quarta-feira, 2 de maio de 2012
Os Grandes Mestres da Arte Sequencial
O ato de se expressar por linhas é algo que fez do homem diferente dos animais. Foi desenhando em paredes de cavernas que podemos saber (ou deduzir) como os homens do paleolítico viviam. Antes mesmo de se apoderar da capacidade de esculpir ou pintar, o homem desenhava com carvão e pintava com sangue, gordura e pó de pedras coloridas as figuras da natureza que seu olho captava.
Com a evolução e o surgimento das civilizações e posteriormente do que se poderia chamar de culturas, o ser humano levou consigo a vontade de contar histórias e também de retrata-las seja de forma escrita e principalmente desenhando ou pintando. Se deu durante muito tempo um total valor a comunicação escrita e ao mesmo tempo uma acomodação em relação a ilustração. Porém, o homem somente passou a escrever bem depois de aprender a desenhar.
Durante toda a historia da humanidade a arte vem acompanhando e evoluindo com o homem. Se segmentou em movimentos artisticos (Renascença, Barroco, Arte Neo Clássica, Impressionismo, Cubismo...), foi moeda de troca e até mesmo arma de ideologias e poderes politicos. Hoje totalmente assimilada ao cotidiano do homo sapiens quase se tornou invisivel.
E o que esta invisibilidade gerou? Busca de conceitos do tipo, o que é ou não é arte e por aí vai... Esta busca de conceitos apenas serve para dizer que o homem já não consegue ver importância na arte como era no passado. O que houve com os reis que bancavam artistas para se autopromover? Aonde a religião ainda usa a arte?
Nos tempos da TV e de outros meios de comunicação, a arte hoje é bancada e destrinchada pela grande midia. Empresas de publicidades, editoras e outras corporações, sabem que arte ainda tem um poder enorme sobre as pessoas. Pegando os quadrinhos, por exemplo, a arte sequencial não existiria sem a tecnica e a sensibilidade do artista que muitas vezes para adquirir tal habilidade teve que olhar no passado de artistas como Leonardo Da Vinci e Caravaggio como referências.
Não basta ter um bom roteirista escrevendo uma boa história, sem um artista para retrata-la a HQ se torna esteril. Nomes como Jack Kirby ( que criou o personagem ícone Capitão América) e verdadeiros pintores dignos de cavalete como Frank Frazetta ou designers como Dave Mckean, transformaram as historias em quadrinhos em verdadeiras obras de arte.
Muitos podem ver somente que os gibis seriam algo menor no mundo da arte ou quem sabe um mero produto de consumo. Não deixa de ser verdade que são um produto, mas também, são obras de arte por envolverem todo um caminho que é tipico da arte em termos de composição e planejamento: o esboço que o artista de gibis faz não é em nada diferente do que Michelangelo ou Delacroix faziam. basta olhar os trabalhos de Julie Bell ou de Simon Bisley uma total influência do mundo clássico e claro, do expressionismo do mundo pós-seculo XIX.
Mas se ainda estiver uma duvida em relação dos quadrinhos como verdadeiros herdeiros dos grandes mestres da antiguidade, basta dar uma apreciada nos trabalhos de Alex Ross e Felipe Massafera para tal constatação!
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário