domingo, 31 de julho de 2011

Projeto de Química: Cubo de Rubik + Tabela períodica= jogo lúdico!


Atire a primeira pedra qual foi o aluno que nunca teve a vontade de esganar o professor por não entender a materia em sala de aula? Muitos alunos culpam o docente por não entenderem por que a formula X da tal  resultado ou por que a junção de dois elementos dará em Y, devido a complexidade da disciplina. Eu, por exemplo, nunca fui entusiasta das matérias lógicas como matemática e física e entendo a frustração de muitos alunos com estas matérias. Seria hipocrisia eu dizer 'é fácil fulano, como respirar' ou 'não tem problema'. Alguns alunos mais espertos desenvolvem métodos para facilitar o aprendizado, outros recorrem a reforço escolar...pra tudo se tem um jeito, temos é que tentar.
Na escola em que me encontro está iniciando os preparativos para a Feira Anual de Ciências. É aquele corre corre com materia e adquação interdisciplinar para todos os lados! O nosso tema é sobre 'A Química em Nossas Vidas' e estamos preparando o conteúdo para trabalha-lo. Como professor de artes tenho que dar a minha contribuição e assim pensei: O que fazer na feira de ciências? Que tipo de trabalho realizar que seja divertido e ludico e que fuja dos tradicionais cartazes?
De tanto pensar, cheguei na conclusão que deveria pensar em uma especie de jogo. O pessoal da escola pediu para eu fazer uma pesquisa sobre a historia da química. Por sorte encontrei a historia da Alquimia e como gosto de falar da antiquidade foi legal saber sobre os primeiros alquimistas medievais, arabes e chineses e sua busca pela pedra filosofal e o elixir da longa vida. Da pesquisa da alquimia cheguei a química moderna e me deparei com a Tabela periodica e quimicos como Dmitri Mendelev.
    
Os professores de química perguntaram se eu poderia trabalhar com os alunos a tabela e aí pensei ' A tabela é colorida, mas meio chata de estudar, cheia de siglas e numeros... deveria ser mais facil de usa-la em sala.' Com este pensamento, procurei um suporte para trabalhar a tabela e percebi que o cubo mágico ou Cubo de Rubik seria o suporte bacana! Ele é colorido e como necessita de interação pode ser divertido para o estudante. Comprei uns três e busquei na internet a historia do brinquedo e como monta-lo. É complexo e fascinante. Mostrei a ideia de um prototipo que fiz em casa para os alunos da EJA: alguns fizeram uma cara de espanto, outros gostaram da ideia e outros ficaram com medo. No fim, para quem já fez projeto de xadrez em sala o cubo será uma experiencia única. Vamos ver o que vai dar...

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Monografia de pós-graduação VIII

3.2-Bosch: o anacoreta

Seguindo-se a analise de Panofsky de iconografia, seria preciso atentar-se a obra de Bosch intitulada As Tentações de Santo Antão ’tríptico realizado por volta de 1505 a 1506. Esta obra se encontra no Museu Nacional de Arte de Lisboa. O tema do anacoreta é bem recorrente na obra de Bosch, ele pintou São João no Deserto, São Jerônimo em prece e São Tiago e o Mago.
Nestas obras e na qual a análise ocorrerá o tema da melancolia (reflexão da vida) parece ser sua especialidade, demonstra um apego e certo fascínio pelos eremitas, ele diversas vezes se coloca no meio deles em suas pinturas. Uma outra característica do artista é a predileção pelos tripticos, para Bosch existe uma necessidade de criar obras com narrativas mais extensas e que requer paciência do observador para os mínimos detalhes que coloca.
Em termos de uso de disposição do quadro no painel central, temos toda uma ocupação do quadro por figuras que parecem se mover o tempo todo. Do primeiro plano ao ultimo não existe estaticismo, tudo é ação. Partindo do último plano temos uma cidade, provavelmente uma cidade egípcia, pois Santo Antão que falecera com 150 anos era egípcio. Outra suposição é a própria cidade do pintor ardendo em chamas como uma Gomorra bíblica pela ira divina, ou lembrança provável do artista de um suposto incêndio que sua cidade sofrera anos atrás. Segundo o biografo Walter Bosing, (2006) o incêndio denotaria uma enfermidade da época ligada ao santo:
(...) o fundo sinistro e faz lembrar o ergotismo epidêmico que se propagou na Idade Média, ou ‘fogo de Santo Antão’, pois as suas vítimas invocavam o seu nome para o conforto. A relação entre esta doença e o santo atormentado pelos diabos pode ter surgido devido ao facto de, durante uma determinada fase da doença, os doentes sofrerem de alucinações, pensando que eram atacados por animais selvagens e demônios. (BOSING, 2006, p. 86).

