segunda-feira, 27 de julho de 2015
Sessão Contos Bizarros: Nem Todo Pecado Deus Perdoa
Este fato ocorreu em uma cidade próxima de Luziânia. Os nomes dos envolvidos foram alterados para não gerar problemas. Tudo começou em um verão de 1990, com a descoberta de um corpo de mulher amarrado a uma árvore. A vitima estava com os olhos perfurados e sem as roupas.
A polícia local que já se encontrava estupefata com o achado do corpo, ficou mais ainda ao perceber que não era o primeiro. Nos últimos meses (6) foram encontrados nove cadáveres e todos do mesmo jeito. O delegado Jericó já estava exausto e estressado com a dificuldade em resolver o caso. O pior era que como a delegacia era de uma cidade pequena e pobre, nem efetivo policial eficiente tinha: as viaturas estavam a maioria sucateadas, a cadeia da pequena delegacia estava lotada, os arquivos da polícia eram velhos e mal guardados... Enfim, a segurança era precária!
O delegado ainda tinha que lidar com a imprensa que mais parecia um urubu sobre a carniça. Jornalistas sensacionalistas exploravam o crime sem dó na TV, rádios e jornais. Jericó não aguentava mais a pressão de resolver o caso e mesmo assim não pedia ajuda federal para isso. Mais raiva mesmo ele tinha de uma jornalista de nome Ariane que nunca deixava ele em paz.
A jornalista era a mais preocupada com o caso, tudo porque ela acreditava que os tais assassinatos não eram cometidos a pouco tempo. A irmã da jornalista foi morta do mesmo modo que as outras vítimas, contudo a morte dela ocorrera a uns dez anos antes. Ariane tinha 12 anos quando a sua irmã mais velha que iria se casar sumiu de casa: Ela havia saído da faculdade as 23:00 e desapareceu. Seus familiares tentaram encontrá-la pois, ela ficou sumida por 3 dias. Somente depois de muita procura a polícia encontrou a irmã de Ariane amarrada a uma árvore e com os olhos perfurados.
O mais terrível foi que o assassino nunca foi pego e a polícia arquivou o caso deixando-o sem solução. Ariane cresceu com raiva da vida e se formou em jornalismo e indo para a área do investigativo tentando até hoje descobrir quem matou a sua irmã. Não à toa ela não larga o pé do delegado Jericó, pois para cada crime não solucionado é como se ela visse a morte da irmã.
Vendo que o delegado não pedia ajuda à polícia federal, Ariane resolveu ela mesma por a mão na massa: Saiu rastreando todos os lugares que as vítimas, todas mulheres, na casa dos vinte anos e noivas estiveram antes de morrer. Percebeu que o assassino tinha uma obsessão por garotas universitárias que estavam prestes a se casar. Que as garotas na maioria faziam faculdade de veterinária ou enfermagem. E que o assassino sempre levava as vítima para o mesmo local (um matagal próximo dos limites de Luziânia).
Com estas informações ela correu para a delegacia e levou para o delegado. Jericó leu toda a informação que a jornalista coletou e com ar de desânimo disse que tudo aquilo ele já sabia. Ariane disse que se ele tentasse com mais vontade quem sabe agora pegaria o assassino. Sentido-se insultado, Jericó expulsou a moça de sua sala e disse que não precisava de sua ajuda.
O tempo foi passando e depois de um mês de calmaria o assassino voltou a atacar. Desta vez matou duas mulheres em um curto espaço de tempo. Parecendo que percebia que a polícia estava perdida o assassino serial parecia fazer troça e até mandou uma carta para a delegacia dizendo: VOCÊS NUNCA IRÃO ME PEGAR!(a mensagem foi feita com recortes de jornais).
