sábado, 21 de janeiro de 2012
A relação da Arte e os Jogos Enigmáticos
Eu voltei de viagem recentimente e trouxe na bagagem algumas coisas que achei legais: fotos, livros, roupas e...jogos enigmáticos. Quando criança o meu pai costumava me dar de presente quebra-cabeças, abacos e coisas do gênero. Quando se é criança temos uma certa necessidade de imediatismo e queremos que os brinquedos sejam estimulantes e que nos provoque uma interação.
Eu não conseguia isto com os quebra-cabeças que meu pai me dava. Não tinha paciência para monta-los, e assim me desfazia deles. Como fui ingênuo! Hoje depois de velho comecei a colecionar cubos mágicos (tenho uns 3 ou 5 de varios tamanhos), na epoca que ele era moda nos anos 80 eu nem ligava para este tipo de brinquedo.
Também tenho um tabuleiro de xadrez ( também confecciono os meus) e passo um bom tempo jogando com o meu irmão. É engraçado como a gente percebe que perdeu alguma coisa na nossa infãncia e adolescencia e depois ficamos loucos tentando resgatar! Desta minha ultima viagem comprei um tangram feito de madeira e uns brinquedos feitos de metal que você precisa separa-los sem danifica-los.
Pretendo usa-los em sala de aula com os meus alunos. Você questiona qual seria a ligação de jogos ludicos com as aulas de arte. Bem... Se remontarmos ao passado das guildas em que os artistas eram obrigados a estudar filosofia e aritmética junto com tecnicas de pintura, desenho e escultura; tudo tem um real sentido.
Leonardo Da Vinci e Brunellesch, por exemplo, não foram só artistas,mas gênios da engenharia e da matemática, então podemos pressupor que a arte caminha de mãos dadas com a lógica e seus estudos.
Os jogos ludicos cobram muito do raciocinio lógico e da concentração do individuo. Na escola no ano passado trabalhei o xadrez com os meus alunos e em seguida com algumas turmas fiz trabalhos com o cubo mágico. Estes brinquedos por mais que pareçam estranhos ao mundo educacional são extremamente eficazes para trabalhar a concentração dos alunos (geralmente as crianças e os adolescentes são dispersos e impacientes e os jogos acabam ajudando-os em adquirir concentração).
Outro dado interessante é que jogos como o cubo mágico (do inventor hungaro Rübick) surgiram de tentativas de unir a arte e a matemática. Os egipicios confeccionavam tabuleiros de jogos e estes tinham todo um capricho artistico para faze-los. A India foi prodiga com os numeros decimais e com a invenção do xadrez com suas peças ornamentadas de marfim. O tangram foi uma brincadeira criada por monges budistas para brincar com a capacidade humana de criar formas antes somente desenhadas. Em suma, na minha modesta opnião não existe nada mais artistico que um bom jogo ludico!
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