De toda forma a relação fogo/pecado e a luta do santo contra tudo o que lhe distancia do plano divino é o que transparece em sua obra. Os atos de flagelo que o santo provoca em si mesmo através de orações diárias e imolações para deter às investidas da sucubus (demônio-fêmea) que lhe aparece na tenda no volante direito e impede a sua meditação, são trabalhados por Bosch com muitos detalhes e de certa forma ganham uma leitura dele bastante pessoal da obra. Já que as lendas do santo que lutou contra os demônios por Bosch, ganham um ar de testemunho ocular. Como no volante esquerdo em que o santo aparece voando sobre as asas de bestas como era comum na lenda.
O plano principal é todo cenográfico, vemos os personagens como pequenos bonecos colocados em lugares estratégicos para que o olhar do observador veja ação em separado e depois em conjunto. No centro do quadrado está Santo Antão em posição de oração. Ao lado dele, homens e mulheres e um ser com face de porco banqueteiam como para que provocá-lo.
Do lado do santo também está uma mulher com cauda de rato saindo do vestido, como que o assediasse, um exemplo de Luxúria. Em sua frente uma freira velha com a mão estendida pedindo esmola, como os frades mendicantes que na maioria eram odiados pela comunidade. No centro do tablado temos um frade lendo ou distorcendo as Escrituras guiadas por uma criatura que lhe sussurra no ouvido.
Na frente do santo o que parece um oratório com um Cristo ao fundo, como se o segundo plano simbolizado pelo crucifixo do oratório estivesse ligado ao primeiro. Do lado direito do padre que destorce a bíblia temos uma mulher árvore e outros monstros. Abaixo da cena central temos uma tenda em forma de esfera de onde sai monstros como se tivessem montado uma campanha para esperar o santo. Temos um lago com um peixe gigante em forma de embarcação e uma outra embarcação com um homem preso dentro dele. A viagem pelo mar da virtude será dolorosa para o santo.
No céu temos cisnes gigantes e uma embarcação navegando no ar e por fim, sobre a fumaça que sai da cidade temos peixes gigantes, sobrevoando a cidade. Alguns elementos que Bosch coloca em suas obras de cunho iconográfico possuem uma simbologia, que para os seus contemporâneos deveriam ser transparentes. Para muitos estudiosos seriam provérbios morais em forma de alegorias. Abaixo temos uma relação de significantes e significados relacionados por Copplestone e Dagoberto Markl para serem lidos como meio de expressar a fé. São os seguintes símbolos:
Ratos = mentira                                        
Íbis = diabo                                               
Peixe= pecado
Árvore= sexualidade
Se associarmos cada símbolo, perceberemos que Bosch pinta a difícil decisão do anacoreta que tem que abdicar do mundo material, para conseguir a elevação espiritual, uma dos maiores dramas do homem medieval.

3.3-A Luxúria como inimiga da Fé

Bosch não parecia ter associação com as seitas heréticas como os Adamitas (grupo que defendia a volta do homem ao estado de pureza de Adão por meio do ato sexual), os cátaros ou os Irmãos da Vida Comum. No período em que a Reforma Protestante ganhava força no norte da Europa, a Igreja Católica, principalmente, na Espanha e na Itália, colocava em prática a Inquisição. O ato de matar em nome de Deus como motor das Cruzadas adquiria proporções terríveis.
Muitos consumidores dos trabalhos de Bosch teriam declinado em ter as suas obras, caso ele fosse associado aos heréticos. A perseguição religiosa seria uma mancha na reputação de qualquer cidadão, e principalmente se fosse uma pessoa eminente como um comerciante ou aristocrata. Os Países Baixos, assim como outras regiões da Europa, por mais que conservassem a sua cultura pagã por baixo de um verniz cristão, já estavam com muito dos preceitos da Igreja assimilados em seu modo de vida. Mesmo Martinho Lutero, como atesta William Manchester (2004, p.131-159) não aceitava algumas características liberais que estavam sobressaindo com a Renascença, como o questionamento do geocentrismo e a razão sobre a fé defendida pelos humanistas. Talvez o pior fosse o caso de papas que tinham atitudes de Luxúria com freiras e prostitutas como no caso de Alexandre VI, o papa Bórgia (1431-1503).
Em outra ótica crer no poder do mal e no fim no Juízo não deixava de ser uma aprovação ao pensamento da Igreja: “O príncipe das Trevas, ensinava a Igreja, era tão real quanto a Santa Trindade. Sem dúvida era útil acreditar nele; os prelados eram unânimes ao afirmar que, quando se tratava de manter as massas em um caminho reto e estreito, o medo do diabo era uma força mais poderosa do que o amor a Deus”. (MANCHESTER, 2004, p. 101).
Bosch como bom cristão não enxergara na conduta de monásticos suspeitos de hipocrisia, ou na atitude da população da sua comunidade a liberalidade como algo positivo. A maneira como deprecia o sexo em suas obra vai de encontro ao ensinamento cristão de uma sociedade que deveria ‘crescer e se espalhar sobre a terra’. O ato sexual é somente para a reprodução e a ideia de prazer seria um passo para a danação eterna. Percebe-se então como seria condenado o ato de clérigos tendo filhos e ministrando sacramentos. O papa Bórgia seria o exemplo de como a religião estaria em degradação, o que levaria as obras dos artistas dos Países Baixos, principalmente, Bosch a mostrar padres e freiras monstruosas.
O anacoreta Antão seria não somente um exemplo de admiração, mas ao mesmo tempo um representante autêntico de um cristianismo degradado pela Luxúria de clérigos e uma sociedade que acreditava mais em adivinhos e magos do que nos milagres cristãos. O sexo era realmente, para o medievo, o maior inimigo da fé. Bosch pinta o anacoreta lutando contra a dama da Luxúria que a todo o momento o chama para a sua tenda para fazê-lo esquecer da sua missão de purificação. Le Goff (2008) relata que nestes tempos em que o demônio estava mais próximo do cotidiano do homem, a Igreja regulamentava o que o homem deveria fazer ou não em relação à fornicação e os desejos sexuais:

