quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Sessão Contos Bizarros

Sabe aquela história que alguém conta é que parece inacreditável. Quem nunca ouviu aqueles contos de lendas urbanas ou historinhas que nossos avós ou amigos mais velhos contavam. Nesta sessão vou postar algumas destas histórias que de tão absurdas costumam se espalhar como vírus entre as pessoas. Aqui vai a primeira delas:

A MULHER DA ESTRADA
João como todo caminhoneiro vive de transportar cargas pesadíssimas nas precárias estradas do nosso Brasil. Ele carregava em seu caminhão Mercedes de 14 rodas uma tonelada de alimentos pela estrada Belém-Brasilia. 
Gordo e careca e usando uma camisa regata mostrava apoiado o seu antebraço na porta de seu veiculo um braço tatuado e encharcado de suor. Com 40 anos de idade João aparentava ser muito mais velho de tanto perder o sono e das tantas vezes, que apelou para o 'rebite' para se manter acordado para poder chegar ao seu destino.
Há noite enquanto pegada a estrada mal iluminada, João enxergava somente com os faróis de seu caminhão o caminho que parecia não ter fim até o seu destino final. Uma chuva inesperada começava a cair e atrapalhar o já cansativo trajeto até o mercado onde descarregaria os alimentos. Porém, ele não esperava ver uma silhueta humana em meio a estrada.
Espanto maior ele teve ao ver que a silhueta era de uma mulher vestida de noiva. A mulher que na verdade parecia uma moça de pouco mais de vinte anos estava parada no meio da pista como se quisesse provocar um suicídio. 
Com uma habilidade de motorista que dirige ha anos, João deu uma brecada que por pouco não o fez atropelar a moça. Enquanto conseguiu parar o seu caminhão a moça toda molhada não esboçou reação nenhuma, pelo contrário, estava com um olhar frio e distante.
Nervoso João começou a gritar com a mulher:
-Sua louca! Você quer morrer é !?
Como se tivesse saído de um transe a moça foi em direção a porta do motorista, e então tocando delicadamente no metal molhado falou com João:
-Por favor pode me dar uma carona. Estou perdida e preciso voltar para a minha casa, pois o meu noivo está me esperando.
A face de indignação de João mudou e com pena resolveu dar a carona:
-Entra aí, se for por onde estou indo será mais fácil.
A moça esboçou um estranho sorriso e entrou no caminhão com seu vestido branco encharcado. Enquanto dirigia, João tentava quebrar o gelo tagarelando, contudo a moça apenas olhava fixamente para frente e parecia não querer entrar em assunto algum. Percebendo o estranho silêncio e com muita curiosidade resolveu perguntar logo como a moça parou naquela estrada no meio da chuva. 
A moça então começou a falar que há muito tempo atrás houve um acidente naquela estrada. João como todo bom motorista de caminhão conhecia inúmeros casos de acidentes que já presenciara. Ouviu da boca da mulher que um casal que estava em um Cross Fox, perdeu o controle e caiu em uma ribanceira. A morte do casal segundo ela ocorreu em uma noite de chuva como aquela. João então lembrou de realmente ter presenciado tal acidente, a mais ou menos uns dois anos. Perguntou ele (tentando entender o porquê dela ter entrado no assunto) se ela conhecia o casal. 
A moça então levantou o braço e antes de responder a João falou:
-Pare aqui! Eu tenho que descer.
Continuava a chover e João não viu nenhum abrigo para a moça ficar. Disse então que ela não deveria descer, pois é muito perigoso ficar em uma estrada tão desolada e escura. A moça insistiu e disse que era necessário. João então, contrariado, abriu a porta e deixou a moça ir embora. A garota desceu no meio da chuva e foi para a margem da estrada.
Quando ela caminhou para a margem algo estranho ocorreu: a moça simplesmente sumiu no meio da escuridão e da chuva.  João não entendeu nada e preocupado pegou uma lanterna velha e jogou luz onde a moça estava. Percebeu que na margem da estrada havia duas cruzes de cimento. Com medo desceu do caminhão e todo molhado procurava ver onde estava a moça. 
Iluminando as cruzes viu dois nomes escritos e as datas do falecimento: Lucas e Isabel, 2011. Encima de uma das cruzes viu o vestido de noiva que a moça que tinha dado carona usava. Um frio na espinha lhe subiu e João assustado entrou na cabine do caminhão e pegou a estrada em desabalada carreira.
Até hoje João fala desta história para os amigos de sinuca. A maioria deles riem da história, porém João fica sempre sério e... assustado! 



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