O retorno a arte clássica pelos arqueológos e artistas franceses fez surgir um trabalho totalmente acadêmico. Milhares de artistas rumavam para escolas de artes afim de imitar as esculturas gregas seja em forma de estátuas ou em pinturas. Artistas como Canova e Jacques Luis David gostavam de retratar os temas heróicos transferindo para a contemporaneidade. 'A Morte de Marat' e 'Bonaparte Atravessando os Alpes' é a transposição do mito do heroí grego corajoso e destemido para o século XVIII.
Este tipo de transposição agradava a aristocrácia e muitos burgueses, que se sentiam como descendentes dos gregos e romanos. O Romantismo intensificou esse desejo pelo passado, fazendo que autores de livros escrevessem romances de cavalaria e evocações a Idade Média, não mais como a Idade das Trevas, mas como uma era de fantasia e puritanismo.
Ao mesmo tempo que Napoleão se tornava um déspota e não mais um heroí popular como o povo acreditava, muitos artistas aproveitavam a situação para expor uma visão negativa deste romantismo em excesso e da busca que as vezes beirava ao ridiculo pelo passado. Na Espanha Francisco de Goya fazia alegorias nada elogiosas á aristocracia espanhola e na mesma situação Gustave Courbet alfinetava o homem medio francês.
Em obras como 'Quebradores de pedras' Courbet como se fosse um fotografo registra o dia de uma dupla de trabalhadores e expõe o que seria para ele o verdadeiro francês: sujo, trabalhando ao sol e longe das festas e orgias dos aristocratas do Rococó e do Neo Clássico.
Considerado por muitos historiadores de arte como um comunista, Courbet não teve uma boa receptividade de suas obras entre os grandes consumidores de arte( ele não pintava cupidos, nem o exotismo e muito menos ricos soberbos). Ironicamente, depois que ele por iniciativa própria criou um espaço para mostrar suas obras em um galpão velho, muitos artistas como Manet começaram a ver nele um 'revolucionário'.
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