A policia realmente não sabia o que fazer. Ariane já não estava mais convicta de pegar o assassino das moças. Desiludida resolveu tirar umas férias e passar uns dias na casa de sua avó materna. Lá dona Zica, assim era chamada a velhinha de óculos e sorridente, iria lhe dar o carinho e lhe servir com os quitutes que ela tão bem sabia fazer.Na casa de sua avó,Ariane descansou e de certa forma pôde dar um tempo nas investigações. Um dia antes de ir embora ficou na sala da casa olhando as fotos da família. Admirada com as imagens antigas pôde ver uma fotografia da sua irmã na estante e também de sua mãe.
Começou a chorar e pensar como estaria a sua irmã se ela não tivesse morrido, de repente Ariane seria tia de crianças bem levadas. Dona Zica viu como a neta admirava a foto e disse que se Ariane quisesse poderia ficar com ela.Ariane ficou sensibilizada e guardou a fotografia em sua bolsa.
A velhinha então resolveu sentar em sua cadeira de balanço e começou a conversar com sua neta:
- Você precisava descansar minha filha. Seu trabalho é muito difícil.
-É sim, vovó! Nem queira saber das coisas que estou envolvida.
-Soube que a polícia ainda não pegou o assassino das moças.
-Como a senhora sabe disso?!
-Eu sou idosa, mas não sou alienada minha neta. Eu assisto a televisão.
-Esta difícil de pegar este cara! Ele é muito esperto.
-Por que você diz que é ELE? E se na verdade for ELA?
-Como assim vovó?
-Quem disse que quem está matando estas moças é um homem?
Com esta pergunta feita por sua avó Ariane começou a pensar que estaria fazendo a investigação de forma errada. Sua vó percebendo a sua dúvida resolveu se ausentar da sala. Ariane começou a pensar em alguma pista que não percebeu. Levantou-se e começou a andar para os lados e coçar a cabeça. Começou a ligar os pontos em comum em todos os assassinatos: eram noivas!
Lembrou-se então que sua avó era conhecida por fazer os vestidos das noivas da cidade. E começou a pensar em algo que ainda não tinha entendido. Nervosa gritou para a sua vó:
-Vó a senhora ainda faz os vestidos de casamento da cidade?
-Claro minha neta! Sou a única costureira da cidade.
-Então a senhora chegou a conhecer as vítimas?
-Sim, por quê?
-Acho que estou perto de desvendar o caso (gritou eufórica).
Avó então voltou com o semblante sério e com uma das mão para trás chegou perto de sua neta e disse:
-Desvendou é!?
Sem ter tempo de reagir Ariane levou uma estocada de tesoura que sua avó segurava. A velhinha que agora parecia transparecer raiva no rosto começou a golpear a neta. A neta gritou de dor e caiu no chão. Enquanto estava sendo ferida Ariane perguntou angustiada:
- Por quê a senhora está fazendo isto vovó?
-Eu odiava aquelas mulheres e principalmente a sua irmã! Ela não ia casar virgem! Nem todo pecado Deus perdoa!
Com a terrível descoberta de que sua avó era a assassina das moças, Ariane deu um último suspiro e morreu toda perfurada de tesoura. O chão da casa da idosa ficou manchada de sangue. Depois de tirar a vida da própria neta a velhinha se desfez do corpo jogando-o em um rio próximo da sua chácara.
Nunca mais se ouviu falar de Ariane. O delegado Jericó achou que ela tivesse saído da cidade e continuou sozinho com as investigações. Infelizmente até hoje a polícia não pegou o assassino das moças!
quinta-feira, 23 de julho de 2015
Exposição de Arte 2015: As Faces do Surrealismo
Aproveitando os dias de recesso, volto a postar em nosso blog o que está acontecendo nos principais museus e galerias de nossa Brasília. Tanto no Museu Nacional da Republica, quanto na Caixa Cultural estão ocorrendo exposições muito boas e que merecem ser prestigiadas por todos os moradores (aproveite e leve sua namorada (o) e seus familiares para apreciar as obras).
Para exemplificar e estimular resolvi falar das duas exposições que estão ocorrendo na Caixa Cultural, por um único motivo: são obras SURREALISTAS!!!!
