As férias de fim de ano é o momento perfeito para fazermos aquilo que não tivemos tempo para realizar duranto o ano inteiro. Alguns aproveitam para viajar e curtir a praia ou visitar parentes e amigos distantes, outros aproveitam para ficar em casa e dar uma geral e desfazer de coisas que acumularam durante o ano todo como um ritual e tem aqueles que descobrem que pode desenvolver hobbes como colecionar alguma coisa ou montar algo como modelismo etc.
No meu caso preferi por em dia a leitura. Resolvi vasculhar na estante livros que comprei e revistas que nunca tive tempo de ler. Destas resolvi fazer uma lista que servem como recomendação para aqueles que estão afim de matar o tempo livre. Algumas destas obras não estão mais em bancas ( mas afinal para que serve os bons sebos e bibliotecas não é mesmo?) Caso tenha lido uma destas obras dê a sua opnião. Vou inicialmente falar de quadrinhos e depois de livros OK!
The Walking Dead ( Os Mortos Vivos) Editora Image, 2003.
Estava sem pegar em uma revista em quadrinhos aos 10 anos quando um amigo de serviço me indicou ler esta revista. Cara essa é boa até os ossos! Sem trocadilhos. The Walking conta a história de um policial de uma pequena cidade americana que se vê perdido em um mundo rodeado de zumbis. A premissa aparentemente não é interessante, ainda mais que a onda de filmes de zumbi está na toda no cinema vide Zumbilância, Rec e Exterminio. Porém, o roteiro de Walking é muito bom pois, o ponto central da istoria não é sobre os zumbis, mais sobre qual seria o comportamento humano diante de possivel Juizo Final.
Será que seriamos eticos uns com outros quando sentissemos ameaçados por zumbis e tivessemos que sacrificar alguem pela nossa sobrevivência? S e caso um parente ou melhor amigo virasse um zumbi teria eu coragem para arrebentar a cabeça dele sabendo que ele me atacaria? É desses dilemas improvaveis e dramaticos que trata a série escrita por Robert Kirkman e desenhos espetaculares de Charles Adler.
Vale apena começar a ler Walking dead ( o gibi faz tanto sucesso nos EUA que virou um seriado para TV).
Panorama do Inferno Editora Conrad 2006.
Para quem curti mangá a obra de Hideshi Hino é da hora! Panorama é um mangá de terror onde o autor com toques biográficos narra situações no mínimo estranhas. Um amigo de infãncia me emprestou para me ajudar na monografia de pós-graduação. A istoria é sobre um pintor depressivo e alucinado que pinta quadros bizarros sobre morte e outras cenas insólitas. Cada quadro retrata a infãncia traumática do pintor ( ele é um refugiado da guerra entre a China e o Japão). Uma referencia na obra é a Divina Comédia na qual o pintor parecer fazer um aviagem ao Inferno enquanto narra sobre as suas obras plásticas. O maior destaque além da istoria super assustadora de Hino é seu estilo de desenho pouco comum para quem está acostumado aos padrões de arte mangá (nada de olhos grandes ou personagens com cabelos coloridos e pontudos).
Drácula por Eugênio Colonnese Editora Escala, reedição 2010
Eugênio Colonnese foi um dos maiores artistas de quadrinhos brasileiros dos anos 70 e 80. Ele lutou bravamente para impor um quadrinho nacional em um país que insiste em somente dar espaço a arte estrangeira. Esta versão em quadrinhos de Drácula saiu na época em que ele trabalhava em titulos da decada de 70 como Calafrio e Mestres do Terror. Morto em 2008 com 79 anos resolveram homenagea-lo com esta reedição colorizada por computador. Apesar de sua arte magistral a obra soa hoje envelhecida por sua narrativa até simples e as cores só tiraram o impacto do traço que Colonnese tinha em sua qualidade de desenhista de preto branco e rachuras. Para molecada de hoje que curte os vampiros metrosexuais de Ennie Ricce e Stephanie Meyer o Drácula de Colonnese poderá parecer careta. Mas, como fator histórico, já vale pois é uma das poucas adaptações em quadrinhos da obra de Bram Stoker, deve ser lido. Também possui um artigo escrito por João Pires Neto contando a evolução do vampiro no cinema e outra midias como bônus.
Ranxerox Versão encadernada (capa dura) Editora Escala 2010
Ah meus anos 80! Eu lí Ranxerox pela primeira quando saiu na estinta Revista Animal quando era adolescente. E incrivel como a obra de Tamburini e Liberatore não envelheceu em nada. É tão atual hoje quanto jogar Halo ou qualquer jogo violento eletrônico. A história se passa em uma Italia futurista ( para os padroes 80 bem ao estilo Blade Runner combinado com Mad Max) Xanxerox é um andróide feito com peças de uma máquina xerox ( por isto o nome dele) e que passa a maior parte do tempo bebendo e esmurrando transeuntes nas ruas. A sua maior preocupação é seu amor uma ninfeta de nome Lubna que vive se envolvendo em confusões graças ao seu vicio em heroína e outras drogas. Totalmente amoral e ultra violento Ranxerox passa longe do bom mocismo do Super Man ou do Homem-Aranha. Os criadores do personagem ,Liberatore e Tamburini , levaram para a revista toda a anarquia e o uso de drogas que conheceram nos movimentos estudantis italianos. De toda forma, Ranxerox virou um ícone nos anos 80 e por pouco não teria virado um filme nos EUA ( o fato não ocorreu devido os temas polemicos abordados pelo personagem como pedofilia e drogas). Esta versão em capa dura é digna de nota em qualidade gráfica pela Conrad e vale cada centavo quem compra-la para ler, pois Ranxerox é um personagem tão louco que deixaria Wolverine e Lobo no chinelo!
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