De certa forma os discos de rap e o capitalismo e os meios de comunicação de consumo de mass media dão o credito aos norte americanos, porém se estudarmos a trajetoria deste estilo de arte veremos que sua origem remonta aos primordios da antiguidade classica na Roma Antiga e mais ainda, as pinturas murais que surgiram no Egito até o muralismo mexicano em 1920.
Os povos antigos usavam os muros de seus palacios e templos para passarem a mensagem seja de adoração a uma divindade ou de submissão ao rei com desenhos e pinturas. Os egipicios, por exemplo, usavam a lei da frontalidade e os hieroglifos para registrarem as façanhas dos faraós e seu culto da morte.
Mais tarde na Roma Antiga irão surgir os murais voltados para criar o tromp'loel e imagens de adoração aos deuses como Baco e os feitos do heróis como Hercules e diversos rituais.
A pintura mural depois voltará a ser moda na Renascença com os afrescos feitos por pintores como Rafael Sanzo, Botticelli e o mais famoso deles Michelangelo. O processo de decoração nesta época consistia em desenhar as marcações da figura na parede e depois com um molde feito em tecido machetado por cima de uma camada de gesso ainda humida colocada por cima da parede.
Posteriormente a pintura mural somente teria uma função social (no sentido critico do termo) com os artistas mexicanos em 1920. José Clemente Orozco e Diego Rivera serão os grandes expoentes desta fase da pintura mural. Os seus trabalhos consistiam em retratar o cotidiano dos povos pobres e na maioria das vezes um critica as autoridades (especialmente aos paises ricos que exploravam as colonias, ecos do movimento comunista absorvido por estes pintores) e que tomavam os muros de escolas, igrejas e todo lugar publico que podesse ser visto.
Esta visão critica migraria posteriormente para as pichações e o grafite feito nos EUA. Um dos fatores responsaveis por essa divulgação na america do norte foi a crescente comunidade latina que se abrigou em cidades como Brooklin na California (berço do hip hop). Na decada de 70 o grafite teria seu primeiro reconhecimento como arte através dos trabalhos de Jean-Michel Basquiat. Morto aos 28 anos devido o consumo de drogas, Basquiat foi o primeiro grafiteiro a ficar rico com este tipo de arte até então marginalizada e vista como depredação de patrimônio público.
No Brasil os irmãos Otavio e Gustavo Pandolfo, vulgo os Gêmeos, se tornaram referencia nografite nacional e internacional com obras expostas nas galerias da Europa e EUA. Seus grafites são caricaturais e com um traço único que foge de um padrão que as vezes parece se repetir entre os grafiteiros.
Atualmente o grafite tenta novas ousadias visuais com o 3D e focar em outros temas além do ja costumeiro critico social.
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