Muitos já perceberam que eu adoro este movimento artístico e como ele me inspira a fazer meus trabalhos. Por isto, fiquei feliz em saber que poderia ver de perto os trabalhos do pintor catalão Joan Miró. E por tabela conhecer um artista brasileiro que eu não sabia ter trabalhos tão incriveis: Darcílio Lima.
Para começar a exposição de Juan Miró não possui nenhuma de suas pinturas conhecidas. Na verdade a exposição é toda composta por esboços e gravuras de trabalhos inéditos (trabalhos que foram catalogados e que nunca foram vistas pelo público antes).
Para os que não conhecem os trabalhos de Joan Miró, ele é considerado um dos maiores expoentes do Surrealismo ao lado de Salvador Dalí e Max Ernest. Toda as suas obras que são tratadas como oníricas são fruto de um minucioso estudo de formas e figuras que começam a ser abstraídas até se tornarem grafismos quase infantis (para muitos vai fazer lembrar ideogramas e até arte rupestre). Confesso que antes da exposição eu não gostava dos trabalhos de Miró (eu os achava simplista demais perto do arrojo do Dalí, só para comparar). Mas me enganei e agora farei muitos estudos sobre o seu trabalho.
Já a exposição do Darcíclio Lima... eu me senti como se estivesse em meu ateliê. Quando me deparei com seus desenhos feitos a bico de pena e cheio de rachuras e detalhes pensei comigo: é este o tipo de trabalho que quero fazer!
Talvez o nome de Darcílio não lhe traga nenhuma obra em sua memória. Nem na minha. Para a falar a verdade conheci o trabalho dele nesta exposição. Cearence de Cascavel, Darcílio começou como paisagista e logo estava envolvido com a pintura ainda nos anos 60. Lá pelas tantas, vai para o Rio de Janeiro e começa a fazer desenhos e gravuras inspirados no onírico e erótico. Considerado pela crítica na época como um artista antiquado, seus trabalhos fizeram um relativo sucesso. Contudo, o artista acabo caindo no esquecimento e falece em 1991, depois de um acidente que lhe deixou em coma.
Depois de sua morte suas obras começaram a chamar a atenção de críticos internacionais e seus trabalhos começaram a ser notados e valorizados. Além do erótico e do bizarro, Darcílio coloca em evidência uma imagem da mulher que sofre privações e torturas por imposição social e religiosa.
A Magia de Miró: Caixa Cultural, SBS Quadra 4 lote 3/4, de 1º de julho a 30 de agosto.
Darcílio Lima Um Universo Fantástico: de 8 de julho a 30 de agosto.
segunda-feira, 20 de julho de 2015
Quando a Física aparece no Cinema
Atire a primeira pedra qual aluno não se sentiu intimidado com a matéria de Física? Sim, aquela matéria com suas formulas difíceis de lembrar na hora da prova, tudo bem, tem alunos que também se sentem intimidados por Artes, História e Português.Contudo, as matérias que exigem raciocínio lógico como Matemática, Física e Química, parecem mais desafiadoras (para a infelicidade dos docentes das referidas matérias).
Eu, por exemplo, nunca tirei boas notas em Matemática. Só consegui tirar uma nota 9 e olhe lá (isso depois de tirar muitos zeros e 1). Pois bem, às vezes penso que não sou inteligente quando me deparo com questões que exigem formulas e números. No ensino médio a Física foi o meu 'bicho papão' junto com Química. Suava frio só em ver as provas! O professor de Física falava, falava e na minha cabeça parecia um monte de informações sem sentido.
Por não entender nada, ficava com raiva da matéria e começava a me perguntar: Para quê eu vou saber a velocidade média escalar de um objeto? Para quê saber da composição química do iodo? E os catetos da hipotenusa? Me frustava e ficava com inveja dos alunos que tiravam boas notas nestas matérias.
