quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

Sessão Homenagem: Histórias em Quadrinhos de Ícones do Horror

2016 está acabando para a alegria de muita gente e tristeza para outras. Como falei em uma postagem anterior este ano não foi o dos melhores. Os economistas não vem um bom horizonte para o Brasil (pelo menos nos próximos anos). Não sabemos se governo provisórios e suas mudanças 'drásticas' surtirá algum efeito. Mas vamos mudar de assunto!
Eu criei uma nova sessão e pretendo em 2017 ressuscitar algumas que ficaram de molho nos últimos anos. Pensei em guardar a surpresa até o ano novo. mas quer saber? Eu vou apresentar a novidade agora mesmo!
Trata-se de uma sessão onde eu homenageio algum clássico do cinema de ficção e terror por meio de história em quadrinhos. A brincadeira consiste em retratar uma cena de um determinado filme em forma de HQ, sendo que poder ser como eu falei de um filme de ficção ( isso inclui suspense, terror e até aventura).
Na minha primeira experiencia resolvi traduzir em forma de arte sequencial cenas de dois filmes de horror que gosto bastante: A Hora do Pesadelo e O Chamado. Sei que muita gente gosta dos personagens deste filmes então...
Myazaki esta assistindo a fita amaldiçoada que sua tia havia deixado encima da estante. Os apelos dela para que o garoto não visse a fita foram em vão. Myazaki assistia de forma hipnotizada  as cenas grotescas que passavam na sua TV. Depois de um longo silêncio ele ouviu o toque do seu celular. então ele atendeu. Ele ficou atônito com a voz do outro lado da linha que dizia com voz cavernosa: 'Você vai morrer'.
Sem se importar com a ligação o menino voltou a assistir a fita maldita. De repente uma estranha figura de uma menina de cabelos negros e compridos apareceu na tela. Parecia que ela sabia que Myazaki esta lá diante dela e então, ela foi em sua direção. Quando o menino se deu por si a figura estava saindo da TV. Myazaki não conseguiu se mexer de tão paralisado de medo que estava.
Por fim a estranha figura o agarrou e segurando firme seu rosto deu um sorriso diabólico para o menino que percebeu que era o seu fim.

Nancy resolveu tomar um banho quente em sua banheira. Enquanto ela se deliciava com o vapor e o frescor da água quente. Ela caiu em um sono profundo, o que fez que entrasse em contato com o mundo surreal do terrível estripador de Elmer street, o Fred Krueger! SUA garra metálica saiu da água vaporenta, e quando Nancy finalmente caiu em si viu que seria vitima da temível entidade diabólica dos sonhos. Não houve tempo para que a garota pudesse despertar. Era tarde e Fred já tinha ceifado a sua vida!


Gostaram galera? Quem puder mandar uma sugestão posso quadrinizar a cena do filme que você mais gosta. No mais um bom 2017 pra todo mundo!

segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

O Último Conto Bizarro do Ano: O Alegre Palhaço Simão


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Muita gente tem medo de palhaço. Esta figura maquiada, que dança e brinca e solta piada. Pode muitas vezes parecer ameaçadora para os olhos dos mais desconfiados. Por isto, a aparência pode ser um engano para quem não conhece a verdadeira alma do ser humano.
Maricleide estava dirigindo o seu Fiat Uno em plena avenida paulista como de costume. Muito barulho de sirene de ambulância, motoqueiro cortando caminho e quase trombando nas laterais dos automóveis, vendedores de água, suco e balinha gritando, carro de som com barulheira 'na toda'.
Seria mais uma segunda feira de ida ao serviço, se a moça do Fiat vestida com terno preto e cabelo amarrado e formal não estivesse nervosa pelo atraso e pelo presente que teria que comprar para o aniversário do filho de seis anos chamado de Saul.
Tudo já estava programado em sua cabeça: ida ao trabalho, recolhimento de relatório, almoço e ida rápida ao shopping. Maricleide olhou para o relógio do celular e percebeu que do jeito que estava chegaria mais de vinte minutos atrasada. O seu chefe de departamento, seu Astolfo, com certeza lhe olharia com aqueles óculos de grau que lhe deixam com cara de coruja velha e sua boca coberta de um bigode seboso e meio esbranquiçado. Ele olharia com toda braveza do mundo!
E quando o chefe está azedo, nem adianta pedir. Ele não deixaria a moça dar uma 'corrida' até o shopping.
Enquanto pensava em como falaria com seu chefe sobre seu atraso, Maricleide não percebeu a chegada á porta de seu carro de uma estranha figura. De súbito ela se assustou com o 'olá' todo espalhafatoso e folgado do vendedor que estava vestido de palhaço de circo.
O cara todo maquiado de cara branca e cabelos vermelhos e um nariz da mesma cor dos cabelos e redondo e uma roupa que mais parecia um enorme lençol de seda branco com bolinhas azuis e amarelas. Maricleide tinha um histórico de temer pessoas fantasiadas, tudo porque na infância ela quase foi estuprada por um palhaço de circo mal intencionado.
Daí nunca mais ela quis ver um palhaço perto dela. Quando ela viu que o homem de fantasia portava uns brinquedos 'made in china' ela logo lembrou do seu filho. Mas cade  coragem de falar com o cara? Ela olhava para o palhaço e começava a suar frio e ter uma arritmia cardíaca.
Na sua mente duas preocupações vieram: comprar o brinquedo do filho, pois poderia não ter permissão do chefe para fazer isto mais tarde e ver um palhaço esquisito na sua frente.
Como o amor de mãe falou mais alto, Maricleide resolveu vencer o medo e falar com o vendedor vestido de palhaço para ver por quanto ele vendia um de seus brinquedos:
- Senhor... Er... Senhor palhaço quanto custa um brinquedo desses aí?
O palhaço mostrou um sorriso franco no rosto e então chegou mais perto da mulher e disse:
- Opa! Vendo um de meus brinquedos por R$20 minha senhora. Vai levar?
A mulher ainda estava assustada com o palhaço e sem querer ficou paralisada sem voz para responder. O vendedor percebeu e então para quebrar o gelo continuou a conversar com a moça:
-Olha senhora sou o palhaço Simão. Estes brinquedos são lindos perfeito para a senhor dar de presente para seus sobrinhos.
Maricleide se desarmou. Achou engraçado o palhaço achar que ela estaria comprando presentes para um sobrinho e não para o filho. Sera que ele pensou que sou nova demais para ser mãe? pensou ela se sentido elogiada.
Vendo que a mulher soltou um sorriso o palhaço continuou:
-posso te dar um desconto madame. Pode levar qualquer brinquedo por R$10 e ainda te dou um brinde especial!
Maricleide ficou feliz com a ideia do brinde. Tirou da bolsa uma nota de dez reais e logo foi escolhendo o brinquedo do menino (um carrinho) e em seguida foi perguntando pelo brinde:
-E aí Simão cadê o brinde.
Simão então deu um sorriso sinistro e com um olhar estranho e voz cavernosa falou:
-Esta aqui!
Maricleide levou um susto. Seus olhos ficaram arregalados. Seu corpo todo tremeu! O palhaço lhe deu de brinde um cranio que mais parecia de verdade. A moça estranhou o brinde pensou em não aceitar, mas acabou pegando. Antes de partir ela resolveu fazer uma pergunta ao palhaço.
-Onde você arrumou isto?
O palhaço de forma matreira falou:
-Eu tenho muitos destes em casa. Parecem reais. mas eu juro que são de plástico.
Maricleide foi embora com o tal brinde na mão. Seus problemas enfim estavam resolvidos. Ela foi embora feliz sabendo que vai dar um bom presente para o filho.
O palhaço então saiu da avenida e rumou para o cemitério da cidade. Lá ele foi tirar um cochilo e mais tarde violar mais um túmulo para arrancar o cranio e vende-lo para algum desavisado na rua.


