sábado, 31 de março de 2012
Sessão Vitrola: Beethoven, O Gênio Maldito
O século XVIII foi um caldeirão de transformações para o Ocidente. Chamado de periodo das luzes, os grandes cientistas estavam em alta naquele periodo, todo mundo conhecia os principios da gravidade de Newton. O ramo da arqueologia estava começando a dar seus resultados com as descobertas das ruinas de cidades de Pompéia e Herculano e assim gerando uma admiração no europeu pelo passado greco-romano que respingaria no exagerado periodo Neo Clássico.
Foi também neste periodo que o Romantismo de pintores como Delacroix e os escritos de poetas como Rimbaud marcaram e criaram a imagem de um geração jovem inquieta e melancólica (até hoje os jovens e rockeiros imitam os trejeitos dos romanticos do século XVIII).
Nestes tempos Napoleão Bonaparte era um herói transfigurado em despota depois de sua tentativa de se tornar um imperador de toda a Europa. Foi neste mundo cheio de transformações que viveu e morreu Ludwig van Beethoven (1770-1827). Hoje considerado o maior representante do mundo clássico, Beethoven é quase um mito no mundo da música. Existem muitas biografias dele que ora o colocam como um herói incompreendido, e ora como um louco perverso. Porém, em todas as biografias ainda assim, exaltam a sua qualidade musical. Tanto que quando se fala em música clássica é o seu nome que aparece como referência para os leigos e especialistas.
Diferente de Mozart que teve uma infância gloriosa e depois uma morte deprimente e sem reconhecimento; Beethoven teve uma infância triste ao lado de um pai violento e alcoolatra e uma vida adulta de super star (se hoje existem estrela do mundo pop dever-se a Beethoven o primeiro artista musical que teve uma vida glamourosa e exagerada).
Vivendo bem entre os aristocratas e entusiasta de Napoleão, Beethoven criou a visão do musico romântico, triste e de aparência largada. A misteriosa doença que afetou a sua audição quando adulto lhe deu um semblante de homem ranzinza e as vezes visto como anti-social (não se sabe o que provocou a sua surdez, alguns falam que foi contaminação por chumbo devido o encanamento da época na rede de agua das cidades, outros que foi resultado de alguma virose ou traumas na cabeça...).
De toda forma ele deixou para a história da música o seu maior feito chamado a IX Sinfonia e Concertos para Piano nº 4 e nº 5. Quando morreu Beethoven se transformou no primeiro idolo pop que se tinha noticia até então!
quinta-feira, 29 de março de 2012
A Arte de Criar Escultura de Durepox
Como já explicitei em outras postagens eu gosto muito de trabalhar a linguagem da escultura. No caso pude passar a tecnica que uso na escola para os meus alunos. Neste ano pretendo voltar a trabalhar o projeto de xadrez, na qual os alunos confeccionarão os tabuleiros e as peças (este projeto tem postagem no ano passado, quem se interessar procure o titulo 'Guerra sem Feridos' ou 'Xadrez na EJA' de 2011).
Dos modos de produção escultural a que mais gosto são as feitas de durepox. Um dos motivos é que o durepox seca em menos de 20 minutos e pode ser pintado com tinta acrilica ou esmalte, também pode-se misturar componentes para icrementar a escultura como pedaços de peças eletrônicas, tubos de caneta, palito de dentes e por ai vai...
Aqui eu vou mostrar como criar um monstro mitológico utilizando o durepox.
Peças e montagem:
1-uma caixa de durepox (preferencia grande);
2- um boneco de plastico como suporte;
3-arame;
4-tinta acrilica ou esmalte.
Misture as massas brancas e cinzenta do durepox de forma igualitária (geralmente a massa branca deve ser em menor quantidade que a cinza na mistura). Depois que a massa estiver homogenea começe a molda-la por cima do boneco de plastico que você escolheu (no caso peguei um boneco de plastico em forma de animal). Com o arame faça um suporte em forma de envergadura de asa e depois molde-o com massa de durepox. Com a massa faça incrementações no rosto e no resto do corpo do boneco. Depois de uns 20 minutos poderá pinta-lo com esmalte ou tinta acrilica ( devido a composição do durepox a tinta acrilica não adere muito bem ficando grudenta as vezes, já com o esmalte isto não ocorre). Pronto! você tem o seu proprio monstro mitológico. Caso não queira usar um boneco como suporte, pode fazer uma escultura toda em durepox. Contudo, sua escultura precisará de um abase para se manter de pé como um tubo de caneta, já que o durepox é um material mole e pesado antes da secagem.
