sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Sessão Espada & Fantasia: Conan e a Era Hyboriana


O filme Conan, O Bárbaro estreou recentimente no Brasil. Quando fui assistir a este reboot a primeira coisa que me passou pela cabeça foi a imagem do Arnold Schwarzenegger segurando a espada e a música do compositor Basil Poledouris ao fundo! Para muitos fãs da minha geração era o ator austriaco quem melhor representou o bárbaro até aqui.
   
Mas estava enganado! A nova  versão do personagem nos cinemas é muito fiel aos quadrinhos, principalmente a atual fase da Editora Dark Horse ( hoje detentora do personagem que antes pertencia a Marvel Comics). O filme tem muita ação, cenas de batalha de espada e mulheres sensuais, iguais aos que a gente lia nos gibis desenhados por John Bucema(1972-2002) e roteirizado por Roy Thomas.

Eu confesso que nunca li um livro do cimério escrito pelo autor Robert E. Howard (1906-1936) e por isto, fico suspeito em dizer até que ponto o filme foi fiel a sua origem literária. Para muitos como eu, Conan era mais um personagem de revista em quadrinho do que de livros. É uma pena, pois é dificil encontrar os livros do Conan no Brasil.
        
De toda forma, o personagem foi o precursor do genero espada e fantasia e acabou abrindo o caminho para inumeros autores como J. R. Tokien e similares. As histórias do cimério assim como as dos Senhor dos Anéis aconteciam em um mundo remoto entre as primeiras civilizações e o desaparecimento de Atlântida. Tokien chamava seu mundo mágico de Terra Média enquanto Howard havia criado a Era Hyboriana. Ambos os mundos são versões ficticias das socidades medievais, asiaticas, escandinavas e bárbaras.

Tem muita gente que acredita que a Terra Média teria existido ou que a Cimeria de Conan esta nos mapas antigos. A Terra Média é uma simbologia para a Europa com os mitos dos Nibelungos (lenda que fala de um anel poderoso e que serviu de base para as historias de Tokien), contos de fadas e romance de cavalaria de Thomas Malory reiventado por Torkien.
Quanto a Cimeria ...ela nunca existiu e por uma engenhosidade de Howard trocou as palavras da antiga civilização Sumeria ( povo que habitava a mesopotâmia) para assim criar um novo mundo. Enfim, espero que os esclarecimentos feitos aqui não tirem o brilho destas obras e principalmente não deixe ninguem de gostar do mundo de Conan que mesmo aparecendo em formato de revista ainda assim é emocionante de ler e apreciar.

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