sexta-feira, 27 de julho de 2012

A Arte de Fazer Caixas de MDF

O segundo semestre de ano letivo ja se inicia. Muitas escolas (principalmente particulares) começaram as suas aulas nesta semana, já outras terão inicio na semana que vem. Como voltei de um recesso legal (viajei para descançar a cabeça) vou dar uma dica de trabalho bacana para fazer com os alunos de artes.
Este projeto costumo chamar de 'Caixa de Pandora'. O nome tem referência ao mito de Pandora, caixa que segundo os gregos guardava todos os tormentos dos homens. A brincadeira com o nome mitológico é para descontrair. O lance mesmo é confeccionar caixas de mdf com os alunos.
Como é uma arte muito ligada ao artesanato e serve como enfeite para guardar bijuterias, muitos associam ao trabalho feminino (confesso que não conheço caras que trabalham com caixas de mdf). Assim sendo resolvi fazer uma caixa de guardar objetos mais hardcore!

A minha que serve para guardar esculturas de durepox em miniatura tem como tema de enfeite os vitrais das catedrais góticas. Fiz em relevo a figura do arcanjo Miguel duelando com a Serpente Diabólica. Nas laterais da caixa fiz o rosto de um arcanjo barroco e de um demônio e na frente motivos florais para remeter também as colunas decoradas barrocas e rococós. Todo o trabalho de decupagem e decoração tem como materiais folhas de papel de seda descolorida com alcool, massa de modelar colorida e cola branca. O tempo foi de no máximo de duas horas e foi feito tudo em uma única tarde.

Para aqueles que querem trabalhar com as caixas de mdf em sala de aula, podem pedir aos alunos caixas de variados tamanhos e papeis de seda de cores variadas e massa de modelar. Em uma única aula pode-se fazer muita coisa. Legal também é antes da confecção procurar na internet imagens de caixas e temas para assim o aluno não ficar 'perdido' na hora de fazer a sua. Quem gostar da ideia, por favor mande algum recado ou sugestão OK!

terça-feira, 17 de julho de 2012

Escrevendo um Romance: 23ª Parte

CAVALEIROS E EXORCISTAS


©2012 Paulo Af.
Esta obra é uma ficção, não tem dados históricos oficiais reais e todos os personagens são fictícios, qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência.

O SACRIFICIO DE YARA

A lua cobria a floresta chamuscada pela fogueira provocada por nossas catapultas. Os corpos de guerreiras amazonas e cavaleiros se encontravam entrelaçados no solo ensopado de sangue quando eu em desastrada corrida tentava chegar à aldeia de Diana e suas irmãs. Passei pelo átrio da aldeia e vi corpos no chão enquanto outros combatentes ainda estavam de pé.
Eu olhava para os lados e não via sinal de Diana e nem do monsenhor Aquiles. Quando resolvi novamente buscar algum rosto conhecido vi o corpo de Bonelli no chão todo perfurado por espadas e lanças. Não pude mais ouvir as suas palavras e nem consolá-lo pela morte de Enrico. Agora os dois se encontrariam sob as bênçãos do Cristo no Céu.
Quando pensei em pegar a sua espada como objeto de lembrança, pude ver ao longe Buldica lutando bravamente. Com sua força descomunal lutava com dois guerreiros ao mesmo tempo. Por outro lado Harpia não tinha a mesma sorte e levou uma espadada bem no centro da fronte. Sua cabeça esfacelou-se com o choque da lâmina como um fruto apodrecido cortado! Buldica viu a cena e com rapidez chegou até a sua irmã combalida.
Por não aceitar tal cena persegui o algoz de Harpia e quando tive oportunidade furei-lhe bem no meio das costas. Harpia estava vingada! Mas isto não secou as lagrimas de Buldica que acolheu nos braços a irmã como uma mãe acolhe uma criança. Pensei comigo que tinha de acabar logo com aquilo. Tinha de alguma maneira de matar Atila. Com este pensamento fui ao seu encalço.
Do nada Diana veio até a mim e perguntou se eu tinha visto o monsenhor. Eu não quis falar-lhe sobre a morte de sua irmã mais nova naquela hora e então desviei o assunto dizendo que estava procurando Atila para matá-lo e assim por fim a esta guerra. Ela concordou com o meu pensamento e resolveu me ajudar a encontrá-lo
Corremos por toda a aldeia e não víamos o nosso inimigo, entramos então na grande oca e encontramos Fúria derrubando um cavaleiro. Diana se emocionou com a cena ao ver que sua mãe, velha guerreira, ainda mantinha forças nos braços mesmo com idade tão avançada. Mas onde estaria Atila? E o monsenhor ainda poderia estar respirando? Vendo a minha aflição, Diana disse os dirigirmos ao rio e quem sabe encontraríamos os dois. Aceitei a teoria e fomos para baixo da aldeia onde o rio se localizava.

