sábado, 25 de abril de 2015
Fúria de Titãs, Transformers e Vingadores: Quando os efeitos especiais engolem a história
Hoje fui ao cinema para ver o novo filme dos heróis da Marvel, Os Vingadores: A Era de Ultron. E como fã de cinema e principalmente de história de quadrinhos ansiava para ver a película. Pois bem, fui todo eufórico para assistir a mega produção.
Sentei em uma boa fileira e pagando um pouco a mais, pude assistir o filme em 3D. 'Beleza' pensei comigo. Comecei a assistir ao filme e confesso que achei a primeira meia hora muito desinteressante, e por incrível que pareça cochilei em uma ou duas cenas. Depois da primeira meia hora o filme finalmente engrenou (pelo menos para mim). No fim eu gostei do filme, porém saí com aquela sensação esquisita por ter dormido durante um filme que eu estava tão afim de assistir.
Resolvi meditar e de repente percebi que o filme dos Vingadores não foi ruim. Então por que foi que eu dormi durante a sessão do filme? Será que foi o cansaço? A poltrona que era super confortável? Não meus amigos a culpa de eu dormir por alguns minutos ao assistir o filme dos Vingadores se chama : Efeitos especiais digitais!
Explico: por incrível que pareça desde que filmes como Transformers, Fúria de Titãs e Vingadores apareceram estou passando por uma aversão aos efeitos digitais. E olha que sempre gostei de filmes com efeitos bacanas desde os anos 80. O problema é que todos os filmes modernos parecem iguais em cenas que possuem a necessidade de efeitos de CGI.
Em Transformers, por exemplo, tem uma enxurrada de destruição de prédios e explosões de naves e robôs que não acaba mais (no último filme quase não havia história somente a destruição de cidades), ironicamente nos filmes dos Vingadores as benditas cenas de destruição de prédios e naves parecem um repeteco dos Transformers. Em Fúria de Titãs os monstros abissais fazem coisas hiper exageradas e depois vemos os mesmos monstros em Pierce Jackson e outros similares...
O pior é ver que filmes como 2012 que só mostra catástrofe repete as mesmas cenas em filmes de super heróis (Homem de Aço) e até filmes de ação. Não quero parecer reclamão, mas parece que os diretores de cinema norte americano parecem querer somente copiar cenas uns dos outros e isto causa uma espécie de canseira em quem assiste os filmes. Gosto de filmes que tem efeitos especiais, e espero que continuem a faze-lo, contudo também espero ver boas histórias, pois é isso o que realmente importa quando se assiste um filme.
terça-feira, 21 de abril de 2015
A Importância da Arte Para Crianças Pequenas
Muitas pessoas que nunca imaginaram que tivessem um 'dom' artístico se descobrem diante de uma folha de papel em branco ou uma tela e tintas (estou tendo uma ótima experiência este ano com alunos adultos que fizeram belos trabalhos em tela). Lógico que para isto se deve vencer a preguiça, ou melhor, a sensação de impotência que muitas pessoas carregam. Frases do tipo 'Eu não consigo', 'Eu não nasci com este dom', 'eu não sei desenhar!'... e outras negativas somente promovem o medo de ir adiante e impedem o individuo de descobrir um mundo novo.
Por isso apoio que desde cedo as crianças tenham contato com aulas de artes desde o maternal. Sabe-se que as crianças por instinto de experimentação gostam de lidar com diversos objetos. Muitas professoras já fazem trabalhos manuais com crianças. Porém, ter um docente em artes dá todo um diferencial.
Primeiro que por mais que as professoras regentes sejam criativas e tenham um bom material de aula, um especialista na área abre um leque maior de opções. Um professor que conhece a história da arte e técnicas adversas ajudam a dar uma aula com mais interatividade e diversão.
Segundo, que as crianças ao contrário dos adultos não estão interessadas em mesurar o seu aprendizado. Para elas pintar um papel com tinta e soprando em um canudo ou usar uma tampa de isopor para fazer uma gravura é um substituto e tanto para os bonecos de plástico e o videogame.
De certa maneira vejo que dar aulas para criança de 3, 4 e 5 anos, pode aparentemente não parecer importante (muitas escolas não tem aula de artes neste segmento) pois acreditam que as crianças só estão se divertindo.
Penso que o divertimento é apenas um modo de filtrar um aprendizado, que geralmente seria enfadonho para elas. Já usei teatro de sombra com uma caixa de sapato e luz de celular para contar estorias e as crianças adoraram (não menosprezando a técnica do docente que lê em voz alta o livro para os alunos). Em outra aula fiz estencil com tampas de plástico e fizendo máscaras vazadas para que as crianças pudessem pensar sobre o ato de repetição. Também já falei de cores quentes e frias usando a técnica de 3D... e por aí vai.
