quarta-feira, 1 de março de 2017
Realidade e Fantasia no Oscar
Olá meus amigos e amigas de blog! O Carnaval enfim acabou. Agora podemos dizer que realmente o ano começa. Se no início de fevereiro as salas de aulas estão vazias, é agora depois da folia que elas ficam cheias. Imagine aquele aluno que entrará na sala de aula e saberá que o seu professor já começou a passar o conteúdo do ano letivo ha um bom tempo. É sempre assim, não é verdade?
Para aqueles que puderam viajar no feriadão deve ter sido bom. Mas, se você assim como eu ficou em casa, pôde correr atras de atualizar a leitura, ou ver seriados na TV á cabo ou na internet. No fim, todo mundo se diverte do seu jeito.
E eu me diverti assistindo o Oscar deste ano! Todo ano eu assisto, porque eu adoro cinema. Sei que o Brasil faz um bom tempo que não participa desta festa, também pudera, cade os filmes que tinhamos antes? Agora tudo é escapismo. Comédia e mais comédia. Não que seja ruim, mas tem que ter algo alternativo no nosso cinema!
Bem, deixa pra lá! Vamos falar da festa do Oscar que virou meme este ano, devido a constrangedora derrota do filme favorito de público e crítica: La La Land.
Nunca mais uma entrega de prêmio de melhor filme será tão hilária e louca como esta última. Por outro lado este foi o Oscar mais equilibrado que existiu; os filmes na sua maioria eram de baixo orçamento e todos passaram em festivais sérios como o de Cannes, por exemplo. Nenhum dos filmes era um blockbuster e os atores que concorreram em sua maioria eram jovens estreantes sem grande fama no meio, com excessão do grande ator Denzel Washington.
Também foi o Oscar que resolveu abrir mais espaço para os gêneros, etnias e raças: Nunca houve tantos atores negros disputando papeis importantes e até mesmo na direção de um filme. As mulheres ganharam filmes feministas e engajados.
Talvez, por causa das reações negativas do ano passado que foi chamado de 'white Oscar' ou pela vitória polêmica do presidente conservador Donald Trump. A história encarregará de elucidar o fenômeno deste ano.
De toda forma eu vibrei com a vitória do filme menos cotado e até de certo modo o azarão da festa: Moonlight.
O filme do cineasta Berry Jenkins é totalmente oposto ao do Damien Chazelle. Enquanto Moonlight é um pouco sombrio com cores fortes e fotografia meio sépia, o filme de Chazelle era mais colorido e como todo musical que se prese tinha ótimas musicas e danças super coreografadas. Mas se La La Land falava da esperança e do sonho de viver em Hollywood, Moonlight fala de saga existencial de um menino pobre, filho de uma mulher drogada e que passa por todo tipo discriminação e ofensa por ser negro e gay em uma Miami cheia de pessoas bonitas e praia ensolarada.
Não deixou de ser uma atitude anti Trump premiar um filme justo no momento em que os EUA estão em discussão sobre discriminação aos islâmicos e aos latinos. Fora que ha um bom tempo tem havido conflitos raciais na terra da democracia.
De toda forma, vale apena assistir a Moonlight e também a La La Land. Dois filmes em dois mundos totalmente diferentes.
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