sexta-feira, 8 de abril de 2011

O pior dia para a Educação


Ontem as 9:00h da manhã o Brasil recebeu uma das piores noticias de sua história. Em plena euforia de crescimento econômico, em busca de uma estabilidade, de redução de pobreza e de um número cada vez maior de jovens ingressando em universidades, de repente tudo caiu por terra com a morte de doze crianças por um psicopata que atacou uma escola no Rio de Janeiro.
O choro da presidenta da Republica simbolizava o olhar perplexo de uma sociedade que mesmo tendo um alto índice de violência seja em acidentes automobilisticos ou em assaltos, não esperava presenciar um massacre em uma escola. São raro os casos de massacre em escolas no nosso país e costumamos ver isto na tv nos EUA.
No fim do ano passado o Rio de Janeiro passou por uma espécie de 'lavagem de roupa suja' com a policia invadindo os morros e expulsando os traficantes. Depois surpreendentimente houve a cheia do rio que desabrigou e tirou muitas vidas quase que como um tsunami. Mesmo assim o carioca ainda teve otimismo e pulou o Carnaval.
Agora um jovem desajustado de 24 anos, ex-aluno de sua escola destrói o sonho e a vida de milhares de estudantes e suas familias. Como reagir a isto? Como pensar depois de um ato como este? Ontem voltei do trabalho e fui dormir tentando não pensar no que ocorreu no Rio de Janeiro (mas não deu).
Sou um professor e confesso que imaginei o que eu faria se estivesse na mesma situação dos demais colegas de profissão do Rio. Tenho muita preocupação com os meus alunos e sempre espero o melhor para eles. Fico imaginando o que cada um fará de sua vida ao termino do curso. Nunca a gente espera que algo ruim possa acontecer. Mas as vezes a realidade é bruta e cruel demais.

Daqueles estudantes mortos, quantos não poderam mais jogar bola com os amigos, brincar de videogame, assistir a filmes ou ir para o parque.? Quantos futuros medicos, policiais, professores, enfermeiras, cantores, jogadores de futebol o nosso país perdeu naquele massacre?
Não quero julgar o suicida que matou as crianças, porque não sabemos como ele vivia em grupo e nem sabemos como a familia lidava com ele (em muitos casos os transtornos mentais são geneticos). Podemos sim, como responsaveis por futuras sementes questionarmos o quanto estamos realmente interagindo com os nossos filhos e alunos e dando a  eles amor e valores de importancia mais de cunho humanistico que material.

Nenhum comentário:

Postar um comentário