sábado, 11 de julho de 2015
A Polêmica dos Livros para Colorir
Finalmente! um bom recesso depois de meses de aulas. Espero que todos nós possamos descansar o corpo (já que ninguém é de aço) e a alma depois de 6 meses de labuta em uma sala de aula. Que professores e alunos possam curtir este recesso escolar.
Mas agora, vamos ao nosso post de hoje. Para responder a algumas pessoas sobre o que eu acho da febre dos livros de colorir que tomaram de conta de livrarias e bancas de jornais eu resolvi tomar minha própria experiencia sobre o assunto e falar para vocês.
Hoje a febre dos livros de colorir é tão forte que assusta e gera discussões de todo tipo. Desde de terapeutas que recomendam os livros para ajudar no estresse e na concentração passando por celebridades e pessoas famosas que amam e odeiam a nova moda.
Mas por que de repente tanta gente começou a ter interesse neste livros? A febre dos livros para colorir começou na Europa meio que por brincadeira. Foi a escritora Johanna Basford quem lançou o primeiro de uma série (Jardim Secreto) que se tornou best seller e transformou o ato de pintar desenhos mimeografados em fenômeno literário.
Depois deste primeiro livro ter vendido horrores, várias editoras começaram a lançar similares explorando diversos temas visuais (mandalas, animais, flora...). As mulheres se tornaram as principais consumidoras, mas também um público masculino vem crescendo e se interessando pelos livros.
Não deixa de ser oportuno a discussão sobre esses livros. Em décadas passadas era comum em aulas de artes, desenhos mimeografados serem dados as crianças para elas pintarem. Depois com novos critérios pedagógicos e uma total rejeição a visão positivista a esse tipo de tarefa em sala de aula (segundo especialistas da educação os desenhos feitos em mimeógrafos para colorir não ajudam em nada na motricidade e geram esteriotipos na visão da criança em relação a arte).
Indo contra as novas tendencias pedagógicas os livros para colorir aparecem em diversos lugares. Será um retorno as antigas pedagogias? Ganhei de uma amiga um desses livros para colorir e confesso que a primeira vista tentei disfarçar a minha total indiferença a ele. O livro tinha versões mimeografadas das obras mais famosas da história.
Depois de um bom tempo de resistência resolvi pintar uma versão da Vênus de Sandro Botticelli. E não é que gostei!? Tentei replicar as cores que vi em uma foto da original. De certa forma já fazia um tempo que eu não usava uns lápis de cores e também um giz de cera. No fim eu acabei sendo contaminado pela febre do livro colorido. Claro, que não aconselho ele para uso em sala de aula, porém como mera distração tem seu valor. Ainda mais que se pode (para quem gosta de pintar e desenhar) experimentar texturas e gradação de cores. Quer saber... Deviam mandar o Zeca Camargo tomar no ****???!!!.
Tenham um bom recesso e até o próximo post.
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