terça-feira, 20 de dezembro de 2016

RETROSPECTIVA 2016

Antes que a Globo, a Record e o SBT façam eu mesmo farei a minha retrospectiva deste ano. Como sabemos, 2016 não foi fácil para ninguém. Por isto, elencarei as coisas mais interessantes do ano (boas e ruins):
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O ANO DO FILME DE SUPER HERÓIS
Poucos gêneros cinematográficos demonstraram apelo de público como os filmes de super heróis. Nem mesmo as comédias brasileiras fizeram o povo lotar salas como nos anos anteriores. Pior foi para os filmes de ação que nem mobilizaram a galera como outrora. Ha quem diga que o filme mais assistido por aqui foi os 'Dez Mandamentos' do Bispo Macedo, porém segundos jornais como a Folha de São Paulo as salas de cinema estavam praticamente vazias. Isto porque, dizem que pessoas compravam bilhetes para assistir o filme a mando dos pastores. Resultado: tinha carreata de igreja comprando 50 ingressos mas ninguém entrava no cinema. A Record com medo das críticas mostrava gente tirando self dentro do cinema para provar que estavam realmente assistindo o filme. Enfim, quem se deu realmente bem foram o 'Esquadrão Suicida' com a bela Arlequina e o polêmico Curinga do ator Jared Leto. Quem fez boa bilheteria foi também outro super herói, Dead Pool, além disso teve a treta do Capitão América contra o Homem de Ferro em 'Guerra Civil' seguida pela pancadaria histórica do Batman no Superman. Para fechar o ano quem apareceu fazendo mágica na bilheteria foi o Doutor Estranho, personagem nem tão popular mas, que chamou a atenção do público.
Melhor filme: Capitão América, Guerra Civil, Batman Vs Superman
Pior filme: Tartarugas Ninjas 2, Os Dez Mandamentos
Surpresa do ano: Caça Fantasmas, Dead Pool.
A MORTE DE GRANDES ÍDOLOS DO POP E DA LITERATURA
Neste ano a Dona Morte tirou de nós grandes talentos da música e da literatura. David Bowie foi o primeiro o Zig Stardust ( um de seus pseudônimos no inicio de carreira) partiu, mas sem antes deixar um recado sobre vida e morte em forma de seu último trabalho intitulado de Black Star. Na maioria das canções o artista fazia como se fosse uma confissão e testemunho de sua vida na terra. Faixas e clipes do último disco mostravam metaforicamente como Bowie encarava a morte e fazia dela uma peça artistica de sua obra. Muito comovente...
Outro que foi embora foi o Prince, um dos ícones dos anos 80 e que rivalizava na época com Michael Jackson o direito de sentar no trono de rei do pop. Seus funks cheio de suingue, guitarras elétricas e batidas eletrônicas experimentalistas deixaram muitos seguidores que tentaram inutilmente imitá-lo.
Na literatura, quem partiu foi Ferreira Gullar. Poeta, ensaísta e grande esteta da arte. Muitos alunos de história da arte em geral já leram alguns de seus artigos sobre história da arte e estética. Alem de discutir o assunto foi um dos grandes modernistas do passado que ao lado dos irmãos Campos trabalhou a poesia concreta (estilo de arte genuinamente brasileiro).
O FIM DO GOVERNO DILMA
 em 2016 a politica brasileira deu o que falar. Em cada site de noticia, nos telejornais e nos jornais impressos sempre tinha o assunto sobre o governo e a corrupção. Depois de dois anos de um governo com sérios problemas administrativos e o escândalo da Petrobrás, a presidente Dilma teve seu impecheament. Muita gente tentou transformar o fato em uma guerra entre direita e esquerda, entre povo versus elite; enfim, não se sabia para qual lado torcer. De toda forma temos agora um governo provisório que está mexendo em coisas difíceis para a população como a aposentadoria, por exemplo.
Momento 'chute o balde': o impecheament da presidente Dilma,
Momento 'esperança é a última que morre': O inicio do governo Temer,
Momento ' tamo lascado': mudanças na aposentadoria.
SÉRIES BOAS PARA VER E COMENTAR
Enquanto o Planalto sacudia, quem podia se distrair assistindo coisas legais não teve o que reclamar. A sétima temporada de Games of Thrones  não decepcionou e já deixou um gosto de saudade para quem acompanhou os episódios com o retorno de Jon Snow e cia. Outra série super badalada é Walking Dead que mostrou a dolorosa morte do personagem querido Glen enquanto o temido Negan ganhava o posto de vilão do ano com louvor. Outra série bacana que deixou todo mundo ligado foi Luke Cage. Cria da Netflix com a Marvel Studios mostra a saga do herói afro americano que ganhou super poderes em uma experiencia de laboratório enquanto cumpria pena na cadeia. Com super força e invulnerabilidade, Cage enfrenta traficantes e mafiosos para trazer tranquilidade aos bairros pobres dos EUA. Outra série que surpreendeu foi Westworld. A série da HBO discute o que é o ser humano, quando um grupo de androídes que vive em um parque temático decide mudar seus destinos e fugindo de regras que lhes foram impostas para satisfazerem os humanos em jogos violentos e crueis que emulam o velho oeste.
Melhor série: Game of Thrones
Melhor cena: a morte de Glen em Walking Dead
Melhor vilão de temporada: Negan e seu bastão do mal.
Série revelação: Luke Cage.
A TRAGÉDIA DE CHAPECÓ
Ninguém imaginava que um time pequeno, porém batalhador e jovem pudesse ter um destino tão triste como teve os jogadores do time do Chapecoense. Jogadores jovens e com um time em franca acensão, estavam indo disputar uma classificação em um campeonato internacional quando o avião que os levaria a Colômbia caiu em uma serra. Considerada a maior tragédia no mundo do esporte, as autoridades investigam até onde a culpa foi da empresa aérea ou do piloto. De toda forma muitas mães, pais e filhos não terão seus entes queridos para abraçar neste Natal. Que Deus conforte as famílias destes jovens que partiram.
O SUCESSO DA SOFRENCIA
Dividindo o espaço com o sertanejo e o funk, os cantores de sofrência se deram bem e ficaram bastante populares. O cantor Pablo já tinha cantado (e berrado) a pedra ao falar de amores desfeitos em suas músicas. A grande diferença agora é que foram as mulheres que se destacaram tendo como principal exemplo a dupla Simara e Silmaria (escrevi certo gente?) com seus sucessos falando de violões e cachorros.
O BRASIL DAS OLIMPÍADAS
As Olimpíadas nos trouxeram um pouco de alívio de todos os lados, podíamos por um momento esquecer que o mosquito da Dengue fazia festa em meio ao lixo e a água parada e o aparecimento da Zica e casos de microcefalia. A seleção brasileira pode enfim, ganhar da Alemanha e nos trazer uma medalha de ouro. As Paraolimpíadas tiveram resultados muito melhores e mostraram nossos atletas ( e verdadeiros heróis) indo até além de seus limites nos dando lição de humildade e perseverança.
Bem... esta foi a minha retrospectiva espero que 2017 tenhamos melhores noticias e que os deuses nos protejam. Amem.



