terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Exposição 2011


Como diria Cazuza "o tempo não pára" e como eu falei das exposições de 2010 que achei melhores, resolvi ir visitar alguns museus para ver o que tem de novidade e saber se este ano vai ser tão interessante quanto o anterior. Para a minha surpresa o Museu Nacional  já começou o ano nos surpreendendo com uma super exposição do Hélio Oiticica, um dos nossos melhores artistas da chamada vanguarda brasileira. A exposição chamada de "Hélio Oiticica: museu é o mundo" traz todas as experiencias sensoriais de Hélio. A instalação Tropicalia que cobre boa parte do museu é que pode ser penetrada pelos visitantes e outras obras do genio que necessitam do contato do fruidor para a obra ter o seu alcançe estão lá de 21 de dezembro até 20 de fevereiro.

Também está na exposição videos com depoimentos do próprio artista colocando sua visão pessoal sobre anti-arte e vanguarda. Para quem não conhece, Hélio Oiticica começou a carreira artistica durante os anos 60 e 70. Esteve no grupo Frente ao lado de Ligia Clark. Seus trabalhos iniciais eram chamados de concreto e neo concreto ( usando elementos geometricos mininos e com monocromátismo em tela). Depois de uma visita aos morros cariocas, passou a desenvolver instalações e objetos artisticos que cobrassem a ação do espectador, deixando bem claro que a obra não é feita pelo artista e sim pelo fruidor.

Uma de suas obras mais famosas é o Parangolé, um objeto artistico que pode ser tocado e vestido por qualquer pessoa. Fora este também temos os móbiles, e os metaesquemas. Uma boa dica para quem quiser ter uma boa imersão na exposição é ler o livro "Arte de Vangurda no Brasil" escrito por Paulo Reis  pela editora Zahar. Um pocket book de 85 páginas com uma leitura que abrange o Grupo frente e outros artistas que como Hélio Oiticica trouxeram uma nova visão de arte para o Brasil.  

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