quarta-feira, 28 de março de 2012
A Arte de Construir Brinquedos com Sucata Tecnológica
Bem estamos quase no meio do primeiro semestre de anos letivo. Os projetos escolares estão em andamento ou pelo menos no inicio de serem planejados. Como de costume trago mais um projeto que envolve a construção de coisas bacanas utilizando objetos do cotidiano. No caso agora eu uso o lixo tecnológico. O que é isso? Todo o refugo de coisas eletro eletrônicas que ficam acumuladas em nossas casas ou nos lixões chamamos de lixo tecnológico. Com o crescimento urbano desordenado e o consumo em massa, o lixo proviniente de televisores quebrados, aparelhos de sons defeituosos e até secadores de cabelo tomam espaço e contaminam o solo em terrenos baldios ou entopindo bueiros ou acumulando em corregos e rios.
O que fazer com tantos aparelhos celulares e computadores quebrados? No meu caso eu os utilizo como materia prima para confeccionar esculturas ou outras linguagens artisticas. Embaixo eu ensinarei como transformar um mouse velho de computador em um carro de brinquedo:
Peças e montagem:
1- mouse velho;
2- canudos de refrigerante;
3- tampinhas de plastico de garrafa pet;
4- tinta acrilica ou esmalte:
5- arame;
6-durepox.
Pegue os canudos de refrigerante e os corte em duas artes. Depois cole-os com durepox na base do mouse. Enquanto os canudos estão secando pegue quatro tampas de refrigerante pet e fure-os no meio. Passe por entre os furos duas astes de arame bastante duro. Depois passe as tampas e os arames por entre os canudos e você terá as rodas do seu carro. O mouse será o chassi do carro e você poderá pinta-lo em seguida com tinta acrilica ou esmalte de unha. Para garantir que as rodas do carro não sairão quando empurrado prenda-as com durepox. Pronto está feito o seu carro. Não leva nem uma hora para ser construido. Quem quiser trocar alguma ideia ou passar informações para utilização de lixo estamos aí!
O que fazer com tantos aparelhos celulares e computadores quebrados? No meu caso eu os utilizo como materia prima para confeccionar esculturas ou outras linguagens artisticas. Embaixo eu ensinarei como transformar um mouse velho de computador em um carro de brinquedo:
Peças e montagem:
1- mouse velho;
2- canudos de refrigerante;
3- tampinhas de plastico de garrafa pet;
4- tinta acrilica ou esmalte:
5- arame;
6-durepox.
Pegue os canudos de refrigerante e os corte em duas artes. Depois cole-os com durepox na base do mouse. Enquanto os canudos estão secando pegue quatro tampas de refrigerante pet e fure-os no meio. Passe por entre os furos duas astes de arame bastante duro. Depois passe as tampas e os arames por entre os canudos e você terá as rodas do seu carro. O mouse será o chassi do carro e você poderá pinta-lo em seguida com tinta acrilica ou esmalte de unha. Para garantir que as rodas do carro não sairão quando empurrado prenda-as com durepox. Pronto está feito o seu carro. Não leva nem uma hora para ser construido. Quem quiser trocar alguma ideia ou passar informações para utilização de lixo estamos aí!
domingo, 25 de março de 2012
Chico Anysio: As Lagrimas do Humor
Nem bem o mundo artistico perde o grande quadrinista Moebius e agora venho falar de outra perda para o mundo artistico. Chico Anysio faleceu nas sexta feira aos 80 anos. Criador de mais de 200 personagens e escritor de 26 livros, além de roteirista e produtor de cinema.
Faleceu sem poder voltar a TV com o merecido valor que estava perdendo por tantos anos fora das telas. A geração atual que não conheceu os seus trabalhos pode agora recorrer a internet para poder curtir as suas sket's super divertidas e críticas sobre o Brasil.
Quando criança não perdia um 'Chico Anysio Show'. Personagens como Pantaleão, Tin Tones e Bento Carneiro e, claro o antológico, Professor Raimundo, nunca mais sairam de minha memória. Todos os personagens eram interpretados pelo proprio Chico Anysio e eram tão peculiares que ninguem os confundia uns com os outros.