sábado, 5 de novembro de 2016

Doutor Estranho, o Super Herói Místico



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Dia 2 de novembro é aqui no Brasil o Dia de Finados. Aquele dia em que pessoas visitam em cemitérios os entes queridos que nos deixaram por alguma razão e estão do outro lado (para algumas religiões em outra dimensão). Foi neste mesmo dia 2 que estreou nos cinemas do país o filme 'Doutor Estranho', mais um personagem da Marvel a aparecer este ano nas telas.
Estranho, entenderam o trocadilho?, que em um dia em que o feriado esta ligado a perdas e analises sobre o outro lado da vida, o filme da Marvel tenha um personagem que justamente fale sobre o sobrenatural. Criado em 1963 por Stan Lee e Steve Ditko, o Doutor Estranho foi daqueles personagens que surgiu no período da contracultura. Nesta época a Guerra do Vietnã manchava os ideais norte-americanos e o movimento psicodélico com bandas de rock progressivo e a descoberta das culturas orientais como o Zen Budismo e os pensamentos de Nova Era pipocavam nas ruas.
Os jovens faziam uso de LSD e outras drogas em busca de esquecerem o que chamavam de vida capitalista e vazia. Foi nesta época que o show de Woodstock foi realizado regado a muita música e rebeldia! Percebendo o que acontecia Stan Lee e Steve Ditko então criaram o Doutor Estranho, um mago que defenderia a terra de ameaças interdimensionais e sobrenaturais. Antes porém, de criarem o Doutor os caras da Marvel já tinham um personagem com tons psicodélicos: O Surfista Prateado.
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A trama do Doutor Estranho é bastante interessante, pois a justificativa do herói começa por um motivo bastante individual ( o doutor Stephen Vincent Strange era um cirurgião bem sucedido e egocêntrico que após um acidente trágico perde o movimento das mãos). Sem o seu ganha pão o doutor se torna amargurado e procura desesperado por uma cura. É neste momento que ele conhece a artes místicas do Oriente.
Falar mais coisa do personagem estragaria quem ainda não viu o filme. A versão do cinema praticamente é fiel ao personagem dos quadrinhos e por isto, talvez seja o melhor filme da Marvel até o momento. Cada vez mais o pessoal procura melhorar os seus filmes o que é bom sinal.
Outra coisa bacana é que os efeitos realmente funcionam em 3D e deixa o filme com cara de viagem surreal (muita gente vai ver nas imagens citações ao filme Origem (de Christoffer Nolan), Matrix e até as pinturas de Salvador Dalí, Max Ernest e a banda Pink Floyd).
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Nas bancas de jornais talvez, agora saia alguma edição especial do personagem, já que até então o Doutor Estranho aparecia mais como uma participação especial nos gibis do Hulk e outros super heróis. Recomendo quem não conhece o personagem ler a graphic novel 'Triunfo e Tormento' no qual o Doutor Estranho faz uma parceria inusitada com o vilão Doutor Destino nas entranhas do Hades!

domingo, 30 de outubro de 2016

III Bienal do Livro, Jogos Mortais e assuntos afins

Ola meus amigos do outro lado da máquina! Estou de volta para falar da Bienal que termina dia 30 de outubro em Brasília. Também vou aproveitar e mostrar um trabalho de um baita artista que conheci e claro, falar de um tema polêmico.

Vou começar mostrando o trabalho de um de meus alunos na qual eu dou aula. O seu nome é Felipe Cirqueira, ele está na 6ª série da EJA. O cara me surpreendeu ao mostrar um de seus trabalhos feitos à lápis. Ele domina muito bem a técnica do hiper realismo ( a arte de reproduzir fielmente uma pessoa). Lógico que ele ainda tem muita coisa que aprender como eu e todos os artistas em geral. Talvez, se ele começar a fazer degrade com varias pontas de lápis seu trabalho chegue a perfeição que ele tanto almeja. De certo eu vejo, estar diante de um promissor e grande artista (p.s: se você quiser mostrar o seu trabalho meu amigo de blog pode também enviar uma imagem do que você faz. Não tenho problema nenhum em divulgar o trabalho de outra pessoa) Ok!
A BIENAL DO LIVRO DE BRASILIA

Faz um bom tempinho que eu não ia a feira do livro ou a bienal, os afazeres do dia a dia e a grana curta e os difíceis calendários destes eventos e toda a burocracia do processo (antes sabíamos que a feira do livro e a bienal ficavam no final do ano, mas com tantas mudanças de lugar onde ocorriam ficou difícil acompanhar a coisa toda).
Neste ano a feira do livro não foi no Pavilhão do Parque da Cidade e a bienal também não foi realizada em seu lugar de costume, a Esplanada. Parece que a crise financeira e o gerenciamento confuso dos governantes contaminaram até eventos culturais importantes para a cidade.
Enfim, a bienal ocorreu no estacionamento do Mané Garrincha, bem do lado de um dos eventos mais legais da cidade: o Porão do Rock! Assim quem pode curtir a sonseira das guitarras e depois pode ler um bom livro para descansar a mente.

Os estandes ficaram bem localizados e tinha muito sebo para quem não podia desembolsar R$ 120, R$ 145 de livros mais parrudos de conteúdo e muito mais caros. O bom deste tipo de evento é que serve para toda a família, vi muitos pais aproveitando a oportunidade para apresentar aos filhos obras famosas como 'Pequeno Príncipe', ou os contos de Esopo.
É bom a molecada poder ter acesso a informação e diversão sem precisar da internet o tempo todo. Também dá para viver sem precisar ficar caçando pokemons por ai. No fim , vi uma foto que quase me fez chorar de emoção: colocaram na entrada uma estátua do icônico Dom Quixote de Cervantes, sentado em uma cadeira e lendo um livro. As pessoas aproveitaram para fazer selfs ao lado da figura.