41. Cometeu adultério com a esposa de outro, você próprio não sendo casado? 40 dias a pão e água, ou seja, vulgarmente falando, uma quaresma e 7 anos de penitência.
42. Se, casado, você cometeu adultério com a mulher de outro, então, pelo fato de que você com a satisfazer seu desejo, duas quaresmas com 14 anos de penitência.
46. Você fornicou com uma freira, quer dizer, a esposa de Cristo? Se o fez: 40 dias a pão e água e 7 anos de penitência; e toda a sua vida terá de passar a pão e água na sexta-feira.
52. Praticou ato sexual com a sua mulher ou com alguma outra por trás, como os cães? Se o fez: 10 dias de penitencia a pão e água. (...) (LE GOFF, 2008, p. 151-152).
O incentivo a orações constantes e as penitências era o remédio contra o mal. Talvez, Bosch se sentisse tocado com as lutas dos santos e por isto, como que imitando Prudêncio e seus vícios e virtudes, retrata a batalha de Antão e até mesmo se retrata próximo dele como no volante direito do triptico. Este desejo de estar próximo de um eremita o destitui do pensamento de que suas obras seriam de cunho mítico e também alquímico, ou de total rompimento com o cristianismo.
Como bem observa Walter Bosing (2006) em seu catálogo sobre Bosch, a visão herética que se pode ter sobre o artista seria fruto de nossa análise contemporânea, que aceita e até compreende o liberalismo, mas não entende a visão medieval que para a nossa sociedade é ultrapassada em relação ao sexo. O que não era comum no mundo do pintor. Em tempos de estudo do subconsciente de Sigmund Freud (1856-1939) e as análises estéticas de André Breton (1896-1966) e os surrealistas que na ânsia de legitimar o seu movimento, colocaram Bosch como um precursor.
A idéia de ‘New Age que as obras de Bosch poderiam transparecer não são mais que o modo de tatear a leitura de seu trabalho como bem expressa Wolfgang Kayser em Grotesco (1986) ao esmiuçar a Jardim das Delicias (fig 06). Parece ser imperativo encaixar o pintor em algum movimento artístico ou em um comportamento contemporâneo para poder compreendê-lo?
Pode ser que este foi o modo que muitos biógrafos e estudiosos de arte chegaram para compreender a sua mensagem, e por outro lado, assim como existiram ainda ruídos que não puderam ser decifrados, estes mesmos ruídos levam a fragilidade, analises que tentam conectar Bosch ao Surrealismo ou a contemporânea New Age. De toda forma alguns vestígios da Idade Média ainda se encontram nas sociedades ocidentais: o belicismo, o contratualismo, a hierofania. Estes elementos da cristandade amalgamaram no inconsciente coletivo. No fundo o mundo contemporâneo entende muito bem a mensagem boschiniana, já que o artista esperava que sua obra fosse compreendida pelos cristão da maneira mais objetiva possível por serem de cunho morais. Se suas mensagens fossem opacas não haveria a sensibilização em torno do drama dos santos e estes não seriam vistos como exemplo de conduta para serem seguidos pelos inseguros homens do medievo. Enfim, a obra de Bosch é feita para ser entendida não como um enigma mas, uma alegoria da qual se retira uma lição: seguir a Deus e negar o mal dentro do coração.

domingo, 24 de julho de 2011

Rei Arthur: Verdade ou Mito?

Quando criança eu assistia um desenho animado que passava no fim das tardes no SBT, que tratava de cavalaria e busca por uma espada mágica e muita cenas de ação e etc. Fiquei um bom tempo sem lembrar do nome do desenho até que meu irmão resolveu me mostrar um filme antigo de capa e espada da decada de 80: era Excalibur a Espada do Poder.

O filme feito em 1981 e dirigido pelo diretor americano John Boorman que relatava de forma poetica a vida e morte do rei lendário da Bretanha. Quando revi o filme (eu o havia visto na tv em épocas passadas) rapidamente me veio o nome do desenho na memória: também era uma versão da vida do Rei Arthur só que em forma de anime.

Depois por uma ação de minha mente me lembrei de um romance muito famoso publicado na decada anterior era As Brumas de Avalon: livro escrito em 1979 pela escritora americana Marion Zimmer Bradley e que tratava da saga arthuriana pela ótica das personagens femininas Morgana e Guinever. Esta obra depois virou uma minisserie em 2000 para tv.

