Quem acompanha o blog sabe que tenho postado nos últimos dias temas ligado a confecção de obras tridimensionais. Fazer uma escultura requer não só habilidade técnica como antes de tudo criatividade. Como eu gosto de arquitetura logo fiz uma conexão do ato de construir uma edificação com o ato de trabalhar o tridimensional. No caso, da arquitetura uma outra forma de arte se faz presente: a construção de maquetes.
Não existe um predio, arranhacéu, ponte, torre ou igreja que não passe pelas mão dos maquetistas. Antes eu achava que parar se fazer maquete deveria existir um curso específico ou faculdade para tal tarefa ( assim como existe a faculdade de artes plástica para quem faz desenho e pintura e as faculdades de artes cênicas para quem quer ser ator) pelo contrário, os que confeccionam maquetes na grande maioria, aprendeu o oficio de forma autodidata. Como o maquetista não tem o mesmo reconhecimento do arquiteto ou do engenheiro, muitos deles não vem o ato de fazer escalas de cidades e predios como uma profissão devidamente reconhecida.
Em Brasilia na UNB, graças ao pioneirismo de Zanine Caldas, surgiu um curso específico para construção de maquetes. Hoje um dos maquetistas mais conhecidos é o canadense Frank Genhy, que já ganhou o prêmio Nobel de arquitetura. A sua obra mais famosa e o Museu Guggenheim na Espanha.
O material para confeccionar uma maquete varia de acordo com as necessidades de quem a constrói, geralmente é cartolina, papelão, madeira e cola são os mais utilizados. Pode-se fazer hoje maquetes em 3D, na qual a exibição do edificio é toda feita no computador e apresentado como uma animação. Outro dado bacana é que a arte da maquete é útil não somente na construção de edificios como também de barcos, automoveis, aviões e outros objetos que podem ser feitos em pequena escala.
Trago como exemplo um barco viking feito por mim apartir de uma fotografia de um livro de história. Utilizei como material: uma garrafa de refrigerante médio, papel de ceda, durex, cola branca, super bonder, barbante, tinta acrílica, jornal, papelão e estilete. Não ficou muito legal, mas espero que usar este trabalho com os meus futuros alunos na escola em que leciono.
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