Sai do lugar com monte de sacola cheia de historias em quadrinhos e livros que queria comprar. Minha estante está ficando pequena, mas o vicio de ler não quer me largar ora!

A POLÊMICA DOS JOGOS MORTAIS
Não faz nem uma semana e todos os noticiários informaram a triste noticia de um garoto de 12 anos que cometeu suicídio em seu quarto devido a uma brincadeira depois de perder em um jogo online. Muito gente comentou e falou o que devia e até o que não devia sobre o menino. Na nossa internet desde chacotas a lagrimas foram expostas sobre o assunto.
Mas, a verdade é que a realidade em que estamos vivendo é muito mais complexa. Suicídio ente jovens não é nenhuma novidade infelizmente, em nosso meio. desde o inicio de 1900 para cá o crescimento de jovens que perdem a vida por ato suicida cresceu exponencialmente.
Muitas as vezes estes jovens que perdem a vida prematuramente sem a qualquer intenção de se matar. Quem não conhece algum menino que já faleceu após tentar cumprir o desafio de ir até o fundo de um corrego perigoso? Ou o caso de pais que deixam armas em casa e a criança encontra e para se mostrar aos amigos resolve brincar de roleta russa? Adolescentes que perdem a vida na busca da adrenalina em rachas de automóveis?
A vontade de pertencimento, de querer ser notado ou mostrar a sua importância para os demais pode ser que leve a tais atitudes loucas e que sempre terminam de forma desastrosa. Os pais deste menino nunca imaginariam que perderiam seu filho tão cedo e por causa de um simples jogo eletrônico.
Não quero culpar o jogo (o jogo não foi causador da morte) e sim as brincadeiras de desafios que os próprios jovens se impõem para mostrar sua força, coragem e inteligência. A meios mais prudentes de mostrar tais virtudes e que parece que as nossas crianças não conhecem.

domingo, 25 de setembro de 2016

A Arte de Desenhar Animais


Ola meus amigos de blog! Voltei com mais um 'A Arte de...' na qual eu falo de técnicas de arte que se pode aprender, desde que haja comprometimento e vontade de treinar da pessoa, para que seu desempenho em um desenho, pintura ou escultura seja cada vez melhor.
Antes de mais nada quero comentar sobre o último e polêmico assunto da semana: As mudanças do currículo do Ensino Médio para 2018.
Fui bombardeado de perguntas pelos meus alunos na escola em que leciono querendo saber a minha opinião sobre está nova proposta para a educação brasileira. Bem, como docente de artes fico triste em saber que para o governo o ensino de artes e de filosofia não tem importância (segundo eles deixaram bem explicito) na formação do aluno. Sei que o Ensino Médio que temos não é ideal, visto que a evasão escolar tem aumentado. Segundo pesquisas do governo os jovens 'querem' algo mais voltado para a formação técnica e que lhes garanta, pelo menos, a chance de ter um primeiro emprego.
Mas, isto não é motivo para tomar medidas tão drásticas quanto essa. A ideia de se ter tempo integral nas escolas e ter matérias eletivas (como ocorrem em universidades em que o aluno escolhe o que vai ver na grade curricular, veja bem, ele escolhe quando vai ver a matéria e não exclui-la  de fazê-la já que se não fizer as eletivas ele pode ter horas para repor) não é ruim. É assim que vários países desenvolvidos tem seus bons índices de notas e alunos qualificados. 
O problema todo está na falácia! Me diga quantas escolas públicas você conhece que podem realmente ter o bendito Tempo Integral? Pagamos impostos absurdos e o governo nunca tem dinheiro para as escolas e nem para a saúde. Onde estará este dinheiro para equipar as escolas para o Tempo Integral? E o tal do 'notório saber'? Depois de anos de uso do antigo Normal, os professores foram incentivados a terem a Licenciatura, agora tudo vai regredir, já que com o tal 'notório saber' qualquer um vai dar aula técnica para que o governo possa pagar salários baixos e deixar a qualificação do docente e do ensino pior do que já se encontravam.
Não sei se a minha opinião agradará ou desagradará pessoas. Enfim, expus o que achei desta situação e temo muito, muito mesmo com o que pode vir para as novas gerações.

COMO DESENHAR ANIMAIS
 Mais difícil de que ilustrar pessoas ou lugares, o ato de desenhar animais é uma das mais complicadas modalidades dentro do desenho. Quem nunca se esmerou para desenhar um cachorro ou um gato? Pior, um cavalo?
Desde o período pré-histórico o homem se sentiu fascinado pelos animais e durante muito tempo os desenhou em paredes das cavernas ou usou como modelos para esculturas. Muitos artistas da antiguidade, por exemplo, eram chamados de 'mestres' se soubessem representar fielmente numa tela ou mármore a figura de um cavalo (animal de imagem imponente e que sugeria coragem e poder).
Desenhistas e escultores do Egito e da Índia  esmeravam para mostrar seus deuses zoomórficos em poses grandiosas, porém sempre tentando criar uma fieldade entre a cabeça do animal referido e o corpo do homem.

