sábado, 22 de fevereiro de 2014

ROBOCOP e o Fascismo


Alguns personagens do cinema são tão emblemáticos que as vezes demoram para serem entendidos por sua geração. Um caso bem claro disto é o Robocop. Pude assistir recentemente em blue ray o antigo filme de 1987, dirigido pelo diretor holandês Paul Verhoeven.
O Robocop de 1987 é um daqueles filmes que mesmo depois de duas décadas não envelheceu nada tanto em história quanto de filme em si (os efeitos daquele e´poca ainda chamam a atenção mesmo no avanço digital de hoje).
O mais legal veio depois, já que no disco do filme traz uns extras como a entrevistas dos atores, tecnicos e claro, a opinião do diretor. Fica claro, que na visão de Paul Verhoeven que Robocop não é nenhum super herói; pelo contrário, o diretor vê somente no personagem um 'pobre coitado que foi transformado em máquina em nome de um sistema corporativista e cruel'.


Para completar, o depoimento do roteirista Mickael Miner , deixa bem claro que as intenções do filme é falar da opressão e por que não dizer, de um sistema fascista e totalitário. Robocop símbolo do fascismo?!Claro, somente uma máquina fria poderia por a ordem em uma sociedade caótica e que é no fundo dominada por corporações que mandam no governo e na mídia.
Quando assisti o filme pela primeira vez na TV, nunca me toquei sobre este fato. Achava que o policial robô era uma especie de Batman moderno ou algo do gênero. Naqueles tempos em que Rambo e o Exterminador do Futuro eram sinônimos de ação, o Robocop era somente mais um grandalhão que dava tiros para todo os lados e lutava com outras máquinas ensandecidas.
Paul Verhoeven que adora falar de temas políticos e violência, percebeu que o público na época idolatrava o Robocop sem entender o contexto do personagem. Para ele o filme é uma representação de uma sociedade opressora que procura' mecanizar' os seres humanos o quanto possível.
Hoje fui ao cinema para ver a versão do José Padilha. O seu Robocop tem um designer diferente, que por fora lembra um super herói para vender brinquedos (isso é até motivo de piada no filme). Porém, para a minha felicidade ele manteve o tema critico e até fascista que o filme defendia. Vamos ver se a geração rolezinho consegue entender o contexto do homem máquina que 'atira para matar'.

sábado, 1 de fevereiro de 2014

Esculturas de Durepox de Deuses e Monstros

Se existe um tema que mais eu goste de expressar em uma linguagem visual são as esculturas de durepox de temática mitológica. Como eu já relatei nas minhas primeiras postagens (isso lá em 2011...) eu sempre fui fascinado pelos temas mitológicos.
 
No inicio como muita gente eu descobria as histórias de lendas egipcias e gregas por meio de programas e filmes que passavam na TV. Logicamente que depois fui na fonte genuína da coisa: os livros. Comecei a ler muitos livros de lendas e mitos de vários povos. Um bom livro deste gênero é do autor Thomas Bulfinch ( O Livro de Ouro da Mitologia) que já falei. Outro livro bom saiu pela Editora Ática chamado 'Grecia: Mitos e Lendas do autor Alan Quesnel. 
Nas ferias comprei o livro chamado 'Mitologia: Deuses, Heróis e Lendas. Na verdade o livro é uma edição encadernada da revista Super Interessante. De toda forma sempre que aparece algo novo eu vou atrás. Por mais que pareça repetitivo os livros sempre me inspiram a fazer minhas esculturas. Sendo assim, fiz uma relação dos trabalhos que realizei sobre o tema, lembrando que na escola que leciono costumo usa-lo como projeto em sala de aula.

Demônio

Harpia/Medusa
Omulu orixá da medicina


divindade Ganesha 
Esfinge do Rei Édipo

deus da morte Anubis

Centauro Quiron

deusa gato Bastet