quinta-feira, 5 de janeiro de 2012
Os Grandes Mestres do Cinema
Esta postagem eu faço em homenagem aos que curtem aqueles que fazem do cinema um mundo fantástico e cheio de imaginação. Não estou falando de Steven Spilberg, James Cameron ou de Peter Jackson. Eu estou me referindo a dois cineastas e dois magos dos efeitos visuais que na minha modesta opnião trouxeram uma nova forma de fazer filmes: ousados, divertidos e visualmente marcantes. Em especial digo que destes criadores visuais eu tenho uma influência direta em meu trabalho.
Começo por falar no mestre dos efeitos visuais dos anos 70 e 80 Ray Harryhausen: nascido em 1920, Harryhausen foi um dos principais tecnicos de efeitos especiais do cinema norte-americano. Seus efeitos eram o uso de bonecos que se moviam quadro a quadro. O resultado era ver um monstro gigante como um minotauro ou um dinossauro andando como se estivesse em um desenho animado. Hoje, talves, os trabalhos de Harryhausen podem parecer antiquados diante dos efeitos de computador, mas seus filmes alegraram uma geração e hoje são referência de filmes de aventura (basta lembrar que foi ele quem dirigiu a primeira versão do 'Fúria de Titãs' em 1983). Filmes como 'As aventuras de Simbad' passavam varias vezes na Sessão da Tarde e para mim são influencias artisticas, já que são nos monstros que ele criava que tenho minhas referências para fazer os meus.
Outro grande realizador de efeitos especiais é o americano Rick Baker. Nascido em 1950, Baker se formou em letras e somente depois resolveu se dedicar ao que gostava de fazer nas horas vagas: criar monstros e maquiagens cheia de truques visuais. A sua fama nos EUA veio quando fez a incrivel cena de transformação de um homem em lobisomem no filme 'Um lobisomem Americano em Londres'. A cena foi minuciosamente gravada usando trucagens e engenhocas nas maquiagens dando a impressão que o ator se transformava em um monstro de verdade. Por este feito, Baker ganhou o Oscar de Efeitos Visuais e ainda mais tarde faria os efeitos do clipe de Michael Jackson 'Triller' o que lhe tornou o criador de efeitos mais requisitados em filmes americanos. Também criou a maquiagem usada pelo ator Eddie Morphy no filme 'Professor Aloprado' e claro, os horrendos orcs da trilogia 'Senhor dos Anéis'. O material que ele usa é o latex que pode ser moldado no rosto dos atores e para criar o sangue falso uma mistura de groselha e corantes.
Em relação a direção de um filme um dos meus diretores preferidos é o Tim Burton. Filho de uma familia pouco comum e bastante retraido na infãncia, Tin Burton desde pequeno escrevia poesias e desenhava elementos de cunho símbolista. Depois de se formar em uma escola de arte na California, ele ganhou uma bolsa de estágio para trabalhar nos estudios Disney. Fã dos filmes de terror dos anos 50 e 60, Burton fez um filme animado com bonecos stop motion (quadro a quadro) que mostrava essa influência. Um de seus filmes mais interessantes é 'Eduard Mãos de Tesoura' em que seu amigo e ator preferido Jonny Deep faz um ser dark com mãos de tesoura que constrói obras de arte no gelo e em arvores. Porém, o maior exito de Burton foi levar o personagem Batman aos cinemas e assim inaugurar uma onda de filmes de super heróis até os dias de hoje. Seu último filme foi uma releitura da obra de Lewis Carol 'Alice no País das Maravilhas'.
Atualmente quem for aos cinemas pode conferir a criatividade visual do diretor indiano Tarsem Singh no filme épico 'Imortais'. Nascido na India e tendo formação em publicidade, Tarsem trabalhou como diretor de comerciais para grandes empresas e dirigindo videoclipes de bandas de rock. Foi, aliás dirigindo o clipe do grupo de rock REM 'losing My Religion' que se tornou mundialmente conhecido. Depois, ele dirigiu o seu primeiro filme 'A Cela' com a atriz Jennifer Lopez. Neste filme percebe-se a sua preocupação com os cenários e com os figurinos. Muitos criticos dizem que as vezes ele cria um visual brega, pecando em exageros. Contudo, não há como deixar de admirar o seu trabalho. Em 'Imortais', por exemplo, ele se inspira nos pintores clássicos como Poussin e no claro escuro barroco de Caravaggio para fazer as cenas
de seus filmes.
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