Estou trabalhando atualmente em minha escola um projeto de historias em quadrinhos. Muitos docentes ja devem ter trabalhado a arte sequencial como meio do aluno soltar a imaginação. No meu caso como dou aula para a EJA, é bastante interessante ver como o jovem e o adulto trabalhador vêem os comics e como eles podem ser uteis não só visualmente, mas também para a escrita.
Eu particularmente como já coloquei em outras postagens sobre o assunto, as Hq's foram a maneira mais divertida para conhecer o mundo da leitura quando eu era criança. Me lembro de ter tido uma certa dificuldade para lêr em relação aos outros garotos. Contudo, os quadrinhos me eram fascinantes e ao tentar fazer a leitura das imagens que via nos 'quadradinhos' acabava relacionando as palavras que conhecia da cartilha da escola com as que estavam nos balões que os personagens falavam. A professora da época ficou admirada ao perceber que eu estava lendo melhor que as outras crianças. Tudo graças ao Homem-Aranha, o Batman e o Recruta Zero!
Surgindo oficialmente durante a depressão de 29, junto com o cinema nos jornais americanos, os comics ( ou banda desenhada como é conhecido na Itália) se tornaram uma sensação entre o público que desejava se divertir. Durante os periodos da 1ª e 2ª grandes guerras, os americanos para atrairem os jovens criavam heróis como o Capitão América para imbutir patriotismo e coragem as tropas nos campos de batalha na Europa. Um personagem que é bastante emblemático foi o Yellow Kid ( um garoto japonês ) que era uma forma de charge que depreciava os asiáticos pelos americanos. Muitos estudiosos acham, porém que os quadrinhos na verdade surgiram no Egito nos desenhos murais das pirâmides e nos relevos em que se misturavam a narrativa pelos hieroglifos e a arte da frontalidade!
Hoje os comics geram uma renda absurda para grandes editoras como a Marvel e a DC comics, além de terem se tornado 'as meninas dos olhos' dos estudios de cinema. A cada filme do Batman, por exemplo, é criado todo um marketing que visa um retorno lucrativo de bilhões para Hollywood.
Outro fator interessante foi a entrada no Ocidente dos mangás ( o gibi japonês) com os seus personagens de aspecto caricato e com estorias extremamente complexas e super movimentadas, tendo como grande referência Ozamu Tesuka!
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