Também cronista, Chico Anysio criava os seus personagens como pequenos fragmentos do nosso país que somados formavam um mosaico do que seria o povo brasileiro com seus defeitos e virtudes. O personagem Coalhada, por exemplo, era o esteriotipo do jogador de futebol velho que procurava de toda maneira não sair dos holofotes da midia. Já o Bento Carneiro era uma visão irônica sobre o mito do vampiro e filmes de terror B norte americano. O Professor Raimundo representava o educador desacreditado e mal pago das inumeras escolas brasileiras.
Enfim, alguns poderiam não gostar, mas a maioria do público adorava o Chico e seus personagens tão legais e divertidos.Hoje o humor brasileiro está de luto pois perdemos o nosso maior representante no gênero. Os mexicanos tem Bolãnos, os americanos tinham Chaplin e Jerry Lewis e nós o cearence Chico!
quinta-feira, 22 de março de 2012
Escrevendo um Românce: 18ª Parte
CAVALEIROS E EXORCISTAS
©2012 Paulo Af.
Esta obra é uma ficção, não tem dados históricos oficiais reais e todos os personagens são fictícios, qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência.
DERRAMAMENTO DE SANGUE
Os cavalos dos soldados de Atila deram refugadas enquanto os alazões de Aquiles e Michelangelo avançavam corajosamente. Leonardo desembainhou a sua espada e como reação a tal desfeita pelos cavalos do inimigo gritou: ‘avante soldados!’.
O choque de metal contra metal das espadas ecoou pelo pátio do castelo. Uma balburdia de guerreiros que mais lembrava as pinturas de Paolo Ucello tomava o meu olhar assustado. O sangue espirrava para todos os lados manchando o chão e os guerreiros. Um guerreiro apareceu tentando inutilmente segurar um jorro vermelho que brotava como uma fonte do pescoço atingido por uma espada inimiga.
Aquiles tentava desferir golpes em três soldados ao mesmo tempo enquanto Michelangelo com sua clava machucava alguns outros. Bonelli parece ter me visto e foi correndo em minha direção. A disparada do cavalo parecia dar a impressão que o animal estava desgovernado. Diana deitou no chão acreditando que seria pisoteada pelas patas da montaria, contudo Bonelli deu uma refugada e a montaria parou bem perto de nós.
Outro soldado veio, era Enrico, com seu escudo perfurado por uma lança e com ar de fúria. Buldica sorriu e foi correndo montando na garupa de Enrico. Este olhou e nos cumprimentou:
- Sois resistentes mesmo! Pensamos que tinham virado comida de canibais ou tivessem sido enforcados.
Diana foi logo emendando no assunto:
- Não seriamos presas tão fáceis! Depois contaremos nossa estadia aqui! Agora, nos tire deste Inferno!
Bonelli concordou com a cabeça e lhe deu a mão para que subisse na montaria. Na mesma hora Enrico jogou uma espada e um escudo em minha direção. Fiquei surpreso com tal atitude. Ele então explicou:
- Francisco, nos leve para dentro do castelo. Temos que pegar Atila agora!
Acenei com a cabeça e fui me armando. Depois, apontei a entrada e disse que teríamos muitos soldados internos para enfrentar. Bonelli sorriu e partiu na frente.
No outro lado do pátio vi de relance monsenhor Aquiles lutar com Leonardo. O menino demonstrava coragem ao lutar de igual para igual com o mestre. Aquiles percebeu que teria dificuldade. Lutar encima de um cavalo não é uma boa maneira de batalhar: a montaria se move demais e o equilíbrio é difícil. Aquiles dava golpes fortes, mas o menino evitava todos. Com sua juventude e agilidade conseguiu ferir o ombro do mestre. Este então mudou de tática e com um contra golpe acertou o ventre do jovem guerreiro.
Leonardo caiu do cavalo e ficou estático no chão. Ouvimos então um grito vindo do nada. Era Fátima, esposa do guerreiro, que gritava pelo nome do marido. Sem medo de ser atingida por um dos guerreiros, ela correu em direção a Leonardo e abraçou o corpo inerte. Na hora a pena do casal me veio à alma. Por dentro chorei pelo fim de tão belo amor!
Fátima, grávida de seu amado guerreiro, chorava e suplicava a Deus para que ele não fosse embora! Enquanto ela lamentava um soldado guarani aproveitou a situação e atravessou um lança que transpassou suas costas. Não sei se era isto que ela queria, mas Deus fez com que se unisse ao marido falecido no mesmo instante.
Revirando os olhos Fátima caiu por cima do marido e os dois ficaram uma só carne no campo de batalha. Depois desta cena resolvi seguir Bonelli e Enrico pelo castelo adentro. Queria acabar logo com aquilo! A cada passada dentro do castelo defrontávamos com guerreiros inimigos. Derrubávamos um a um até poder chegar na torre onde Atila estava escondido.