Porém, um dia a Física me chamou a atenção. E foi no cinema e filmes que vi na TV que tinha algo legal para saber. Todo mundo já ouviu falar de Albert Einstein, aquele velhinho de cabelos brancos e que aparecia em fotos engraçadas com a lingua para fora. Um dia eu vi um livro na biblioteca da escola e fiquei olhando o rosto dele estampado na capa. Eu pensava comigo: Einstein deve ser legal!
Peguei o livro e li. E... não entendi nada. A tal da Teoria da Relatividade passava longe da minha mente. Fiquei frustrado novamente e pensei em desistir de entender a Física. Fui para casa assistir um filme na Sessão da Tarde (naquele tempo Sessão da Tarde prestava, sabe...). E vi então um filme que mudou a minha a vida era: De volta Para o Futuro.
Viagem no tempo com um carro maneiro, explicação sobre tempo e espaço e relatividade, tudo de forma empolgante e simples. Doc Brown me mostrou o que a Teoria da Relatividade falava e que eu não compreendia.
Daí por diante fiquei fascinado pelo assunto. Todo filme que falava sobre viagem no tempo me chamava a atenção. Efeito Borboleta foi um deles. O cara viajava no tempo para mudar os rumos de sua vida e cada mudança que ele fazia causava uma nova reação em cadeia. Os físicos como Stephen Hawkins falam o tempo todo sobre isto em suas teses.
Agora vejo Interestelar e o Homem Formiga: a discussão dos universos paralelos e a divisão total de um átomo. Muitos podem dizer que os filmes não substituem uma boa aula de um professor. Mas que ajuda a querer entender a coisa, ajuda sim!
Fora que muitos meninos e meninas depois que vêem estes filmes desejam se aprofundar no assunto e acabam virando estudantes de física e até cientistas renomados.
domingo, 19 de julho de 2015
Sessão Férias
Como é bom acordar um pouco tarde. Não ter preocupação com coisa alguma. É isso é as férias meus friends!
Claro, que o recesso escolar (como já diz o nome é recesso e não férias) acaba mais rápido que picolé debaixo do sol. Mas temos que sentir o prazer de descansar e fazer coisas que geralmente costumamos postergar para mais a frente.
Quantas viagens não são adiadas para o fim do ano? E ter tempo para fazer uma coisa diferente? Ler um livro que está ha um bom tempo largado na estante? Sair com os amigos que não vê ha muito tempo? Visitar um parente que está em outro lugar?
É... temos que aproveitar, pois o tempo é curto e não sabemos o dia do amanhã ( sem puxar para o clichê). Eu aproveitei fui para alguns eventos que gosto como Animefriends e outras reuniões de fãs de gibis e mídia. Também aproveitei para ver algum filme que ainda não vi (não precisamente fui ao cinema, mas tinha uns filmes que baixei e nunca vi). E continuei a pintar, desenhar e esculpir. Enfim, aproveitemos esses dias antes do batente voltar!
sexta-feira, 17 de julho de 2015
Quando eu Sonhei que era Stan Lee
Quem nunca sonhou na infância em ser um astronauta? Um corredor de formula 1? Quem sabe um inventor de maravilhas tecnológicas? É...quando se é criança tudo parece mais fácil, ou pelo menos se ilude com alguma coisa (não quero parecer pessimista...).
Encontrei no meio de desenhos velhos e puídos um pequeno trabalho feito na minha já distante juventude. Quando adolescente eu queria ser 'o Stan Lee' do meu colégio. Vivia desenhando e escrevendo histórias em quadrinhos, na maioria bem ingênuas, mas que me divertia e aos meus amigos mais íntimos.
Me lembro de ilustrar fanzines para a escola, para compensar as notas baixas e ganhar a simpatia dos professores. Sempre alguém me procurava para ilustrar aquele cartaz que seria usado para enfeitar algum mural comemorativo de alguma data importante. Perdi as contas de quantas vezes ilustrei o rosto do Tiradentes, o mapa do Brasil, o sistema solar, os monumentos de Brasília, o Dia das Mães, o Dia dos Pais, o Dia do Folclore, o Dia do Índio...
