Ola companheiros de blog! Volto com mais uma postagem sobre aprendizagem de desenho básico. Quem me acompanha há muito tempo, sabe como venho expondo as técnicas de desenhos e sua importância na formação do artista.
O título do nosso post de hoje tem tudo haver com o que irei lhes mostrar. Pois, melhor que mostrar acertos e bem mais digno mostrar os erros e assim usá-los como aprendizado. Vamos lá:
1- para o meu estudo de retrato utilizei a fotografia do ator Lazaro Ramos, pois eu gostei da expressão e pensei em retratá-la. Inicialmente eu segui os passos que qualquer artista deve fazer, primeiro cria-se um esboço e a partir dele delinear os olhos o nariz e a boca.
2- depois de utilizar um lápis H para fazer o esboço e um 2B para fazer as expressões dos olhos nariz e boca. Com um 8B e 6B trabalhei o volume e luz e sombra para dar dimensão a figura.
3- Por fim, veio a parte mais complexa do desenho que é desenhar o cabelo e a barba (desenhar barba e cabelo e tão difícil que muitos desenhistas preferem desenhar rostos femininos ou rostos masculinos jovens para não terem trabalho).
EXAMINANDO OS ERROS
*Agora vem a partir mais difícil de um artista que é admitir que o desenho não ficou bom como deveria. Para começo de conversa o primeiro erro foi o não posicionamento correto do rosto ( a maioria dos artistas gosta de desenhar pessoas de frente ou de perfil mas, o meio perfil é complicado pois, o rosto não está totalmente de lado ou de frente). Neste caso, se eu tivesse mudado a linha do nariz e dos olhos mais para a esquerda teria ficado melhor.
*O desenho da boca e dos dentes do retratado não ficou convincente ( a busca em tentar desenhar detalhes na boca acabou deixando superficial seu tivesse feito os dentes com poucos detalhes teria ficado melhor).
*A finalização da barba e do cabelo não ficou próxima da fotografia. Seu tivesse usado o 7B na barba e no cabelo talvez, teria ficado melhor. No retrato do ator a barba é mais cheia e eu não consegui transpor isto.
DESENHO EXPRESSIONISTA
Depois eu fiz uma versão expressionista da fotografia utilizando pastel oleoso e papel rugoso A4.
Espero que os meus erros tenham esclarecido as dúvidas de quem quer utilizar os lápis e fotografias de retratados.
domingo, 27 de março de 2016
quinta-feira, 24 de março de 2016
BATMAN VS SUPERMAN: Valeu apena esperar?
Quando eu escrevi no ano passado uma postagem sobre a crise dos filmes de super-heróis, muita gente estava lendo uma outra postagem minha sobre as séries de TV da DC Comics. De certa maneira quero deixar bem claro que como todo fã de quadrinhos gosto dos filmes de super-heróis, mas também tenho (e qualquer fã tem que ter) uma preocupação com a qualidade dos filmes produzidos.
Não podemos esquecer que há uns 25 anos os filmes do Batman que estavam sendo exibidos nos cinemas eram filmes caros e ruins (Jim Carrey fazendo o Charada até hoje me parece forçado!). Por isto, analisar o sucesso dos Vingadores da Marvel exige calma e cautela. Não podemos ficar afoitos pois, podemos ficar frustrados no futuro.
Dito isto, vou falar da minha reação ao assistir o tão aguardado Batman Vs Superman na tela grande. Quando sentei na poltrona do cinema tive uma sucessão de flashbacks enquanto o filme não começava: Lembrei da minha infância ao assistir na televisão preto e branco de meu pai (naquela época as Tv's coloridas ainda eram caras) o desenho dos 'Super Amigos'.
Muitos podem rir hoje deste desenho, mas foi com ele que tive o meu primeiro contato com o Superman e o Batman. Depois relembrei de um amigo meu que colecionava várias revistas de super-heróis e me emprestava os gibis da DC e da Marvel que ele guardava com todo zelo do mundo em uma caixa de papelão encima do guarda roupa do quarto dele.
Enfim, estava revendo toda a minha infância e juventude antes do filme começar. Talvez, não fosse o único já que a sala estava lotada! Então, o filme começou... Foram duas horas e meia vendo em tela grande os heróis da minha infância.
O medo de que o filme não fosse legal ou que os trailers que eram bastante divulgados e que pareciam espoilers estragassem o filme não se concretizaram: os trailers não apresentam nem metade da história do filme, a atriz que faz a Mulher Maravilha (Gal Gadot) realmente convence e sim... Ben Aflleck fez o melhor Batman do cinema até agora.