Outro flash em minha mente e me recordo de um gibi da DC Comics chamado Camelot 3000: era uma versão moderna na qual Arthur encontrava os cavaleiros da Tavola Redonda em uma Inglaterra futurista. O gibi era muito bacana e tinha o traço do ótimo Brian Bolland e história por Mike W. Barr.

Não é estranho como o Rei Arthur tenha tido tantas versões durante todos esses anos? O que existe de tão fascinante neste mito da Idade média? Durante muito tempo se acreditou em Cavaleiros da Tavola redonda em Excalibur e até na existência do mago Merlin. Muitos historiadores em vão procuraram vistigios da espada mágica de Arthur e da cidade de Camelot.
  
O que se sabe realmente é que pode ter sim existido um rei chamado Arthur, mas está longe do mito que se criou em torno dele. Até mesmo o Cálice Sagrado ( o Graal) que era o motivo de Arthur vagar por reinos e assim salvar a humanidade do mal não se encontrou nenhuma evidência de existência. E Merlin? Teria sido um mistico druida como muitos que existiam no tempo pagão antes do avanço do cristianismo na Europa, porém é pouco provável que tivesse super poderes. As ruinas de Stonehenge que muitos diziam ser obra dele hoje é visto pela arquiologia como um relogio astronomico e pouco como local de ritual pagão. Enfim, o mito de Arthur nos serve como esperança no sonhos e em um mundo melhor com heroís e honras como premio, algo que nosso mundo atual insipido parece ter carência.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Sessão Nostalgia: A Volta dos que Não Foram


Lembra do filme do Super Man em que ele da uma volta ao redor do mundo e retrocede no tempo? Se você não lembra ou nunca assistiu ao filme tudo bem, o que eu queria era fazer uma analogia com o que está acontecendo atualmente no mundo do entreterimento.
De repente os anos 80 voltaram não somente no corte de cabelo e roupas estravagantes de Lady Gaga, mas no mundo do mass media ouve um total dejavi. Desenhos animados que a garotada que hoje se encontra nos seus trinta e pouco anos assistia com empolgação voltaram a ativa.
 
Nos cinemas os robôs Transformers se tornaram fenômeno de bilheteria e trouxeram junto brinquedos e outras bugingangas que para quem era criança na decada de 80 era desejo de consumo. Eu por exemplo, era louco para ter um destes carros que viravam robô e cheguei a ter alguns que infelizmente se perderam.
  
Atualmente quem promete fazer os nostalgicos irem as lagrimas são os Smufs. Na época em que programa infantil não era sinônimo de  chato, assistiamos os Smurfs no programa Balão Mágico. Os estranhos seres azuis miniaturizados que eram perseguidos pelo perverso Gargamel eram divertidos e tinham um ar de ingenuidade raro na época em que a maioria dos desenhos animados tratavam de guerra e violência ( alguem lembrou do desenho do Rambo?).
 
Outro que promete muito é a volta dos Thunder Cats aos desenhos animados. Os heroís meio homens e meio felinos estão com um super desenho que aparentemente tenta manter o que os antigos fãs conheciam e gostavam na antiga versão. De toda forma para os que não conheceram vale lembrar que era um super desenho animado meio americano e japonês que tinha muita ação e aventura. O simbolo dos personagens até hoje é copiado e usado em camisetas só para citar o poder que o desenho tinha na época.
 
Outro que promete voltar a qualquer momento repaginado é o He-Man. Ele era a tradução do que foi os anos 80: tinha muito exagero, moralidade e as vezes cinismo. O preguiçoso principe Adam era na verdade He-Man, o poderoso guerreiro protetor do castelo de Greyskull contra os ataques do afetado Esqueleto. O desenho era cheio de lições de morais que as vezes chegavam a hipocrisia ( era comum o He-man salvar o Esqueleto ou deixar o vilão fugir com a desculpa de que até o ser mais malvado merecia salvo conduto). No final dos anos 90 surgiram novas versões do desenho, nenhuma como o sucesso do original.  Em 2002 veio uma nova versão que apesar de ser muito boa não fez o sucesso esperado. Nesta versão a lição de moral foi pro 'espaço' e o Esqueleto deixou de ser afetado para ser um ditador cruel e com uma historia definida para explicar o seu fascinio pelo castelo de Greyskull. Pena que os fãs não gostaram!

Do jeito que a coisa está indo,  falta só tirar do formol o Bozo, o Fofão e o programa da Xuxa!

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Guerra mitológica: Confecção de tabuleiro de Xadrez

 
Assim que este blog começou no início do ano, postei um artigo sobre a confecção de miniaturas feitas de durepox realizadas por mim. A intenção era mostrar o meu hobby porém, a coisa foi mais além. Não só ampliei o numero de miniaturas confeccionadas como desenvolvi um tabuleiro de xadrez para utiliza-las.
A idéia de criar um jogo de xadrez me veio a cabeça alguns meses atrás. Como gosto do jogo (apesar de não ser nenhum jogador profissional, pois perco todas as partidas que jogo) resolvi leva-lo para a sala de aula. Comentei também em um artigo posto neste blog sobre a história do xadrez e como ele pode ser interpretado não somente como um jogo de estrategia militar, mas também que podemos fazer o nosso proprio xadrez!
     