Depois que as pinturas de paisagem se tornaram moda entre clientes abastados, todo artista tentava mimeticamente transpor os elementos da natureza (árvores, plantas e animais) com ricos detalhes.
Para chegar logo ao meu exemplo, eu comecei como quase todos os desenhistas iniciantes fazem: usava retratos de revistas como a National Geographic  ou de livros como modelo. Contudo, foi indo ao zoológico com uma prancheta e folhas A4 e um lápis debaixo do braço é que realmente aprendi como desenhar de forma mais solta os animais.

O desejo de tentar captar rapidamente o passo do leão ou o pulo do macaco fez um diferencial danado na hora de desenhá-los. Mais uma vez o uso de esboço se fez presente e ajudou e muito em como ilustrar estas criaturas, tanto, que até hoje desenho animais que vejo em minha casa (faço muitos desenhos de felinos) e na rua (pássaros, cães...). Todas as imagens que estão nesta postagens foram feitas por mim e mostram que ainda estou treinando e disposto a superar minhas limitações. Espero que gostem.



domingo, 11 de setembro de 2016

Sessão Literatura: Do Crematório ao Tim Burton

Olá meus companheiros e companheiras de blog. Estou de volta e muito, muito vivo! Com muita coisa para fazer fora da nossa 'matrix' ficou mais difícil colocar postagens no nosso blog. Mas a vida continua não é mesmo? Então para matar a saudade que sentia da galera voltei com mais uma sessão de literatura, trazendo muita coisa boa e curiosa que está disponível em livrarias, sebos e bancas de jornais e afins.
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O Estranho Mundo de Tim Burton
autor: Paul A. Wood
editora: Leya
ano: 2015
Como já postei ha muito tempo em uma galáxia distante... Tim Burton é para mim um dos maiores diretores americanos dos últimos anos. Seus trabalhos me inspiram não só como artista mas, também de forma crítica  e social. O crítico de cinema e biografo Paul A. Wood procura esmiuçar por meio dos trabalhos do cineasta a sua personalidade (ideias e visões) e como ela transparecem em seus filmes. Como não ver a instrospecção do menino tímido e solitário em personagens como Edward Mãos de Tesoura, ou o fascínio pelos filmes de terror por seres estranhos como Beetlejuice. De menino tímido e fã de terror quem diria que Burton lançaria um dos primeiros filmes de super-heróis que passaram a ser moda hoje em dia com Batman? Pois é, tá tudo no livro que faz parte de uma coleção da editora Leya.
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Confissões do Crematório
autora: Caitlin Doughty
editora: Darkside
ano: 2016.
Saindo das esquesitices de Tim Burton, vamos a um livro pra lá de bizarro! Trata-se de 'Confissões do Cremátório' da autora Caitlin Doughty. Eu soube do livro depois de ver um release no jornal 'Folha de São Paulo' e procurei logo saber da autora. Caitlin Doughty é dona de uma funerária nos Estados Unidos (só este dado já dá pra nota a esquesitice vindo) e possui um video blog sobre as suas experiências com a profissão. Se você do outro lado estiver estranhando tudo, espera um pouco, os videos da moça são sucesso na terra dela. Daí logo ela resolveu escrever um diário de suas 'aventuras' relatando como crema os corpos e trata com as familias dos defuntos. O seu senso de humor com um tema tão pesado me lembra o livro de outra autora que recomendei nesta sessão ha um ano mais ou menos (Mary Roach). Tanto Mary quanto Caitlin falam da morte e da perda de forma engraçada, mas também comovente e até otimista. O livro tem uma ótima qualidade gráfica com capa dura e alto relevo (e vem também com brinde: uma carta de tarô personalizada da morte). Para quem não tem medo deste tema vale apena adquirir o livro.
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Contos de Imaginação e Mistério
autor: Edgar Allan Poe
editora: Tordesilhas
ano: 2012.
Quando eu fiz todo empolgado um post sobre a vida e obra de Edgar Allan Poe falei um pouco deste livro que saiu pela editora Tordesilhas. Esta seria mais uma das inúmeras coletâneas que já foram lançadas pelo autor, mas esta tem uma qualidade muito superior as outras. Só pra começo de conversa o prefácio é do poeta simbolista Charles Baudelaire e as gravuras internas são de Harry Clarke, assim o livro fica com cara de edição de época, mais claramente a época em que estes contos foram originalmente lançados. Por isto, mesmo que eu já tenha lido alguns dos contos presentes, rele-los era como se estivesse vendo pela primeira vez. Não é todo livro que dá essa sensação na gente!
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Demolidor
autor: Mark Waid & Chris Samnee
editora: Panini
ano: 2016
Vários personagens da Marvel sofreram alguma mudança depois do evento 'Guerra Cívil' e um deles foi o Demolidor, que agora já não é mais um herói uniformizado. Pasmem, Matt Murdock agora é uma celebridade que dá autografos e tem até uma biografia para ser lançada, mesmo assim o cara ainda tem que lutar contra meliantes e até fazer aliança com terrível Rei do Crime.



domingo, 28 de agosto de 2016

Transformando Manequins em Objetos de Artes


Ola meus guerreiros modernos da internet, estou de volta para mostrar mais um trabalho de arte. Tive a oportunidade de expor algumas de minhas obras recentemente (se você acredita e persiste uma hora a coisa rola) em um lugar bem bacana.
O mais legal é que pude mostrar uns trabalhos bem recentes junto com uns mais antigos (quem me acompanha no blog ha um bom tempo percebeu que meu trabalho gira em torno de esculturas de durepox e desenhos e pinturas surrealistas).
No caso eu mostrei umas esculturas feitas de manequim de loja. Tentei pegar esses seres inanimados e dei uma cara surreal. Na verdade foram os primeiros surrealistas em 1917 que descobriram que poderiam usar as manequins como suporte e tema de obras de arte.
Como eu não escondo nada, mostro como fiz uma de minhas ultimas obras:

1-para esta escultura usei um manequim de plastico estilo dorso feminino. Também usei um telefone de mesa estilizado (pertencia a minha mãe) em formato de boca, na hora me lembrei do Salvador Dalí. Usei para colorir tinta acrilica, tinta para tecido e tinta guache. Por ultimo arrumei uma dessas próteses dentárias para realçar a surrealidade da obra;

2- cobri o manequim com pedaços de jornal e cola (assim quando eu pintasse o manequim ficaria melhor);

3-pintei o manequim em duas cores diferentes;

4-enquanto a tinta do manequim secava eu customizava o telefone em formato de lábios junto com a prótese dentária usando durepox;

5-juntei tudo e formei uma criatura surreal para a minha exposição.
Espero que gostem do meu trabalho deixo de amostra mais esculturas feitas com manequim como suporte e desde já agradeço aos que compareceram a minha primeira exposição.

domingo, 14 de agosto de 2016

Sessão Nostalgia: Quando Drácula era personagem de quadrinhos.



Recordar é viver! Essa frase que soa clichê tem todo um sentido quando eu me deparo com algo da minha infância: já chorei diante de um velho carro Galax antigo, já voltei a infância brincando com um playmobil que vi em uma loja de antiguidades, e me emocionei em um sebo ao encontrar antigas edições de revistas como Manchete, Veja, Globo Ciência, quadrinhos do Fantasma, Tex...
Mas sempre tem algo que você ainda achava que não encontraria novamente até que... Estava eu dando uma olhada na velha banca de jornal da Rodoviária quando me deparei com o Senhor das Trevas, sim, o cramunhão que deixava muito moleque morrendo de medo com os filmes antigos da TV, Drácula!
Faz um bom tempo que a Marvel tem relançado antigas edições de forma comemorativa. E isso é muito legal, ainda mais que a molecada que está acostumada com as revistinhas colorizadas por computador pode apreciar antigos mestres da tinta nanquim que ilustravam estas jóias raras. Basicamente estou acompanhando a 'Coleção Marvel Terror' que teve o Motoqueiro Fantasma como um de seus lançamentos.


Agora estou correndo atrás de montar a minha coleção da 'Tumba do Drácula', revista que eu conheci quando tinha uns dez anos. Cara... pensar que eu lia as revistas do Drácula debaixo das cobertas e ainda tinha pesadelos depois de ler. Parece coisa de maluco mas eu adoro sentir medo. Na época as revistas do Drácula da Marvel eram distribuídas no Brasil pela editora Bloch ( a mesma editora que me apresentou aos quadrinhos dos Trapalhões e do Espectroman).

Na década de 80 tinha tanto filme de vampiro que superava as produções de Jason e Fred Krueger. Na Bandeirantes passava o 'Cine Trash' apresentado pelo Zé do Caixão e na Globo tinha na madrugada de domingo 'A Casa do Terror', dois horários de filmes totalmente dedicados as películas de horror.
Sempre passava um filme de vampiro e o Drácula sempre era o protagonista (ainda não tinha esse lance de vampiro que brilha no sol e usa gel no cabelo). O monstro assustava porque ele era cínico e dissimulado. Se fingia de bom moço e ai na hora H sempre pegava a moça virgem do filme.




No fundo todo moleque queria ser o Drácula e pegar as minas. De certa maneira o personagem ganhou um ar machista e cruel com as mulheres. Praticamente ao lado do James Bond, o Drácula virou uma espécie de macho alfa que passava o maior tempo tratando as mulheres como objeto. Os tempos mudaram...
No mundo de hoje, dificilmente um filme ou gibi do Drácula não seria alvo de criticas severas por parte do público feminino (e com toda razão).
Enfim, fiquei de toda forma emocionado ao ver as revistas do cara sendo relançadas e me impressionei que mesmo com toda a modernidade atual os traços do desenhista Gene Colan e os roteiros do Marv Wolfman me pareçam mais interessantes que muita presepada lançada atualmente. A minha obsessão por Drácula é tanta que tenho versões em quadrinhos ilustradas pelo Guido Crepax e outra pelo Eugenio Colonese, dois dos maiores quadrinista do passado.


sábado, 23 de julho de 2016

Sessão Literatura: Edgar Allan Poe, O mestre do estranho e o bizarro!


Existem escritores na história da literatura que deixaram marcas tão profundas em um gênero que é difícil não associa-lo a pessoa. Quando falamos em épico um dos primeiros nomes que vem à cabeça e Homero, quando se diz ficção científica Julio Verne é muito lembrado.
Mas e o gênero de horror? Qual é o nome mais lembrado? Para as gerações das últimas décadas Stephen King pode ser o rei, antes dele porém temos Bran Stoker, Mary Shelley, Goethe, Oscar Wilde, HP. Lovecraft... enfim, muita gente que contribuiu para este gênero que no começo de 1900 nem sequer era considerado grande literatura até ele aparecer...