No meio do caminho passamos no salão principal e falei a Bonelli que ali estava a relíquia sagrada dentro de uma caixa. Ele desceu da montaria e pediu para ajuda-lo a procurar. Enrico disse que iria atrás de Atila e continuou com Buldica como acompanhante. Mal ele subira a escada e foi atingido no peito por uma flecha lançada pelo arco de Conrado e seus soldados que já estavam descendo da torre. Buldica com agilidade de um tigre pulou do cavalo enquanto Enrico caia inerte com sua espada em mãos.
Bonelli correu para socorrer o amigo. Viu Enrico no chão e gritou o nome do monsenhor Aquiles. Como mágica ele veio com Michelangelo atravessando os átrios do castelo com sua montaria e matando soldados que apareciam na sua frente! Conrado então tentou atingir o mestre com uma de suas flechas. Contudo, o monsenhor parecia ser protegido por anjos e nenhuma arma o atingia.
Conrado tentou novamente, mas eu estava mais perto e para proteger o mestre enfiei a espada em sua barriga. Enfim, o arqueiro largou sua arma e caiu no chão. O monsenhor parou o seu alazão e desesperadamente foi socorrer Enrico. Michelangelo segurava sua mão e pedia para o amigo não se render diante da morte. Enquanto sofria, Enrico suspirou palavras para o seu amigo de batalha:
- Michelangelo estou morrendo! Não consigo respirar. O desgraçado me atingiu em cheio!
Michelangelo começou a chorar e segurando a mão do amigo retrucou:
- Francisco vingou a sua morte, amigo! O maldito que lhe feriu está no Inferno agora! Não se preocupe tudo ficará bem.
- Amigo! Eu não queria morrer assim sem antes ver a cabeça de Atila arrancada do corpo! Prometa que fará justiça!
- Eu prometo! A sua morte não será em vão.
- Ótimo! Dê-me o beijo de adeus e ficarei bem.
Michelangelo sempre foi um grande guerreiro, mas também nutria sentimentos fortes por Enrico. Segundo nas tradições macedônicas os grandes guerreiros eram amantes no campo de batalha e assim, sendo na despedida de um lhe era dado o um beijo. Bonelli, guerreiro afeminado e corajoso do grupo pediu o direito e então, consentido por Michelangelo ele beijou Enrico nos lábios.
Após o ritual voltamos a o que queríamos realmente buscar. Apontei a caixa que se encontrava em uma mesa diante do trono de Atila e disse ao monsenhor que a relíquia estava ali. Monsenhor perguntou o que mais eu sabia. Eu disse que vi milagres saírem da caixa e que poderíamos usa-la para ressuscitar nossos companheiros mortos. Aquiles fez um sinal da cruz e foi em direção ao objeto cobiçado. Ouvimos então passos de soldados vindos em um corredor. Era Atila com seus outros guerreiros vindo armados e com os olhos cheios de ódio para conosco!
Sessão Quadrinhos: Heróis e Sagas Esquecidas
No mundo dos quadrinhos existem personagens que caem no esquecimento. Por alguma razão deixam de ser lembrados e vão parar no 'limbo'. Claro, que os fãs mais reticentes não esquecem facilmente as sagas destes heróis, cuja a geração mais nova nem sequer sabe que existiram. Assim para corrigir um erro irei falar dos heróis mais bacanas e infelizmente deixados de lado pelas editoras. Quem for fã de algum deles sabe bem como é ver estas sagas tão legais fora das bancas:
ROM - O Cavaleiro do Espaço.
Muitos não devem se lembrar deste personagem da Marvel. Porém, a sua saga aparecia constantemente na extinta edição dos 'Heróis da TV' lá nos anos 80. Rom era um cavaleiro espacial que tinha a missão de destruir os terriveis Espectros: uma raça alienigena que podia incorporar em outros seres vivos. Usando a sua arma detectora, Rom perseguia estes monstros em várias galaxias até chegar na Terra. Confesso que não acompanhei as primeiras histórias e nem cheguei a ler a conclusão da saga (por incrivel que pareça Rom era um super-herói em que a sua história teve um inicio e um fim, algo raro nos gibis norte americanos). Até hoje procuro material deste personagem e quem sabe ler o final da bendita saga do cavaleiro espacial.
