sábado, 7 de janeiro de 2012

Arte Feminina: As Grandes Heróinas das Artes

Esta postagem eu dedico as mulheres em especial  a uma grande amiga (Maria Da Paz, você reclama que não lê as minhas postagens. Está é para você, beijos!). Resolvi fazer esta postagem para promover um possivel debate sobre a importância da mulher no mundo artistico. Já notaram que nos livros de história da arte somente aparecem os nomes dos homens como grandes artistas? Sempre tive a impressão que artistas mulheres, negros e indios estavam fora destes livros. Lógico, que muitos destas obras destinadas a estudar o passado da arte, tem uma visão europeizada e colonialista: Não importa o que se fez de bom em outros países e em outras culturas é sempre a visão eurocentrista que somente o 'homem branco europeu' produziu o que há de melhor nas artes é que deve contar nos livros de história.
Não sei se esta postagem pode ajudar a corrigir este erro. Espero que quem leia esteja disposto a conhecer e reconhecer a importância destas artista que destaco na injusta história da arte. Caso gostem postarei futuramente mais trabalhos de artistas femininas (feministas, ainda não sei qual termo certo colocar) neste blog:

Artemisia Gentilleschi (1593-1652)
Artemisia apareceu quando o movimento barroco estava em seu auge na Itália. Filha de um pintor conhecido mas não brilhante, ela sempre demonstrou qualidades tecnicas. Naquela época as mulheres não participavam de guildas e nem de oficinas (por isto, a maioria dos artistas eram homens). Para driblar este problema Artemisia se tornou assistente de seu pai e assim pôde prosseguir com sua carreira. Infelizmente, a sua fama histórica veio mais devido um caso terrivel ( um dos assistentes de seu pai a violentou e ela teve dificuldades no julgamento, na época para punir o culpado). Uma de suas obras mais conhecidas é 'A decaptação de Alofernes'.

Camille Claudel (1864-1943)
Muitos podem dizer que Rodin foi um dos maiores escultores de todos os tempos, mas não seria justo dizer que ele teve uma certa ajuda feminina em seus trabalhos. Camille Claudel era linda ( vi uma foto dela em um livro e era mesmo!) inteligente e de gênio forte. Talvez por esta última caracteristica ela tenha tido tantos problemas com Rodin que era o seu tutor em seu estudio em Paris. Mesmo tendo um destino trágico ( ela morreu louca internada em um sanatório) não há como não perceber em suas obras muita coisa de Rodin e vice e versa. Basta reparar em suas figuras sensuais...

Paula Modersohn-Becker (1876-1907)
Talvez o nome de Paula Modersohn-Becker não seja muito conhecido pelos que apreciam  a arte. Alguns poucos conhecedores do assunto acreditam que ela foi uma das precursoras do Expressionismo. Vivendo isolada em uma região da Alemanha os seus trabalhos refletem um mundo rural romântico e também melancólico. Morreu após ter um parto dificil, e não tendo o reconhecimento merecido dos seus colegas do movimento expressionista e nem de  historiadores.

Anita Malfatti (1889-1964)
Ela foi a primeira pintora modernista e mesmo tendo o seus trabalhos ofuscados pelos de Tarsila do Amaral (que aliás, nem participou da Semana de 22) teve o seu nome dissociado pelos modernos. Anita estudou na Alemanha e conheceu a arte expressionista. Quando fez sua primeira exposição foi criticada pelo Monteiro " Jeca Tatu" Lobato, dizendo que seu trabalho era resultado de um transtorno mental. Mal ele sabia que apartir dalí a arte brasileira finalmente deixaria de ser mero 'xerox' da arte neo clássica, e ganharia maturidade.

Tomie Ohtake (1913-)
Conheci os trabalhos de Tomie Ohtake quando foram exposto no CCBB em 2007 ( eu acho). De toda forma gostei do seu abstracionismo geométrico e que as vezes vai para o informalismo. Ela começou a pintar aos 40 anos, provando que não existe idade para se apaixonar e fazer arte. Hoje é reconhecida nacional e internacionalmente a maior artista brasileira na atualidade.

Giovanna Cassoto
Quem leu a minha postagem sobre arte erótica deve ter sentido falta de eu não ter citado o nome de Giovanna Cassoto. Ela estudou arquitetura e depois por incentivo de um fotografo de modelos passou a ilustrar histórias de cunho erótico. Ela costuma dizer que usa as suas proprias fotos e fantasias de fetiche como referência e assim pinta belas mulheres de corpos volumosos e sensuais.


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