Os meus alunos da EJA fizeram as suas versões. Demoramos dois meses e tudo saiu bem legal! Simultaneamente eu continuei a confeccionar o meu até termina-lo. Como podem ver algumas peças fazem citações a seres mitologicos e históricos: temos cavaleiros medievais, unicornios, dragões, medusas, gladiadores romanos...Para realizar este jogo fiz uso de pesquisas em livros de Historia da Arte, historia das civilizações, filmes e livros de simbologia e mitologia.






Fico super emocionado em mostrar este trabalho e já recebi encomenda para fazer um similar para um conhecido. Posso fazer outros tabuleiros! É tudo questão de pesquisa: por  exemplo, se eu quiser um jogo de xadrez usando o tema o egito antigo terei que pesquisar sobre as principais dinastias e quais reis lideraram exercitos etc. Além, de uso de material como durepox, tinta acrilica, madeira,bonecos de plastico de R$ 1,99 e papeis de varios tipos...fora o tempo necessario para fazer tudo ( um mês no máximo).
Enfim, os que curtem xadrez como eu e a confecção de esculturas podem dar dicas e ideias que estarei disposto a testar e criar novas obras!

sábado, 16 de julho de 2011

Monografia de pós-graduação VII

2.4- O poeta dos louros

            Dante Alighieri, segundo estudiosos, nasceu em Florença em 1265 vindo a falecer em 1321. Se seu nascimento não se tem data assertiva de sua morte pode-se ter mais exatidão, um 14 de setembro. Na sua vida duas paixões: Beatriz e Florença.
Sobre Beatriz não se sabe muitos dados. Ele a teria conhecido na infância e depois de anos ele a encontraria casada. Ele também havia se casado, mas nunca a esqueceu. Como melancólico de sua época, desenvolveu a sua primeira obra de cunho lírico romântico Vita nuova onde declara o amor a uma mulher na qual apenas a vê ao longe, esta mulher seria Beatriz.
Como não ousa dizer o que sente por ela, fala sobre a amada para Eros o cupido do amor, que lhe é seu confidente. Esta relação amorosa é totalmente divinizada, onde o prazer sexual não é o ponto da questão: “(...) Uma paixão profunda e espiritual da natureza mais nobre, cuja expressão mais alta e definitiva é um nascimento da crença antiga, numa união original de almas e o Ser Divino” (BUCKHARDT, 1991, p. 269). Por não declarar seus sentimentos, Dante alimenta um amor platônico que o leva a tristeza.
Sua outra paixão é a cidade de Florença que sempre defendeu, faz parte do priorado contra o grupo rival os gibelinos uma facção que junto com os guelfos (da qual Dante fazia parte) controlavam a cidade.que era eleito por meio de guildas. A sua guilda era os dos farmacêuticos. Lutou com armas
Por não concordar com o poder eclesiástico sobre a cidade sofreu um golpe de estado, era governador da cidade, expulso passou a ser embaixador, como era conhecido por seus poemas e atos diplomáticos se transformou em cidadão renomado na Itália. Defendia a língua toscana e criticava a relação da Igreja com o poder. Mesmo assim, era católico fervoroso e gostava da teologia de Tomás de Aquino e Santo Agostinho. Sua obra a Divina Comédia é estudada como um documento de uma época, mas talvez, Dante tenha sido antes de tudo um cronista.
Como bem percebe o filósofo Robert Klein em seu livro A Forma e o Inteligível: escritos sobre o Renascimento e a Arte Moderna (1998, p. 58), Dante acaba sendo um painel de tudo que era conhecido pela mentalidade medieval, não somente por declamar o amor, mas por também expor discussões sobre a alma humana como fenômeno que em outras culturas é familiar, e por isto universal.


CAPITULO III
DEUS E O DIABO
3.1- A busca pela salvação

Como não analisar uma obra de arte de Hieronymus Bosch (1450-1516), sem não ter um certo reconhecimento da complexidade que envolve realizar tal procedimento? Bosch é um daqueles casos em que aparece a questão: Até onde a sociedade influi na obra do artista? Ou até que ponto o artista quer retratar o mundo que o cerca? O professor de História da Arte Edgar Wind tenta esclarecer estas questões onde outros historiadores como Panofsky, Buckhardt já haviam esmiuçado.
As obras de Bosch estiveram a um bom tempo associadas por analises modernas a escola surrealista, como se seus monstros e demônios representassem fruto de um subconsciente que na negação a natureza (principalmente carnal) se flagelava. Por isto, os inúmeros demônios castigavam violentamente suas vítimas na maioria amantes ou participantes de orgias. Seria um auto controle do desejo sexual como fazia os antigos eremitas ou flagelantes.
Em outra instância, Bosch poderia ser um cronista de sua época, assim como fora Dante. Seus monstros e situações grotescas são resultado da observação da sociedade onde estava inserido. A impressão que se tem com esta visão é que Bosch não está dentro da sociedade medieval e apenas ficava em algum lugar isolado, observando tudo, como se sua obra fosse fotografia de um voyeur do mundo. Sua obsessão seria o comportamento da sua comunidade ele seria um narrador desta.
De acordo com Panofsky que desenvolveu o método iconológico teríamos que
tentar inicialmente, não somente ver a obra no âmbito formal (cor, distribuição das figuras na tela...), mas localizar no espaço-tempo a categoria de estilos e tipos na qual o artista se encaixaria. Para Buckhardt, a documentação histórica seria uma chave para traduzir trabalhos artísticos. Panofsky também faz uso da relação história/arte com uso de documentos da época em que a obra foi confeccionada. Mas e quando os elementos que estão dispostos na obra dificultam a sua leitura, mesmo usando documentos?
De acordo com Edgar Wind, necessitaria de uma ação especifica para isto:

O método utilizado para chegar a isso só pode ser um método indireto. Cumpre estudar todos os gêneros de documentos que a critica histórica metódica pode associar à imagem em questão e demonstrar por a prova circunstancial que todo um conjunto de concepções, que devem ser estabelecidas uma por uma, contribuía para a formação da imagem. O estudioso que dessa maneira revela tal conjunto de associações há muito perdido não pode presumir que a tarefa de investigar uma imagem consiste simplesmente em contempla-la  e ter um imediato sentimento de empatia com ela. Tem de se lançar num processo conceptualmente dirigido de recordação, mediante o qual ingressa nas fileiras daqueles que mantêm viva a ‘experiência’ do passado. (WIND, 1997, p. 79).


Neste momento a comparação de Bosch com Bruegel e todo um achado sobre uma arte que expressa o belicismo, seria um quesito obrigatório para entender estas obras medievais. Pode-se ir a fundo e estudar o tema do grotesco que logicamente começa antes da Renascença ou da própria Idade Média. O estudioso Vitrúvio (70-25 a. c), por exemplo, já pesquisava sobre estas imagens de cunho assombroso.
De acordo com o historiador Wolfgang Kayser em seu livro Grotesco (1986, p. 18-20) as imagens de deformações e hibridizações demoníacas e mitológicas, já se encontravam na Roma e na Itália em grutas e locais onde se fizeram escavações para encontrar resquícios da arte clássica. O grotesco, com suas volutas e motivos decorativos com plantas misturadas com feras e monstros encontravam-se em colunas jônicas e em baixo-relevos de teor pagão. Cada monstro ou criatura de Bosch evocava a antiga arte laica que como a romana era pagã.
Mas, mesmo apelando para esta relação ainda falta outro dado para entender afinal as obras de Bosch. Alguns estudiosos propõem que estudando a vida particular do artista pode-se chegar ao cerne da questão. Fazendo uma investigação da vida do holandês nascido em Hertogenbosch podemos saber que a pintura era algo de familiar, já que seu avô fora o pintor principal da comunidade. Também sabemos que Bosch seria burguês e que seria praticante de uma seita chamada Confraria da Nossa Senhora, ou que ele poderia fazer parte dos Adamitas uma seita de cunho herético que pregava o sexo como forma de elevação espiritual, ou que ele era um adepto dos eremitas e fazia parte da Ordem dos Irmãos da Vida em Comum. Se investigássemos mais ele poderia ter tido aversão às classes menos favorecidas e que seria enfim protestante.
A vida de Bosch provocou inúmeras deduções que na maioria se contradizem. Se ele era adepto de uma seita como Adamitas que pregara o sexo livre, por que na maioria de suas obras o sexo parece ser um motivo de condenação ao Inferno? Poderia Bosch ter sido um cátaro. O catarismo pregava a fé em um Deus dualista (tendo o bem e o mal em si mesmo). Para o cátaro o homem enquanto estivesse no mundo material estaria disposto para o pecado. Para se salvar a purificação do espírito deveria reencarnar. Por ser politeísta (um deus do mal e outro do bem) o cátaro questionaria a filiação divina de Cristo. Por este pensamento a seita foi perseguida pela Igreja. O Catarismo teve sua expansão na Idade Média nas regiões do norte e onde houve a invasão muçulmana. De acordo com o biografo Trewin Copplestone (1997) Bosch teve uma vida pacata, apesar de pintar infernos e flagelações. Para um catálogo de mostra de arte surrealista em Portugal o estudioso Dagoberto Markl (1994) Bosch é o pai do Surrealismo graças à força das imagens que se aproximam de trabalhos de Marx Ernest (1891-1976) e de Salvador Dali (1904-1989).
Um dos pontos-chaves talvez para desvendar Bosch seja a Melancolia: tema da Idade Média onde o homem se isola para refletir sobre a sua vida ou buscar um sentido para ela. Parece que o pessimismo de Bosch que transparece em um Jardim da Delicias, Carroça de feno e As Tentações de Santo Antão. É o mesmo de um Peter Bruegel e seu ‘Triunfo da Morte’ (figura 04). Mas, como atesta Giulio Carlo Argan em seu Clássico Anticlássico (1999, p. 460) que Bruegel não vê esperança ou redenção para o homem do medievo. Ele está mergulhado em si mesmo e não enxerga a sua ruína que se aproxima, e mesmo que compartilhem de estilos e do uso da linguagem visual cifrada com os provérbios holandeses, já que Bruegel continuaria sua obra na qual Bosch passou como um mestre que gera discípulos. Todavia, eles não são semelhantes. Tudo por causa da visão pessoal de mundo, onde Bosch ainda vê uma redenção: ela é somente Deus.
Como Agostinho não há lugar para o livre-arbítrio; ou o homem se converte para a luz ou queimará nas chamas do Inferno o que poderia questionar sua filiação a seita dos cátaros, já que mesmo que esta seita fale de castigo e materialismo Bosch não crê em um Deus dualista. Mas há ainda tempo para abandonar a carroça de feno que leva para o Inferno, parece avisar Bosch enquanto que para Bruegel, não há remédio, a não ser o fim e a autodestruição.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Foto arte: O Terceiro Olho

