Está ocorrendo no Complexo Cultural da Republica no Centro de Brasilia, mais especificamente no Museu Nacional a exposição Hereros do fotografo etnográfico Sergio Guerra.
A exposição que estará de 14 de agosto a 23 de outubro, foca na vida das tribos Hereros que ficam na selva angolana. Longe dos conflitos armados que ainda desestabilizam a África e sem contato com os colonizadores que impõem uma cultura de consumo e individualismo global, os Hereros mantiveram as suas tradições e seu modo de vida.
Na exposiçaõ que é formada por fotografia belissimas de cunho documental, além de amostras de vestuários e utensilios e video projeções percebe´-se que a ideia de Sergio Guerra procurou antes de tudo desmestificar a visão de colonizador de que estas tribos seriam atrasadas e não desenvolvidas.
Pelo contrario: o uso de metais no seu vestuário e rituais, as fazendas com suas organizações sociais bem estabelecidas, o uso do boi como moeda econômica das tribos e suas subdivisões tribais ( ou irmandades como eles se definem) mostram uma sociedade tão evoluida e porque não dizer sem exageros, bem proxímas de ideais utopicos pregados pelo socialismo.
Como afrodescendente acho a exposição interessante, pois nós brasileiros quase não temos acesso a documentos e obras vindas do continente africano e como filhos expatriados dela e uma relação de redescoberta de um passado não muito distante.
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