande que ele acaba se envolvendo com assassinato e com a velha discussão entre arte clássica e moderna. Tudo de forma hilária e bizarra!
 
Mesmo que você nunca tenha ouvido falar em Daniel Clowes ou em Art Scholl Confidencial, vale apena procurar este filme na internet e assistir, pois ele retrata do forma caricatural o dia a dia de um estudante de arte, seus desejos e frustrações com a futura profissão.

Mas antes do cinema tocar no binomio arte+loucura, a historia da arte já ha muito tempo relatava casos de artistas que extrapolavam a sanidade. Talvez, o mais famoso dos artistas loucos seja Van Gogh, a ponto de a cada ano aparecem textos cientificos tentando decifrar a sua personalidade. Muitos psicológos e psiquiatras deram pareces sobre o solitário artista e sua dificuldade de sociabilização. Para alguns ele sofria de esquizofrenia; para outros ele teria transtorno bipolar e até epilepsia já foi dada como causa de suas atitudes estranhas e seu dramático suicidio em 1890 aos 35 anos.

Outro que chamou a atenção dos medicos foi Salvador Dali, que costumava colocar em suas telas cenas de masturbação e sexo reprimido aliado a simbolos  decodificados. Para muitos a revolta contra a formação castradora que Dali teve pelo seu progenitor, encontrou uma valvula de escape eficiente em suas pinturas. Contudo, não podemos deixar de pensar que o movimento surrealista foi oportuno para que o pintor pudesse expor seus traumas (para os seus criticos ferrenhos) como marketing.

Outro que também tinha fama de 'esquizóide'  era Odilon Redon, cuja as pinturas de simbolistas figuras mitológicas e sombrias seriam uma forte inspiração para os surrealistas. Entre os surrealistas Max Ernest dizia ter alucinações que permitiam que ele pudesse pintar suas obras. O que explicava as suas imagens tão grotescas e fantásticas.

O suiço Edward Munch também ficou conhecido como 'louco', não só por causa de seu emblemático quadro 'O Grito', mas pelos relatos de fobias e traumas que carregava desde a infancia e que o levaram a pintar quadros estranhos. Se retrocedermos mais no tempo iremos ter os nomes de Bosch, Bruegel e até Michelangelo. Este último aliás é controverso, já que a sua dificuldade com relacionamentos sociais, principalmente com o sexo feminino seria de homossexualidade e não um disturbio comportamental grave.
Aqui no Brasil o caso mais conhecido é do artista Bispo do Rosário, que ficou conhecido por ter seus trabalhos confeccionados no periodo em que ficou em um hospicio no Rio de Janeiro. Durante sete anos ele fez mortalhas, esculturas e bordados tendo a esquizofrenia que sofria como impulsionador de suas obras. Ele faleceu em 1989, e chegou a ver os seus trabalhos reconhecidos por criticos de arte do Brasil e do exterior.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

A morte de Oscar Niemeyer e os Artistas Efêmeros


Hoje o mundo das artes amanheceu triste. Morreu o grande arquiteto brasileiro Oscar Niemeyer aos 104 anos de idade. Para muitos ele representou a arquitetura do século XX; para outros talvez, emblemáticamente, a figura de um país cheio de contrastes ( de um lado uma cidade super moderna e do outro cidades periféricas empobrecidas vivendo ao seu redor).

Se Brasilia é vista ainda como um museu à céu aberto, para os criticos mais ferrenhos ela é um arrombo de uma obra faraônica desnecessária. Enfim, falar de Niemeyer é falar do Brasil em vários aspectos. Nas redes sociais pude ver elogios e ataques ao gênio (alguns desocupados culturalmente e 'mentalmente' falavam mal de suas escolhas politicas). Niemeyer nunca escondeu que era comunista e que admirava Stalin. Ninguem é perfeito ora bolas! Na época em que o arquiteto começou a sua carreira, o comunismo estava em alta. Com o crescimento e a industrialização e o surgimento de lugares palpérrimos ao lado de elites capitalista bem alimentadas, parecia que o pensamento socialista seria a resposta para consertar todas as injustiças sociais.

No fim, o socialismo demonstrou suas fragilidades e hoje parece mais uma ideia por demais utópica para um mundo globalizado e cheio de dominio de corporações. Mas como eu falei ninguem é perfeito. Os que criticam hoje o Niemeyer por suas ideias também serão questionados amanhã. Já que tudo que pensamos e fazemos passará pelo filtro da história.
Basta lembrar de muitas personalidades históricas que defendiam as cruzadas na Idade Média, ou o absolutismo de hierarquias aristocratas no século XVIII e até ideais escravagistas e nazistas. Tudo era questão de estar no contexto e no calor dos fatos ocorridos.
    
Em um mundo cada vez efêmero, onde tudo é passageiro e de pouca analise coerente, talvez daqui a quarenta anos somente algumas personalidades poderão estar registradas nos livros de historias para representar nosso século para as futuras gerações: os ditadores arabes, os ultimos presidentes norte americanos, as primeiras presidentes mulheres na America Latina, o terrorista Osama Bin Laden e nas artes Oscar Niemeyer.
 
No caso de Oscar Nimeyer, é patente a sua importãncia, ja que ha muito tempo não temos artistas de um quilate de um Leonardo Da Vinci ou de um Picasso, para representar um periodo histórico. Em meio a tantos artistas (de várias  areas)  de trabalhos irrelevantes ou de pouca duração, Niemeyer estaria no patamar de Rodin, Duchamp, Pina Baush, Nan Jun Paik, Joseph Christo, Dali, Luigi Rosollo, Marllamé, Steven Spelberg, Oscar Wilde, José Saramago, Steve Jobs, Stravinsky, Caetano Veloso, Michael Jackson, Madonna, Beatles...
Em suma, o corpo se desfaz abaixo da terra, mas as obras ficam para a eternidade!