Mês de férias, julho é o período do descanso do dia a dia, da opressão do trabalho, dos afazeres escolares...É o domingo transformado em um mês. Você está em casa ou pensando na viagem que irá fazer para aproveitar as férias.
Com certeza não esquecerá do bronzeador se for para a praia, nem de calção de banho ou muito menos de dinheiro, porque curtir descanso sem grana não dá! Vai aproveitar o periodo de descanso para conhecer algum lugar novo com a familia ou amigo ou melhor ainda, com a namorada (o)... Enfim, pode-se fazer muita coisa em julho. Alguns podem dormir mais e até ficar em casa mesmo e saborear uma televisão.
Para aqueles que estão de viagem com toda certeza, o que não se pode esquecer é de levar a máquina fotográfica ( ou o celular com camera). Registrar tudo de bom que o olho pode captar e o que a memória as vezes insiste em esquecer ou alterar na nossa cabeça com o passar do tempo.




Aproveite então os lugares novos para práticar seu olho e tire fotos bacanas! Pode ser uma paisagem, ou um lugar que você acha importante porque te empressionou. O que seja, o que for, deixe para a posteridade e quem sabe descubra o seu talento para fotografar e transformar a realidade com a sua perspectiva. Descobri que artistas como Vik Muniz e Sebastião Salgado não nasceram artistas: se tornaram com a prática! Deixo os meus trabalhos de experimentação de férias como dica e boas ferias!

sábado, 9 de julho de 2011

Máscaras sem rostos

Ha pouco tempo postei um comentario sobre as máscaras e sua função cultural nos povos primtivos. Gosto tanto do assunto que o transportei para a sala de aula. Resolvi pegar algumas pesquisas sobre cultura e arte e deixar os meus alunos confeccionassem seus trabalhos.
Uma coisa que quero registrar aqui e como as vezes nas escolas certos temas sofrem uma má pesquisa ou visão distorcida para serem colocados em salas de aulas. No caso das máscaras é comum docentes somente trabalharem com elas no Carnaval, assim como discutir sobre a cultura negra somente no mês da abolição da escravatura ou o sobre os índios no dia estabelecido como data comemorativa.



No meu caso trabalhei minhas máscaras em julho, fora do periodo do Carnaval e indo contra as comemorações das festas juninas. Por que?! As manisfestações culturais não são estaticas, elas não ficam paradas. Ninguem deixa de ouvir samba após o termino do Carnaval e festas de folguedos e juninos existem no interior do Nordeste mesmo depois de junho. Não há porque se preocupar com datas estabelicidas em calendários se a cultura não se prende a eles ( assim sendo posso estudar um tema fora do periodo estabelicido sim!).
No caso das máscaras, não podemos associa-las somente a festas, visto que em outras culturas elas possuem outras funções sociais. Deixo aqui uma ideia para professores que como eu pesquisamos um tema alem do livro didático que muitas vezes prende muito mais o docente que liberta.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Sessão HQ: O Limbo das Historias em Quadrinhos


Estava conversando com um colega fã de quadrinhos como eu em uma festa nestes dias. Falavamos da novas fases dos gibis bem produzidos e colorizados por computador da Editora Panini e Conrad. Ele me contava das novas sagas da Marvel, sagas que aliás eu não acompanho por não estar mais comprando gibis de super-herois, que para ele estão bem elaboradas e bem desenhadas...
No mesmo instante eu retruquei que estava lendo quadrinhos adultos como Ranxerox e coisas como Hellblaizer da Vertigo. Meu amigo ficou por um instante em silêncio, ele adora quadrinhos de super-herois e não entendeu (ou não Gostou) de perceber que eu estava acompanhando outro tipo de gibi. Resolvi então justificar.
   