Camelot 3000
A DC também investiu em uma história que tinha inicio e um fim determinado. No caso, Camelot 3000 foi um sucesso na época (e merece ser relançada novamente). Ilustrada pelo mestre Bryan Bolland e escrita por Mike W. Barr, transformava a lenda da Tavola Redonda em uma saga espacial bem ao estilo Star Wars, com naves e monstros do espaço. O lendário Rei Arthur de Pendragon despertava de um sono de mil anos após ver a Inglaterra ser invadida por uma raça alienigena liderada por sua meia irmã feiticeira Morgana. Para deter a invasão Arthur tem que recrutar seus antigos guerreiros agora reencarnados em outros corpos e procurar a poderosa Excalibur. Muita ação e aventura nesta saga.
Leão Negro
Personagem 100% brazuca, Leão Negro era super conhecido para quem lia as paginas de quadrinhos de jornal. Criado pela roteirista Cynthia Carvalho conta a saga de Othan em uma terra violenta e magica cheia de seres hibridos de homens e animais. As ilustrações são de Ofeliano de Almeida e hoje o personagem está sendo relançado.
Lua dos Dragões
Antes da moda de desenhar o estilo mangá ganhar notoriedade, o ilustrador brasileiro Marcelo Cassaro e o roteirista André Vazzios já estavam a frente do seu tempo. Feita para ser uma pequena saga de 6 edições, Lua dos Dragões foi a prova que no nosso país podia sim criar algo na linha espada & fantasia de qualidade. Com jeitão de RPG a história das guerreiras dragões chamavam a atenção do publico pelos traços e pela narrativa movimentada.
ROM - O Cavaleiro do Espaço.
Muitos não devem se lembrar deste personagem da Marvel. Porém, a sua saga aparecia constantemente na extinta edição dos 'Heróis da TV' lá nos anos 80. Rom era um cavaleiro espacial que tinha a missão de destruir os terriveis Espectros: uma raça alienigena que podia incorporar em outros seres vivos. Usando a sua arma detectora, Rom perseguia estes monstros em várias galaxias até chegar na Terra. Confesso que não acompanhei as primeiras histórias e nem cheguei a ler a conclusão da saga (por incrivel que pareça Rom era um super-herói em que a sua história teve um inicio e um fim, algo raro nos gibis norte americanos). Até hoje procuro material deste personagem e quem sabe ler o final da bendita saga do cavaleiro espacial.
Camelot 3000
A DC também investiu em uma história que tinha inicio e um fim determinado. No caso, Camelot 3000 foi um sucesso na época (e merece ser relançada novamente). Ilustrada pelo mestre Bryan Bolland e escrita por Mike W. Barr, transformava a lenda da Tavola Redonda em uma saga espacial bem ao estilo Star Wars, com naves e monstros do espaço. O lendário Rei Arthur de Pendragon despertava de um sono de mil anos após ver a Inglaterra ser invadida por uma raça alienigena liderada por sua meia irmã feiticeira Morgana. Para deter a invasão Arthur tem que recrutar seus antigos guerreiros agora reencarnados em outros corpos e procurar a poderosa Excalibur. Muita ação e aventura nesta saga.
Personagem 100% brazuca, Leão Negro era super conhecido para quem lia as paginas de quadrinhos de jornal. Criado pela roteirista Cynthia Carvalho conta a saga de Othan em uma terra violenta e magica cheia de seres hibridos de homens e animais. As ilustrações são de Ofeliano de Almeida e hoje o personagem está sendo relançado.
Lua dos Dragões
Antes da moda de desenhar o estilo mangá ganhar notoriedade, o ilustrador brasileiro Marcelo Cassaro e o roteirista André Vazzios já estavam a frente do seu tempo. Feita para ser uma pequena saga de 6 edições, Lua dos Dragões foi a prova que no nosso país podia sim criar algo na linha espada & fantasia de qualidade. Com jeitão de RPG a história das guerreiras dragões chamavam a atenção do publico pelos traços e pela narrativa movimentada.
terça-feira, 20 de março de 2012
Pinturas Anamorficas: Brincando com o olho
Existem muitos trabalhos artisticos que são dificeis de serem colocados em um movimento de arte especifico. O Barroco é caracterizado pelos exageros de motivos florais e o tenebrismo, A Renascença ao apego do modo clássico de representação, o Expressionismo a deformidade de figuras...Mas o que dizer de obras como do pintor italiano Giuseppe Arcimboldo?