Quando conseguimos chegar lá o palpite de Diana se concretizou: Aquiles e Atila lutavam no rio. A luz da lua fazia o reflexo da água fazer brilhar com mais intensidade as armaduras e laminas dos guerreiros. O tilintar de espadas ecoava no ar. Eu pensei em descer e ajudar o monsenhor, porém Diana disse que a luta era entre eles e quem vencesse seria digno de ficar de pé.
Enquanto digladiavam na água pude ver a sereia Yara assistindo a tudo encima de uma pedra que ficava na margem do rio. Não entendi na hora porque a divindade não quis intrometer na contenda dos dois homens. Contudo, do fundo do meu coração entendia a sua posição naquele momento. Yara amava os dois guerreiros e no fim sabia que só um sairia vivo.
Mesmo com a falta de uma das mãos, Atila estava em maior vantagem de luta devido a sua juventude. Ele dava golpes muito fortes e com habilidade conseguia neutralizar as investidas de Aquiles. O monsenhor por outro lado, parecia exausto e mal conseguia manter a espada em combate. Não acreditava no o que os meus olhos viam: o mestre fora vencido pela idade avançada e pela habilidade do seu oponente!
De repente algo inusitado aconteceu. A sereia pulou na água e foi na direção dos guerreiros. Sem eles perceberem ela se aproximou. Atila estava tão concentrado em ganhar a luta que nem percebeu que Yara se colocou na frente de Aquiles. Na hora o guerreiro sem pensar furou o peito da sereia. A reação foi de torpor pelo monsenhor. Ele largou a espada na água e abraçou a criatura ferida.
Aquiles começou a chorar e pedir para que a amada não fosse embora! Os olhos azuis de Yara pareciam estrelas que se apagavam no céu. Com poucas forças ela acariciou o rosto do mestre e então suspirou mantendo um sorriso nos lábios.
Atila também estático pensou em largar a sua arma, todavia gritou para Aquiles que a culpa era do monsenhor e que por isto iria matá-lo. Com muita raiva tentou enfiar a espada no mestre. Sem Atila perceber Aquiles tirou do habito um punhal e cravou no pescoço dele! De forma revés a espada de Atila ainda assim furou o peito do monsenhor. Os dois então se entreolharam e finalmente concluíram que um havia ferido o outro de forma mortal. A luta enfim acabou, mas não como eu esperava.

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Viva o Rock'n' Roll Baby!!!

 
Hoje é 13 de julho. Dia mundial do Rock. E quem acompanha o nosso blog, sabe que eu costumo misturar postagem com muita música e assim fazer algo diferente e mais divertido. Vou fazer uma viagem agora nas férias e para não deixar de falar com os amigos internautas, vou contar um pouco da história deste estilo musical que muitos dizem que 'está morrendo', mas continua a surpreender. Fiquem com Deus e espero ve-los em breve.

A Origem do Rock
Para muitos estudiosos da música o rock teve sua origem nos final dos anos 40 e inicio dos 50, o seu berço é muito dicutido, pois o rock teve varias raizes musicais que se desenvolveram em varias localidades do EUA. Lugares como Menphis, Nova Orleans e o Texas foram o celeiros deste estilo, ja que nestas regiões se ouviam simultanemente o country, o jazz, o rhythm blues e o gospel. Basicamente uma banda de rock é composta por uma guitarra, baixo eletrico ( nos anos 50 era o contra-baixo) e uma bateria (instrumentos oriundos do jazz como o piano e o trompete eram usados como incrementação por muitas bandas e nos anos 60, 70 e 80 o uso de sintetizadores, samples e computadores).
O Rock e os Afro-americanos
Não tem como falar de rock sem a contribuição dos negros em sua formação. Ao contrário que se pode pensar os estilos musicais que deram origem ao rock eram etnicamente negros. Foi em Menphis (terra de Elvis Presley) que o rhythm blues que era tocado pelos escravos nas colheitas de algodão como música de lamento deu os primeiros acordes de contribuição para o rock, em Nova Orleans o jazz e o gospel que também era tocado por afro-americanos em festas privativas e em igrejas  também se tornou alicerce para o rock'n' roll. O próprio nome rock designava segundo as girias negras a ideia de dança e de ato sexual ( o que levou o estilo a ser ignorado no inicio pelas radios e pela sociedade dos brancos medios americanos).
No Texas o racismo era muito forte e a aceitação das festas e das musicas negras explicaria a força do country (uma música de origem calcasiana). Como a festa feita pelos negros eram proibidas, logo começaram a chamar a atenção da juventude. As radios começaram a perceber que os jovens brancos dançavam algo novo e começaram a procurar por registros em discos para tocar. De cara muitos artistas negros tiveram as suas músicas vetadas nas radios e somente depois que começaram a aparecer bandas compostas por brancos o rock começou a tocar nas festas e radios norte americanas. Um exemplo desta epoca tão conturbada é registrado no filme Cadillac Records do diretor Darnell Martin (2009) sobre um empresário branco que tenta lançar artistas negros nos anos 50.