Eu parei de ler historias em quadrinhos no meio da década de 90. Por que? Bem foi neste periodo no mercado editorial que surgiu a Image Comics, uma editora formada por artistas insatisfeitos com os mandos da DC e da Marvel. Até ai tudo bem. As duas maiores editoras de quadrinhos dos EUA ficaram muito milionarias explorando os artistas sem dó e piedade (só o fato dos familiares dos criadores do Super Man ter movido ações contra a DC já prova como estas grandes empresas exploram) e achava natural que alguns artistas insatisfeitos fizessem algo revolucionário para mudar o mercado.
    
A Image Comics prometia mudanças drasticas no mundo dos gibis, artistas que eram consideradas estrelas por seu estilo de desenho visto como inovador (na época) como Jim Lee, Toddy Marcflane, Rob Liefeld criaram personagens bizarros como Gen 13, Spawn e W.I.L.D Cats e vendiam como algo inédito!
No inicio os personagens agradaram e muito o publico, porém como o tempo sempre prova, tudo não passava de um 'bolo de noiva' de gosto amargo. Spawn tinha um visual bacana, mas as historias eram horriveis e copiavam sem brilho a saga de Dante. Gen 13 e W.I.LD Cats eram versões vagabundas dos X-Men. O pior era ver os deslumbres dos moleques que insistiam em copiar o estilo de desenho dos caras: Rob Liefeld não sabia desenhar anatomia humana, Jim lee era outro que ilustrava mulheres de cintura fina como a Barbie e homens da cabeça pequena e corpos exageradamente musculosos e Marcflane...era melhor design de brinquedos que desenhista.

Depois de ver a Image parei de ler quadrinhos de super-herois e confesso que se não fosse pelo cinema que trouxe aos nossos olhos personagens bacanas como Homem-Aranha e Batman eu nem sentiria falta! a DC e Marvel doidas para ganhar dinheiro inventaram marmeladas do tipo 'Morte do Super Man' e clonagem do Homem-Aranha. No fim, o dinheiro fala mais alto que o bom senso.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Martinho Lutero, Marquês de Sade e Nietzsche: os Incompreendidos

   
Existem personalidades históricas que marcaram a humanidade por diversas razões: Gandhi pela fé e o pacifismo, Einstein por ser visionário da Física, Platão ao alinhar conhecimento e verdade, Steve Jobs pelos avanços na tecnologia e por ai  vai...Os grandes que deixaram suas marcas na historia permitiram um mundo maior e melhor e claro, existem os que de uma forma deixaram um ponto de interrogação para o mundo.

É o caso de Hitler, Osama Bin Laden, Atila o Huno e Sadam Hussein: eles agoras fazem parte dos livros de historias por deixarem um legado de horror e desumanidade! Cada um deles construiu uma face do que desejavam mesmo que fosse  ás custas de cadaveres de inocentes.

Em outro extremo de figuras polêmicas temos Martinho Lutero, o Marquês de Sade e Friedrich Nietzsche. Lutero viveu o conturbado periodo humanista em que a Renascença era o ponto alto e fim da Idade Média. Filho de um pai repressor e analfabeto e cheio de supestições laicas (crenças em demõnios e bruxas) criou um filho traumatizado que mais tarde entraria para a vida de monge. Lutero era um grande teologo e filosofo e também sofria de alucinações (dizia que o Diabo discutia com ele). Considerado louco por muitos ninguem imaginaria que ele faria uma revolução no cristianismo ao romper com a Igreja depois de denunciar a venda de indulgencias (compra e venda de absolvição dos pecados). Sem ele não existiria o protestantismo. Pena que exitam tantos vendedores de indulgencias nos dias de hoje como no passado não é mesmo Bispo Macedo!?

Já Donatien Alphonse-François, conhecido como o Marquês de Sade, se tornou a figura que mostrava a frivolidade da corte francesa de Luis XVI. Vivendo o periodo do chamado Rococó, ou Barroco francês, Sade revelou através de seus contos historias de orgias e violência entre padres, freiras e cortesãs nos castelos luxuosos franceses. O termo sadismo derivou de suas façanhas sexuais descritas em seus contos tidos como pervertidos e crueis. Sua obra chocou as classes abastadas que com furia o puniram exilando em um sanatório.

Por fim, Friedrich Nietzsche significou a ascenção da Alemanha como um polo industrial e também celeiro de pensamentos criticos sobre o mundo urbano e social. Muitos costumam atribuir a Nietzsche o conceito do niilismo ( o nada ) como o alicerce de seus tratados filosoficos. Outros falam de seu ceticismo ao comentar a frase "Deus está morto" e o conceito do "Super homem". Nietzsche nasceu em 1844 e teve uma criação religiosa. Em seu famoso livro 'Assim falava Zaratustra' que inspirou Richard Strauss a compor um hino, Nietzsche fala de superação do homem sobre as dificuldades impostas pelo mundo ( o super homem acima do bem e do mal) e a morte de Deus ( Deus poderia não ser a divindade aqui e sim, o sistema criado pelo sociedade que Nietzsche dizia estar falida). No fim de sua vida Nietzsche morreu sozinho, doente e louco.
Estas personalidades alimentam até hoje o mundo com sua visão apurada e polemica da sociedade.