Quanto mais se apresenta uma técnica que seria complexa de modo simples, mais as crianças aprendem de forma sem cobrança e com divertimento. Outra coisa importante é que propriamente a abordagem triangular não seja uma forma de trabalhar com elas. Penso que a forma de ensinar arte da Ana Mae Barbosa, funcione melhor a partir dos primeiros anos (1º, 2º, 3º anos em diante). Com crianças pequenas a livre expressão ( com um toque sutil de direcionamento) é o que rende mais frutos pela minha experiência. Deixo imagens de minhas aulas e que possamos como professores propor novas aulas de artes para crianças e adultos.
quinta-feira, 16 de abril de 2015
Sessão Contos Bizarros: Um Colapso no Tempo
Trabalhou o dia como de costume tentando ver se lucrava com algum produto. Enquanto labutava Valdemar lembrou que naquela tarde deveria comparecer ao cemitério. Soube através do Rubens (o dono do boteco que Valdemar frequenta nos fins de semana) que um conhecido de infância havia falecido.
Quando deu no relógio 13h da tarde, Valdemar fechou a loja e colocou um cartaz na porta informando que estaria resolvendo algo importante (muitos clientes ficarão 'chiando' pensou ele). O comerciante chegou cedo ao velório. Abraçou os parentes do falecido e ficou em silencio diante do caixão que descia a cova de sete palmos feita pelo coveiro de cara amarrada.
Com o fim do velório e muito tempo de sobra, Valdemar resolveu dar uma volta pelo cemitério. Percebeu que era um lugar cheio de árvores e muita grama e até tinha uns túmulos bem cuidados. Mesmo assim, com todo o cuidado merecido ainda era um lugar de tristeza e pesar. O comerciante calvo viu que havia muitas famílias chorando ou rezando por algum ente que deixou este mundo.
Enquanto andava por entre os túmulos, Valdemar parou para ver um mais de perto. Não acreditou quando leu em uma lápide o seguinte nome: Valdemar filho Junior 1980 - 2010. Assustou ao ver que o nome e o sobrenome era igual o do seu RG. Até a data do nascimento era igual! viu que na lápide também tinha uma fotografia, mas estava velha por estar exposta a chuva e o calor excessivo.
Valdemar tentou olhar a imagem mais de perto e com esforço percebeu que o rosto que estava na bendita foto era a sua quando mais jovem e cabeludo! 'Isto não pode estar acontecendo!' dizia consigo mesmo. Transtornado o comerciante foi até a administração do cemitério e foi atrás de saber que brincadeira de mau gosto era aquela.
A atendente bonita e de cara de poucos amigos o recebeu com má vontade:
- O que o senhor deseja?
-Quero saber sobre o túmulo do Valdemar Filho Junior.
-O senhor é o que dele?
- (Pensou em uma mentira rapidinho) Sou o irmão dele!
A moça foi procurar os documentos referentes ao túmulo e depois da investigação trouxe as informações que Valdemar procurava:
-Bem, o túmulo do seu Valdemar está com as taxas de manutenção atrasadas.
-Quem foi que pagou o enterro? Sabe eu não pude comparecer, estava viajando... (inventando mais mentiras).
-Aqui diz que quem pagou foi a esposa: dona Marta Leite Junior.
Valdemar não acreditou na resposta. Coçou a cabeça calva e sem falar mais nada com a atendente saiu em desabalada carreira para casa.
Chegando em casa, Valdemar entrou casa a dentro e encontrou sua esposa na cozinha cortando um bife para cozinhar na panela. Com as mãos tremulas o comerciante tentou tocar no ombro da esposa que estava de costas. Marta então resolveu iniciar a conversa:
-Como foi o dia meu amor?
-Estive no cemitério hoje e você não sabe o que aconteceu! ( falava de forma assustada e esperando a surpresa da mulher).
-Vixe! Esqueci de dizer a você. Eu devia ter dado o dinheiro da taxa de manutenção do túmulo do meu marido falecido.
Valdemar não entendeu o que Marta estava dizendo e surpreso perguntou:
-Do que você está falando mulher? Eu sou o seu marido!
-Eu sei. Mas nunca vou esquecer do Valdemar, o meu primeiro marido, e que Deus o tenha num bom lugar.
-Isso só pode ser uma brincadeira o que está havendo? Como assim o Valdemar morreu?
-Ué! Esqueceu que o meu marido Valdemar morreu em 2010 de acidente de carro na EPTG.
