segunda-feira, 16 de abril de 2012

1ª Bienal do Livro em Brasilia e a Greve dos docentes


Não existe um evento mais importante que esteja ocorrendo em Brasilia  do que o 1ª Bienal do Livro e da Leitura. Este evento sempre ocorreu em outros lugares como o Rio de Janeiro, São Paulo e Alagoas. Em São Paulo, por exemplo, ele está em sua XVI edição. Como a nossa cidade somente tem 50 anos, ainda temos muito o que percorrer para chegar onde São Paulo chegou.
    
De toda forma só em poder ver de perto nomes nacionais e internacionais que estão fazendo a nossa literatura contemporânea mais rica já vale sair de casa. Quem está acostumado com as feiras do livro que ocorrem todo ano, vai se sentir em casa com as estandes de muitas livrarias vendendo livros de todo gosto e preço. Notei principalmente que existe a presença de muitas livrarias vindas de fora, o que pode servir como termometro para medir como vai o gosto dos brasileiros em quesito livro.

Não pude ficar para assistir nenhuma palestra dos autores chamados para o evento, mas percebi com a greve dos professores das escolas públicas um ponto de analise de nosso país. Não deixa de ser irônico no dia do evento que celebra a leitura termos muitos professores e alunos fora das salas de aula. Não quero tomar partido de ninguem, contudo temos que fazer a seguinte reflexão:
-Como podemos comemorar um evento tão bom com escolas públicas tão destruidas e professores tão mal pagos?
-Como podemos assistir calados que o nosso país (que almeija estar entre as maiores pontencias mundiais) ter o menor indice de leitores da América Latina?
-Como ficar acomodado em ver que a classe C consegue comprar uma TV de plasma ou financiar um carro, mas não consegue interpretar um artigo de jornal de domingo, provando ter a leitura como ponto não importante em sua vida?
Enfim, como podemos sentirmos satisfeito com o que conquistamos se ainda temos muito o que fazer na educação deste país?
     
O desemprego ainda é grande em nossa capital federal. Temos milhares de jovens se envolvendo em crimes e drogas e muitos deles vem das regiões periféricas de Brasilia. Cada vez mais os empregadores exigem maior qualificação e escolaridade de seus futuros empregados. As provas de concurso público estão cada vez mais dificeis e exigindo maior capacidade de interpretação do candidato.
   
É aí que a base de estudo se torna cada vez mais importante. Muitos alunos não conseguem escrever uma redação ou interpretar um texto. Estes mesmo alunos irão mais tarde procurar trabalho e não encontrarão vaga por não terem investido mais em ler livros e se informar corretamente. Muitas pessoas reclamam do preço do livro no país, dizendo que é muito caro comprar um livro ou dedicar dez minutos para ler alguma coisa.  Quantas coisas superficiais as pessoas compram sem pensar e ainda assim preferem continuar desinformadas e analfabetas?


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