O Rock e as Mulheres
A relação rock + mulher sempre foi controversa. Para muitas pessoas o rock sempre passou a imagem de algo masculino, sujo, pesado e agressivo. Portanto, não seria algo compativel com a mulherada, ledo engano! Sempre ouve grupos musicais com as participações de mulheres ( na maioria das vezes ela entravam como backing vocal ou meras dançarinas de palco) mas nunca davam a elas papeis de destaque. Hoje existem muitas bandas com mulheres como band-lieder ou grupo somente formado por garotas. Bandas atuais como Paramore, Evanesence e Pitty devem muito ao pioneirismo de Joan Jett o grupo Runaways e Blondie (todas nos anos 70). Aqui no Brasil coube a Rita Lee (ex-Mutante) ser a ponta de lança do rock feito por mulheres!


O Rock e suas Facetas
Hoje em dia quase tudo é chamado de rock. Um exemplo é o mega show Rock in Rio que chama artistas como Ivete Sangalo para tocar no festival ( o nome não é Rock in Rio ?!). Na verdade o termo rock sempre usado nas girias como balanço ou modo de dançar livre, por isto, é que muitas vezes ouvimos o termo rock ligado até mesmo a música eletronica e o rap. Para os mais ortodoxos no entanto Rock mesmo é Heavy Metal, Punk, Trash, Gótico, Progressivo, Emo, Indie e Hard Core. Enfim, tem rock para todo mundo e gosto!

sábado, 7 de julho de 2012

Sessão Nostalgia: Temas de Desenhos Animados

Esta sessão estava parada por muito tempo em nosso blog. E como por ironia do termo senti uma 'nostalgia' e resolvi traze-lo de volta. Recentimente adquiri uns dvd's de desenhos animados da década de 80. Assistindo um e outro percebi logo duas coisas interessantes nestes desenhos:
1- Havia todo um cuidado estético neles (muitos destes desenhos eram criados pelos norte americanos, mas quem fazia eram os estudios japoneses para terem melhor qualidade);
2- Estes desenhos animados sempre tinham aberturas bacanas com musicas pop/rock legais.
Naquela época as animações americanas tratavam bastante de temas bélicos e de ação ( desenhos como o G. I Joe e Rambo eram propagandas do EUA da era Reagan armada até os dentes contra os chamados inimigos do mundo livre- diga-se de passagem os soviéticos e demais paises comunistas).
Para atrair o público infantil e juvenil os desenhos eram recheados de ação e claro, de temas musicais bem rock in roll. Como falei os estudios americanos para obterem uma melhor qualidade nos desenhos faziam o resto da produção no Japão ( por isto, às vezes, muita gente achava que desenhos como os Thunder Cats fossem animes japoneses e não um desenho americano).
Em outras situações desenhos japoneses eram comprados e vendidos no Ocidente como se fossem feitos dos EUA caso que ocorreu com os Transformers e Saber Rider. Houve também desenhos feitos simultaneamente na França e nos EUA e que para atrairem o publico tinha a sua parte da produção feita no Japão ou na Coreia. De toda forma a maneira dos desenhos japoneses eram atrativa para os produtores americanos por terem mais movimentaçâo e qualidade tecnica.
Para os que não conheceram alguns destes desenhos resolvi mostrar as aberturas e ficha tecnica de cada um:


Thunder Cats, (1983 a 1988), Rakim/Bass Production
Grupos de guerreiros parte homem parte felino liderados por Lion e sua espada justiceira que combatem feiticeiro do mundo antigo em um planeta chamado de Terceiro Mundo.


Silver Hawks, (1985 a 1987), Rakim/Bass Production
Policiais espaciais biônicos que combatem ladrões e assassinos em uma galaxia chamada de Limbo.


Saber Rider (1985 a 1988), Pierrot Studios
Anime japonês sobre cowboys espaciais que defendem uma federação usando robos gigantes contra bandidos inter-galacticos.


Galaxy Rangers, (1986 a 1989), Robert Mandell e Gaylord Intertainment Company
Westein misturado com viagens espaciais com cavaleiros que usam implantes que ampliam poderes para combater império espacial.


Jayce and Weeled Warriors (1985 ) DIC Intertainment.
Desenho que teve roteiro feito na França com os EUA e produzido por japoneses. Conta a história de Jayce, filho de um botânico que cria uma nova forma de vida que se volta contra a Terra. Para destruir os terriveis monstros vegetais, Jayce usa um anél mágico e veiculos de guerra modernosos.
Muitos desenhos para o delirio dos nostalgicos e curiosos estão na internet. Basta procurar e depois curtir!