Um frio subiu na espinha. Valdemar não estava acreditando naquela cena. Sua mulher falava de forma tão franca e normal que ele se assustou. Confuso saiu correndo de casa e entrou em seu FIAT Uno usado. Marta gritava para ele voltar mas, o comerciante saiu a toda pela estrada.
Enquanto guiava o seu carro pelas estradas da Comercial Norte, Valdemar tentava entender o que estava acontecendo. Ficava se perguntando se não estava louco ou algo parecido. Esmurrava o volante e mordia os lábios com toda força. Logo começou a chorar e a gritar pela rua.
Enquanto guiava desesperado, o condutor não viu que seu carro entrou pela EPTG na contra mão. Na mesma estrada vinha um caminhão cegonha que também estava em alta velocidade. Surpreso, Valdemar se assustou em ver que o seu carro estava a poucos metros do caminhão. Não deu nem tempo de desviar e os dois veículos se chocaram!
Um silencio se fez. Tudo estava escuro. Valdemar então acordou pontualmente as 5h da manhã. Escovou os dentes e depois de tomar o café gostoso da Marta foi para a sua lojinha na feira dos importados. Tudo transcorreu normalmente. Ás 13h ele foi ao velório de um conhecido, enquanto ia para o cemitério Valdemar teve uma sensação de dejavi (como se ele estivesse passando por tudo aquilo novamente) e participou de todo o velório. No fim resolveu dar uma volta pelo recinto e se deparou com uma lápide que por alguma razão ele pensava já ter visto. Foi até ela e então para o seu estranhamento estava escrito um nome: Valdemar Filho Junior 1980-2010. ALGUMA COISA ESTAVA ERRADA!
domingo, 12 de abril de 2015
As melhores séries de Super-Heróis
Enquanto a estreia de 'Vingadores 2' não chega na tela grande, a TV está começando a ficar recheada de séries de seres super poderosos. Claro, que antes da bem vinda série do 'Arrow', 'The Flash' e 'Gotham' tomarem de assalto os canais havia 'Smallville' e 'Heros'.
A Marvel se deu super bem no cinema e agora está investindo pesado em series de TV. A estreia a uns dois anos de 'Agentes da SHIELD' pelo canal Sony, pegou carona no sucesso do primeiro filme dos Vingadores. Inicialmente a função do seriado seria de colar a complexa trama que permeia o universo Marvel que aparecia nos filmes. Tanto que em alguns episódios da série havia a presença do Nick Fury (Samuel L. Jackson) e de alguns personagens poderosos como Lady Sif (Thor). Porém, a série parece um pouco cansativa, ainda mais que os recursos dos efeitos especiais são menores, o que compromete a presença de vilões ou heróis com poderes mais chamativos. Outro lado negativo é que a trama (a meu ver) parece mais arrastada e mesmo que tenha os Skrulls e Inumanos para darem ás caras, as aventuras do agente Couson parecem mornas. O jeito é esperar o filme dos Vingadores para ver se a série também esquenta!
Se 'Agentes da SHIELD' não empolga, a outra cartada da Marvel é investir em heróis que tenham uma pegada mais pesada. É o caso da série do Demolidor que estreia na Netflix. Com uma temporada já pronta e lançada pelo sistema que está revolucionando quem gosta de baixar filmes e séries, as aventuras do Demolidor parecem que serão mais próximas de um cavaleiros das trevas e menos de vingadores, para atrair um púbico mais adulto. O mascarado de vermelho merece, depois de um filme ruim nos cinemas, o Demolidor merecia algo digno de suas aventuras nos 80.
Futuramente a Marvel pretende fazer mais séries neste estilo o que ajudaria outros personagens a ganharem espaço para um público que não os conhece.
Se a Marvel está começando a fazer caminho na TV, a DC Comics está a uns passos bem a frente da sua rival. Antes mesmo do sucesso dos novos filmes do Batman e do Super Man, o canal Warner já exibia seriados com Smallville. Pena que as aventuras do Super Boy foram perdendo o sentido na medida que se estendia demais as relações amorosas do Clark Kent e sua rivalidade com Lex Luthor. Foram 8 temporadas que começaram bem e ficaram indigesta lá pelo fim.
Talvez, seja por ter tido problemas com Smallville, a Warner resolveu dar uma melhorada em suas séries, e o resultado está indo bem melhor que o esperado. Um exemplo é assistir as séries do Arrow e do Flash: além dos personagens se intercruzarem em episódios especiais, tem tramas mais bem elaboradas e que de certa forma citam a saga Crises nas Infinitas Terras (um dos melhores quadrinhos da DC Comics nos anos 80). Só no episódio do Flash temos o seu inimigo o Flash Reverso e a origem de vilões como o símio inteligente Grond e claro a presença do Arqueiro Verde.