A DC sempre foi acusada de nunca saber fazer um filme de super-heróis de forma convincente mesmo tendo um exercito de super seres lendários a disposição. Agora, quem sabe o futuro que reserva para este fascinante universo. Que venham as novas aventuras da Liga da Justiça!
domingo, 20 de março de 2016
SE7EN: 21 anos de um suspense legal
Em tempos de presidentes serem investigados por gula e avareza, nada como relembrar um dos melhores suspenses da década passada. 'Se7en: Os Sete Crimes Capitais'. Pois é, a obra do diretor David Fincher ('Clube da Luta') está fazendo 21 anos.
Exibido nos cinemas em 1995, Se7en foi uma grata surpresa, já que o filme era de um diretor estreante vindo dos clipes musicais da MTV. Mais surpreendente era ver Brad Pitt (sempre visto como galã e não um ator) fazendo um papel relevante em sua carreira, além da presença de Morgan Freeman e de Kevin Spacey.
Para quem não lembra, ou melhor, não viu a fita vou contar um pouco da história deste filme (cuidado possui spolier):
O detetive William Somerset (Freeman) está prestes a se aposentar, porém ele recebe como último serviço desvendar um crime bizarro que envolve um cadáver amarrado e com o rosto afundado em um prato de comida em um apartamento de uma Nova York chuvosa e noir. Para ajuda-lo surge o detetive David Mills (Pitt) meio esquentado e jovem louco para mostrar serviço.
De início o choque de gerações se faz presente, mas quanto mais crimes bizarros acontecem mais a dupla resolve unir forças para resolver os problemas. Somerset percebe que todos os crimes que vem acontecendo tem relação com os sete pecados capitais: gula, avareza, inveja, ira, preguiça, luxuria e vaidade.
O pior é que o assassino chamado de John Doe ( traduzindo: João ninguém) parece entender a mente dos policiais que o perseguem e assim cria um jogo de gato e rato com eles.
Durante o filme as mortes chocantes das vítimas assustam a platéia e o roteiro do escritor Andrew Kevin Walker prende a atenção do inicio ao fim. Se7en fez bastante sucesso e foi comparado à época a 'Silêncio dos Inocentes' outro exemplar do gênero suspense policial que concorreu a Oscar.
Hoje ao se assistir a Se7en percebe-se que vários filmes policiais recentes tentam copiá-lo mas nunca são tão soturnos, perversos e intrigantes quanto ele.
sábado, 12 de março de 2016
Mutantes: Verdade ou mito?
A palavra mutante se tornou cada vez comum no vocabulário das pessoas hoje em dia, tudo por causa dos filmes de X-Men e seus quadrinhos.Claro, que o entendimento do conceito da palavra mutante, ou mutação, ainda passa ao largo do conhecimento popular.
Na verdade a ideia de mutação é tão corriqueira que até nos esquecemos que nós, homo sapiens, somos mutantes por excelência. Quando as teorias de Darwin começaram a pipocar no seio científico sobre o evolucionismo, muitos cientistas já estavam debatendo e correndo por fora em busca do que nos fez ser diferentes das espécies símias, por exemplo.
De acordo com as teorias evolutivas, os primeiros seres surgiram na unicelularidade e por mutação começaram a variar em vírus, bactérias e seres celenterados até chegarem aos primeiros anfíbios e por conseguinte aos quadrupedes e bípedes. Entre os quadrupedes e bípedes houve a divisão entre os seres de sangue quente e frio e por aí vai...
Os dinossauros são um grande exemplo de mutação, sabe-se que muitos deles não são descendentes de repteis como se imaginava. O temível Tiranossauro Rex, segundo alguns geneticistas, seria um parente muito mais próximo das nossas galinhas de granja do que do feio dragão de Komodo.
A mutação seria a resposta que calaria os criacionistas que sempre duvidaram da Teoria Evolucionista de Darwin em relação das semelhanças entre o homem e o símio: visto que nunca houve um parentesco real a ponto de dizer que homens e macacos fossem os mesmos (nem mesmo o próprio Darwin afirmava tal coisa) a resposta para a diferença entre os homo sapiens e os símios seria que o primeiro em algum ponto da sua evolução teve uma mutação que o distanciou dos demais seres do planeta.
A quem sustente que a teoria da mutação explique o nosso desenvolvimento intelectual em relação dos demais animais, mas tudo depende de provas circunstanciais para provar a teoria. De toda maneira desde que o padre Mendel, descobriu que poderia cruzar plantas, o mundo percebeu que talvez, muitos dos seres que existem no mundo podem ser cria mutante.
A palavra mutação começou a ser usada com mais enfase quando se começou a catalogar os casos de fetos (de animais ou humanos) que nasciam com alterações aparentemente físicas. A ficção científica potencializou as descobertas de pessoas e animais com deformidades e as transformou em monstros. Casos como a do Homem Elefante e atualmente os recentes bebês com microcefalia trazem um temor e ao mesmo tempo um fascínio mórbido.
