sexta-feira, 3 de junho de 2011
Máscaras da ilusões: as nossas muitas faces
O homem sempre procurou explicar o que ele considera inexplicável ou sem sentido. Os homens das cavernas acreditavam que desenhando bisões nas paredes das cavernas estariam facilitando a caçada a fera. Os raios que caiam e derrubavam as árvores eram considerados a fúria da divindade sobre os homens. O mesmo acontecia com as tempestades e terremotos.
Foi o medo pela fúria da divindade e talvez o desejo de manipular tal poder que surgiram os rituais religiososo. Os homens primitivos passaram a elaborar formulas e imolações para falar com o sobre-natural e terem uma fusão com ele. Nas tribos africanas e indigenas é comum o uso de suportes como cajados e poções, mas principalmente de máscaras e pinturas corporais.
Em particular as máscaras geram um fascínio em especial por não terem uma função imediata como um pote ou uma lança. Assim como as estátuas a sua função é tão subjetiva que chega a ser ignorada. Podemos viver sem usar uma máscara ou contemplar uma estátua, porém , existe uma razão para construirmos tais coisas.
Para as tribos primitivas as máscaras servem como um meio de conexão, um 'telefone celular', para falar com a divindade. Somente o shaman pode usar esta máscara pois ele domina o codigo especifico para se comunicar com a divindade. Aliás, qualquer coisa que proteja a cabeça, o orgão que rege nossas ações, tem um valor mais que especial.
Os guerreiros astecas usavam as cabeças de jaguar como elmo, assim absorvem o poder do animal para matar os inimigos. Os elmos dos guerreiros gregos eram 'batizados' nos templos em nome de Apolo e assim esperavam que o demonos 'espirito de heroí' viesse sobre suas cabeças. No mundo atual falamos muito em pessoas 'mascaradas' ou de 'duas caras', porque na nossa sociedade precisamos infelizmente termos mais de uma face para viver em um mundo onde julgar o outro é quase um esporte.
Talvez seja por isto que as máscaras de Halloween e de Carnaval façam tantos sucessos pois revelam o que escondemos no nosso cotidiano. Quem nunca aprontou no Carnaval ou no Halloween porque estava mascarado e assim achava que não seria reconhecido?
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