Que época... Agora vejo o meu passado por meio de uma história em quadrinhos que fiz. Era para ser a minha versão feminina do Batman. Uma heroína boa de briga e que lutava contra aqueles que exploravam as crianças e pessoas desamparadas. Nesta época eu gostava de desenhar estilo mangá (antes mesmo do estilo virar moda como hoje em dia). Enfim, estou postando um pouco da minha vida aqui. Espero que gostem da história (ganhei um prêmio com ela na escola) nunca esqueci.
Encontrei no meio de desenhos velhos e puídos um pequeno trabalho feito na minha já distante juventude. Quando adolescente eu queria ser 'o Stan Lee' do meu colégio. Vivia desenhando e escrevendo histórias em quadrinhos, na maioria bem ingênuas, mas que me divertia e aos meus amigos mais íntimos.
Me lembro de ilustrar fanzines para a escola, para compensar as notas baixas e ganhar a simpatia dos professores. Sempre alguém me procurava para ilustrar aquele cartaz que seria usado para enfeitar algum mural comemorativo de alguma data importante. Perdi as contas de quantas vezes ilustrei o rosto do Tiradentes, o mapa do Brasil, o sistema solar, os monumentos de Brasília, o Dia das Mães, o Dia dos Pais, o Dia do Folclore, o Dia do Índio...
Que época... Agora vejo o meu passado por meio de uma história em quadrinhos que fiz. Era para ser a minha versão feminina do Batman. Uma heroína boa de briga e que lutava contra aqueles que exploravam as crianças e pessoas desamparadas. Nesta época eu gostava de desenhar estilo mangá (antes mesmo do estilo virar moda como hoje em dia). Enfim, estou postando um pouco da minha vida aqui. Espero que gostem da história (ganhei um prêmio com ela na escola) nunca esqueci.
sábado, 11 de julho de 2015
A Polêmica dos Livros para Colorir
Finalmente! um bom recesso depois de meses de aulas. Espero que todos nós possamos descansar o corpo (já que ninguém é de aço) e a alma depois de 6 meses de labuta em uma sala de aula. Que professores e alunos possam curtir este recesso escolar.
Mas agora, vamos ao nosso post de hoje. Para responder a algumas pessoas sobre o que eu acho da febre dos livros de colorir que tomaram de conta de livrarias e bancas de jornais eu resolvi tomar minha própria experiencia sobre o assunto e falar para vocês.
Hoje a febre dos livros de colorir é tão forte que assusta e gera discussões de todo tipo. Desde de terapeutas que recomendam os livros para ajudar no estresse e na concentração passando por celebridades e pessoas famosas que amam e odeiam a nova moda.
Mas por que de repente tanta gente começou a ter interesse neste livros? A febre dos livros para colorir começou na Europa meio que por brincadeira. Foi a escritora Johanna Basford quem lançou o primeiro de uma série (Jardim Secreto) que se tornou best seller e transformou o ato de pintar desenhos mimeografados em fenômeno literário.
Depois deste primeiro livro ter vendido horrores, várias editoras começaram a lançar similares explorando diversos temas visuais (mandalas, animais, flora...). As mulheres se tornaram as principais consumidoras, mas também um público masculino vem crescendo e se interessando pelos livros.
Não deixa de ser oportuno a discussão sobre esses livros. Em décadas passadas era comum em aulas de artes, desenhos mimeografados serem dados as crianças para elas pintarem. Depois com novos critérios pedagógicos e uma total rejeição a visão positivista a esse tipo de tarefa em sala de aula (segundo especialistas da educação os desenhos feitos em mimeógrafos para colorir não ajudam em nada na motricidade e geram esteriotipos na visão da criança em relação a arte).
Indo contra as novas tendencias pedagógicas os livros para colorir aparecem em diversos lugares. Será um retorno as antigas pedagogias? Ganhei de uma amiga um desses livros para colorir e confesso que a primeira vista tentei disfarçar a minha total indiferença a ele. O livro tinha versões mimeografadas das obras mais famosas da história.