O nome pode não ser familiar para muitos, mas com certeza já nos deparamos com suas obras em filmes ou na internet. É só colocar a palavra 'anamorfismo' no Google e logo aparecem as imagens deste artista.
Mas o que é o anamorfismo? Bem é uma tecnica artistica na qual o pintor consegue em uma única obra colocar elementos na qual ela pode ter mais de uma aparência ou tema. Muitos pensam logo em mensagem subliminar ou algo parecido. Realmente, a primeira vista a ideia das pinturas anamorficas parecem ser de mensagem oculta, já que o autor do quadro parece esconder algo por traz de um tema aparentemente ingênuo.
No caso de Arcimboldo, os seus retratos são de pessoas ilustres em forma de vegetais. Nunca foi esclarecido o porque dele retratar as pessoas desta maneira, contudo sua tecnica acabou virando moda no meio da transição do Maneirismo e do Barroco.
Um outro quadro super comentado nesta tecnica é o chamado os 'Embaixadores' do Horlbein. A caveira que aparece como uma mancha estranha somente pode ser identificada quando mudamos a nossa posição de olho sobre o quadro.
Existem autores e estudiosos que acreditam que na Renascença muitos artistas já faziam tal coisa. Muitos acreditam que por traz da obra de Leonardo Da Vinci 'A visita do anjo a Maria' exite um elemento anamorfico nele.
No auge das vanguardas européias quem brincou muito com esta tecnica foi o pintor espanhol Salvador Dalí. Muitas de suas obras possuem um estranhamento que vai além da temática surrealista que sugerem que o pintor queria brincar com as imagens criando elementos ocultos.
Na internet podemos encontrar milhares de artistas que usam e abusam desta tecnica. Alguns com ampla criatividade e outros nem tanto.
domingo, 18 de março de 2012
Sessão Sai Capeta: Santo Sudário (obra de arte ou fenomeno sobrenatual?)
Não existe nenhum objeto histórico mais intrigante do que o Santo Sudário. Sendo o centro das atenções de milhares de crentes e não crentes, o pano de linho que segundo os religiosos sustentam teria coberto o corpo do Cristo após a crucificação.
Mas o que é o Santo Sudario, afinal? de acordo com os relatos biblicos foi José de Arimatéia, um seguidor oculto de Cristo, foi quem pediu que cobrissem o corpo do mestre com o tecido de linho branco. Depois disto o corpo de Cristo foi colocado em uma caverna e isolado por uma pedra pesada e ainda guarnecido por dois guardas romanos.
O que se seguiu depois foi a ressurreição e o desaparecimento do manto por muitos seculos. Há muito que a reliquia era citada pelos cristãos que depois que se constituiram na Igreja Católica continuaram a cultuar o pano que recobriu o corpo de Jesus. O Santo Sudário seria a resposta a todos os que não acreditam na ressurreição de Cristo, já que de forma misteriosa o seu rosto ficou gravado no tecido.
Foi apartir de 1800 que os cientistas e a propria Igreja começaram a investigar o tecido de linho e testar a sua veracidade. Foi o fotografo Secundo Pio quem tirou a famosa foto em negativo que até hoje surpreende e assusta o mundo. Após tirar inumeras fotos do tecido, ele percebeu que a fotografia em negativo mostrava melhor os detalhes do rosto de um homem martirizado de 1,80m.
O processo do Carbono 14 consiste na medição de carbono ao redor de qualquer objeto. Quanto mais antigo o objeto menor os residuos de carbono. No caso do Santo Sudário, a medição do Caborno 14 constatou que a peça não seria de 2000 anos e sim, mais provavelmente do século XIII ou XIV.
A Igreja não aceitou o parecer dos cientistas e pediu novos exames. Muitos questionam a validade do processo do Caborno 14 devido a contaminação de algumas bacterias que poderiam manipular os resultados.
Outro ponto de discussão é como a imagem que aparece no tecido foi feita. Alguns especialistas perceberam que no pano havia vestigios de ocre e outros minerais que são usados como tinta para tingir tecido e usados em pinturas da época medieval. Por outro lado, outros especialistas viram uma grande quantidade de sangue humano presente na composição do desenho que aparece no pano.
Nos últimos anos encontraram nas fibras do tecido pequenas porções de polém de uma planta tipica da região da Judéia e que datam da época de Cristo. Quanto mais testam a reliquia mais coisas aparecem e tão cedo chegarão a uma solução que possa convencer os religiosos e nem os cientistas.
Assinar:
Postagens (Atom)