De toda maneira, ainda não apareceu ninguém saltando raios pelos olhos, ou com garras afiadas saindo pelas mãos. Contudo, a mutação é um fato menos fantasioso e bastante real!
sexta-feira, 4 de março de 2016
Quebrando a Zona de Conforto nas Aulas de Artes
Falar de aula de artes nas escolas sempre é algo importante, tanto para nós mesmo artistas ou iniciantes e principalmente para educadores. Vou relatar um pouco da minha experiência de docente em artes para ilustrar o título acima deste post.
Nos meus últimos sete anos venho desenvolvendo um projeto de artes para o seguimento EJA (Ensino Jovens e Adultos) e que com o tempo, e todo aprimoramento também vou fazendo teste com a modalidade infantil e fundamental 1.
O que venho fazendo é separando dentro da modalidade escolhida técnicas e linguagens artísticas. Com a modalidade EJA a forma de trabalho semestral e a permanência de alunos que começam na 5ª série e irem até o 3º ano do ensino médio de forma progressiva possibilitou fazer algo diferente do ensino convencional e, às vezes, ir até ao oposto que O Currículo em Movimento determina (o que pode ser desastroso e que não recomendo a um outro docente tal atitude).
Bem... O que fiz foi o seguinte: percebi que a sala de artes da escola em que frequento não era grande suficiente para guardar o trabalho dos meus alunos. Também percebi que mesmo sendo um professor de artes, tenho minhas limitações em saber de muitas técnicas e trabalhos práticos ( em 100 dias letivos um professor de artes não consegue ocupar todo o seu tempo com trabalhos práticos e por muitas vezes tem que recorrer a aulas teóricas, que são muitas vezes exaustivas para os alunos).
Depois de tal percepção pensei em como trabalhar artes de uma forma que não fosse somente um ato de aulas de oficinas e nem deixar de ser algo didático que um professor de artes tenha que realizar. Criei então minha própria forma de dar aula de artes dentro do quadro semestral da EJA da seguinte maneira, sabendo que sou o docente que cuida tanto do fundamental, quanto do médio da referida modalidade:
-Na 5ª série dou aula de desenho básico e fundamentos da linguagem visual (ponto, linha, desenho básico, perspectiva, sombreamento, aula de modelo vivo, retrato e tudo que é ligado ao desenho);
-6ª série dou aula de pintura ( teoria da pintura, estudo de cromatismo, pintura abstrata, pintura de naturalismo, pintura de retrato, reprodução de paisagem...);
-7ª série arte e sociedade (analise de obras e estudo de semiótica para leigos, conceitos de símbolo, ícone e como a arte utiliza isso na publicidade, design etc...);
-8ª serie arte escultórica ( origem da escultura, técnicas de modelagem e materiais para confecção de obras escultóricas);
-1º anos até o 3º do ensino médio (história da arte e semiótica voltada para o ENEM).
Para você que é docente e que deve estar lendo do outro lado como eu fiz isso, pode parecer ( e deve) a primeira vista ser difícil. Os alunos podem se sentir chateados em ter que ficar uma série inteira vendo um mesmo assunto.
Porém como se trata de EJA, e cada série tem que durar 6 meses, os alunos não sentem tal baque de início. Na EJA as aulas são vistas como lineares ( o aluno que está vendo desenho básico na 5ª série percebe que tudo que aprendeu tem sentido na 6ª série pois está mais apto para fazer melhor trabalhos na área de artes).
Assim como este mesmo alunos quando chega no ensino médio já tem maturidade para entender melhor a história da arte.
Enfim, existe também a quebra de conforto do aluno que tem certa aptidão para o desenho e que prefere ficar no que já conhece (todo professor de arte conhece um aluno que gosta de grafite e não gosta de arte acadêmica por preguiça de aprender coisas novas).
Tenho muitos alunos que dizem frases do tipo ' eu não preciso de aula de artes pois sei desenhar'. Na verdade este aluno apenas sabe alguns macetes de aprendizagem e que por não querer sair da zona de conforto não quer aprender técnicas novas.
Quando eu era moleque achava que desenhava super bem, até frequentar aulas de atelie e ver que tinha alunos que sabiam de coisas que eu não conhecia. Depois de ver que não era tão bom assim como imaginava passei a perseguir novas técnicas e estudar com seriedade as coisas.Vejo isto hoje em minhas aulas e percebo que todo mundo nunca pode se sentir bem na zona de conforto. Tem que arregaçar as mangas e trabalhar para melhorar a cada dia!
Nas aulas de pintura, muitos alunos que só gostavam de desenhar passam a apreciar a pintura. Tem alunos que nunca se imaginaram desenhando algo, esculpindo ou pintando por se acharem sem talento e conseguem. E isto não é mágica! É simplesmente estudo e treinamento.
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