Depois de um bom tempo de resistência resolvi pintar uma versão da Vênus de Sandro Botticelli. E não é que gostei!? Tentei replicar as cores que vi em uma foto da original. De certa forma já fazia um tempo que eu não usava uns lápis de cores e também um giz de cera. No fim eu acabei sendo contaminado pela febre do livro colorido. Claro, que não aconselho ele para uso em sala de aula, porém como mera distração tem seu valor. Ainda mais que se pode (para quem gosta de pintar e desenhar) experimentar texturas e gradação de cores. Quer saber... Deviam mandar o Zeca Camargo tomar no ****???!!!.
Tenham um bom recesso e até o próximo post.
domingo, 5 de julho de 2015
Liga Extraordinária X Penny Dreadful: Nada se cria, tudo se copia
A TV à cabo é um verdadeiro paraíso sonhado por aqueles que querem curtir algo legal e divertido sem cair no assistencialismo barato e coisas forçadas da programação da outrora boa TV aberta. Mas, lógico que nem tudo é um mar de rosas. Existem programas ruins na TV à cabo e séries tão chinfrins que poderiam ter sido escritas pelos autores da Malhação, por exemplo.
Contudo, tem uma série que tem me tirado o sono (literalmente) e não é porque é sobre o gênero terror. Trata-se da série anglo-americana Penny Dreadful. Uma bem ousada produção da HBO (sim! a mesma emissora do arrasa quarteirão Game Of Thrones) e que por sinal como tudo que sai de lá tem uma qualidade de texto e produção acima da média.
Só por isto, já merecia ser vista, mas também tem outros atributos além disso: A deliciosa e talentosa atriz Eva Green (300 2) e efeitos especiais e cenas de arrepiar os cabelos.Tudo correria bem na série se não houvesse um 'porém'. Por mais criativo que seja, Penny Dreadful é uma cópia pra lá de sem vergonha de uma outra obra.
Explico: Em 2003 saiu um filme pela Warner Bros que fez um certo sucesso (a onda de filmes de super heróis estava começando a esfriar devida a péssima recepção do filme Batman e Robin). Tratava-se de A Liga Extraordinária. Um filme de super heróis que reunia de forma surpreendente figuras da literatura em um universo bizarro. Tinha-se clássicos personagens como Dorian Grey (Oscar Wilde), Capitão Nemo (Júlio Verne) e Mirna Moorey (Bram Stoker) enfrentando um perigo eminente contra a Inglaterra vitoriana do século XIX.
Até o Medico e o Monstro aparecia no filme! Tudo muito louco. Mais maluquice ainda foi saber que o filme havia sido inspirado por uma hq escrita pelo genial ( e também bizarro) Alan Moore. Conhecido por suas obras quase que infilmáveis e por sua descrença nas produções hollywodianas, Moore nunca gostou de ver seus trabalhos virando filmes. Enfim, A Liga virou um filme a contra gosto dele.
Bem passado alguns anos e eis que em 2014 aparece Penny Dreadful. Produzida pelo diretor Sam Mendes (Beleza Americana) e escrita por John Logan, a série estreou depois do recesso de Game Of Thrones e chamou a atenção da crítica que elogiou a produção que se passa na Inglaterra vitoriana e pela credibilidade da interpretação do elenco.
Passado o vislumbre e ai se percebeu que a série da HBO reprisava os personagens e trama da Liga Extraordinária. Se não vejamos: Na série aparece Dorian Grey, Mirna Moorey e outros personagens clássicos lutando contra um mal terrível que se aproxima da Inglaterra. A única diferença da série para o filme é que não tem (ainda) o Medico e o Monstro, mas para compensar eles tem Frankenstein e seu monstro e também um lobisomem.
De toda forma não quero desmerecer a série, pois eu gosto dela e espero que dure mais alguns anos. Quem sabe com o sucesso da copia, A Liga Extraordinária não volta!?
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