O filme
Conan, O Bárbaro estreou recentimente no Brasil. Quando fui assistir a este reboot a primeira coisa que me passou pela cabeça foi a imagem do
Arnold Schwarzenegger segurando a espada e a música do compositor
Basil Poledouris ao fundo! Para muitos fãs da minha geração era o ator austriaco quem melhor representou o bárbaro até aqui.
Mas estava enganado! A nova versão do personagem nos cinemas é muito fiel aos quadrinhos, principalmente a atual fase da Editora
Dark Horse ( hoje detentora do personagem que antes pertencia a
Marvel Comics). O filme tem muita ação, cenas de batalha de espada e mulheres sensuais, iguais aos que a gente lia nos gibis desenhados por
John Bucema(1972-2002) e roteirizado por
Roy Thomas.
Eu confesso que nunca li um livro do cimério escrito pelo autor
Robert E. Howard (1906-1936) e por isto, fico suspeito em dizer até que ponto o filme foi fiel a sua origem literária. Para muitos como eu, Conan era mais um personagem de revista em quadrinho do que de livros. É uma pena, pois é dificil encontrar os livros do Conan no Brasil.
De toda forma, o personagem foi o precursor do genero espada e fantasia e acabou abrindo o caminho para inumeros autores como
J. R. Tokien e similares. As histórias do cimério assim como as dos Senhor dos Anéis aconteciam em um mundo remoto entre as primeiras civilizações e o desaparecimento de Atlântida. Tokien chamava seu mundo mágico de
Terra Média enquanto Howard havia criado a
Era Hyboriana. Ambos os mundos são versões ficticias das socidades medievais, asiaticas, escandinavas e bárbaras.
Tem muita gente que acredita que a Terra Média teria existido ou que a
Cimeria de Conan esta nos mapas antigos. A Terra Média é uma simbologia para a Europa com os mitos dos
Nibelungos (lenda que fala de um anel poderoso e que serviu de base para as historias de Tokien), contos de fadas e romance de cavalaria de
Thomas Malory reiventado por Torkien.
Quanto a Cimeria ...ela nunca existiu e por uma engenhosidade de Howard trocou as palavras da antiga civilização Sumeria ( povo que habitava a mesopotâmia) para assim criar um novo mundo. Enfim, espero que os esclarecimentos feitos aqui não tirem o brilho destas obras e principalmente não deixe ninguem de gostar do mundo de Conan que mesmo aparecendo em formato de revista ainda assim é emocionante de ler e apreciar.