Sim, trata-se de Edgar Allan Poe, que para muitos críticos e leitores mundo a fora mudou a poesia com seu estilo gótico inovador e ainda por cima criou um novo tipo de leitura: a leitura do medo!
Costumo dizer que três figuras precisam ter seus trabalhos reconhecidos pela nova geração para entender o mundo em que vivemos: Friederich Nietszche, Sigmund Freud e Edgar Allan Poe. Enquanto os dois primeiros cavam literalmente a alma do homem moderno com suas visões particulares e únicas o terceiro deu a nós a vazão para um novo mundo que com certeza vivia trancado em um porão de nosso íntimo.
Tendo criado o gênero policial antes mesmo da chegada de Arthur Conan Doyle e seu Sherlock Holmes, Poe criou o policial Dupan que desvendava crimes estranhos e enigmáticos. Nascido em Boston em 1809 e tendo uma morte misteriosa em 1849, Edgar Allan Poe teve uma educação tradicional (foi para uma escola militar ainda adolescente) e desde cedo já escrevia seus contos e poesias.



Mais tarde se tornou editor e crítico literário, em sua época os autores praticamente se responsabilizavam por lançar e promover suas obras. De vida boemia ele abusava de alcool e drogas de forma intensa, o que explica alguns de seus personagens serem bêbados e alucinados.
Em muitos de seus trabalhos temas polêmicos para a época como homicídio, suicídio,  encesto, uso de drogas são constantes e para muitos estudiosos da literatura Poe mergulhava tão profundamente em suas histórias que muitas vezes poderiam soar biográficas de tão viscerais.
O reconhecimento de seu trabalho coube a um outro grande poeta: foi Charles Baudelaire, brilhante poeta simbolista francês, que traduziu as obras de Poe para os europeus e transformou-lhe em um best seller fora dos EUA. Já em seu próprio país, o contista teve demora em ser reconhecido e por isto, tardiamente após a sua morte seus livros viraram febre na América.
Hoje as obras de Edgar Allan Poe são transformadas em filmes, quadrinhos e são inclusive encenadas em teatros e criando uma nova legião de fãs. Que o diga Stephen King e H.P. Lovecraft que sempre citaram suas obras como influência.

Saiu recentemente uma nova edição de sua obra mais conhecida 'Contos de Imaginação e Mistério' que além de conter contos famosos como o 'Gato Preto' e 'Os assassinatos da Rua Morgue' tem prefácio do próprio Charles Baudelaire e ilustrações de Harry Clarke ( famoso gravurista simbolista de 1800 que ilustrou a edição original).
Deixo aqui um desenho meu feito em homenagem ao mestre do terror.


domingo, 17 de julho de 2016

A Arte de Fazer Escultura de Papel Marché

Ola guerreiros do blog! Trago mais uma experiência artística que resolvo compartilhar com vocês. Já apresentei várias técnicas e formas de fazer esculturas: durepoxi, argila, papel... agora vou falar da experimentação artística com papel marché.
No caso eu fiz uma cabeça de papel marché para enfeitar a parede de meu atelie. Mas antes quero divulgar uns trabalhos de um colega. Trata-se de meu amigo Cristiano. Ele faz esculturas de papercrat (outra modalidade artistica que expliquei como ser trabalhada há muito tempo). O cara faz escultura de papel de super-heróis da Marvel. Quem é fã não pode perder. Ele está vendendo algumas esculturas e quem se interessar mande um recado no e-mail dele. As esculturas são feitas em papel especial colorido e depois invernizadas para ficar com mais qualidade ainda e se notarem nas fotos são super detalhadas então ai vai o e-mail para que se interessar no trabalho dele: sadcristiano@gmail.com.
Ok!


CABEÇA DE PAPEL MARCHÉ
Para fazer esta escultura será preciso usar papel toalha ou papel higiênico picado e molhado em água e depois misturado com cola branca (quanto mais cola e água colocar melhor ficará o papel marché).

1-para fazer a minha cabeça de papel marché usei como suporte uma vasilha destas que vem frango assado que se notarmos bem parece ter um formato de uma cabeça.

2-construí os olhos usando um óculos de sol quebrado e colei com super bonder na vasilha. também usei um tubo de caneta para demarcar o nariz.

3-cobri toda a vasilha com jornal picado e cola. A ideia é que quando eu for cobrir a peça com papel marché  a aderência será melhor na superfície coberta de jornal do que se o vasilhame ficasse com o plástico exposto.

4- cobri toda a vasilha com papel marche que fiz no dia anterior. Depois eu deixei a peça descansar por um dia.

5-depois que o papel marché endureceu eu pintei a cabeça com tinta guache. Mais tarde eu usei a técnica de borrifar tintas sobre a cabeça para dar um efeito como se ela fosse de pedra.

6-depois coloquei um enfeite sobre os olhos e colei a cabeça em um suporte que encontrei na sucata.
Pronto tenho agora esta estranha obra na parede de minha casa. Quem quiser visitar o meu atelie para ver de perto o trabalho manda um recado. Ok!