Já na série do Arrow a Liga das Sombras ( os inimigos mortais do Batman) aparecem no seriado fora outros vilões do Esquadrão Suicida. A interatividade das duas séries para muitos parecem coincidir com o futuro filme do Batman Vs Super Man que estreia em 2016. Lógico, que em nenhum momento a Warner afirma tal coisa, mas o futuro filme do Esquadrão Suicida que também está programado para 2016/2017 e o filme do Aquaman parecem que a DC está seguindo os passos da Marvel.
O único seriado que não tem ligação nenhuma com o cinema e nem com as outras series é Gotham, pois optou por abordar a infância do Batman e o surgimento de vilões que serão cruciais para a mitologia do homem morcego como o Pinguim e o Charada.
quinta-feira, 9 de abril de 2015
A arte de Pintar
De todas as linguagens, talvez, a mais desafiadora e ao mesmo tempo a mais fascinante é a de pintar. A pintura é tratada como o principal símbolo da arte e por isto, é tão difícil.
Desde de as primeiras pinturas rupestres feitas pelo homo sapiens, passando pelos relevos decorativos de civilizações misteriosas como os sumérios e os babilônios; e tendo o que seria um auge (pelo menos o que se pensava naquela época) a Renascença.
As primeiras pinturas eram feitas a maioria em gesso tendo a tempera como técnica. Sem ainda existir os cavaletes e quadros, todas as pinturas eram feitas nas paredes de palácios, templos e casas. As vezes, a pintura também aparecia na decoração de estátuas (como ocorria no Egito e entre os gregos). No período da Igreja Românica, os ícones eram pintados em tampos de madeira e assim surgia os retábulos portáteis e que podiam se locomover por igrejas e casas.
Ainda no Renascimento, pintores como Rafael ainda usavam a parede e a madeira como suporte, um pouco mais tarde graças aos pintores dos países baixos surgem as primeiras tintas a óleo e as telas feitas com tecido pronto para serem pintados. Quando a tinta a óleo chegou a Itália, muitos artistas ainda pintavam com tinta à tempêra (tinta feita com clara de ovo e pedras coloridas trituradas.
A partir do final do século XVIII, a pintura passa a ter o uso da tinta industrializada (muitas tendo cobalto e chumbo em sua composição e levando muitos pintores como Cândido Portinari ao falecimento por contaminação).
Com a tinta industrializada os artistas podem ter acesso aos materiais necessários (claro, que tintas de qualidades são mais caras) e com o telas sendo compradas em papelarias e lojas especializadas pessoas que nunca pensaram em ser artista, hoje podem desfrutar do prazer de pintar.
Comecei a pintar com 16 anos, e confesso que não gostava muito. Tanto que somente voltei a pintar quando estava na faculdade (isto é, fiquei quase 12 anos sem pegar em tinta e tela) e com dicas de professores e amigos de classe entendi como realmente deveria pintar. O legal de pintar e ao mesmo tempo estudar a história da arte é que pode-se experimentar todas as técnicas que já foram feitas e que mostram que tudo na arte é possível ( experimentei técnica pontilhista, impressionistas, surrealista e até cubista e abstrata).
No fim acabei que misturando elementos do surrealismo com pinceladas grossas do pós-impressionismo e tentarei ir mais longe se possível, deixo a mostra alguns de meus trabalhos e técnica.
terça-feira, 7 de abril de 2015
Hiper Realismo: Auge da técnica ou esvaziamento de conteúdo?
Qual artista no inicio da carreira não quis fazer um belo retrato? Ou pintar um lindo quadro de paisagem como se estivesse reproduzindo uma fotografia?
Todo o artista de certa maneira tem este sentimento de superar a si mesmo. Desenhar e pintar nunca foi fácil mesmo para aqueles que acreditam na arte como um 'dom '( o que discordo totalmente). A arte clássica que teve seu auge no período romano e depois foi despertada no século XVIII, pelos clássicistas, tinha como ponto principal a reprodução da figura humana e da natureza de forma mais fiel possível.
Claro, que com o tempo a obsessão da reprodução da realidade (ou do que se acredita se-la) foi sendo modificada. Dois exemplos podem ser citados: o movimento impressionista e a invenção da máquina fotográfica. Os impressionistas liderados por Claude Monet, trouxeram a busca da imitação da realidade por meio das cores (é o efeito de luz sobre um objeto é que diz se uma folha de uma árvore é verde claro ou escura). Depois veio a máquina fotográfica que tirou o poder dos pintores de reproduzir a realidade somente com o nitrato de prata sobre uma superfície de papel fotográfico.
A busca da mais alta fidelidade do olho sobre um objeto chegou a meu ver no seu auge com o escultor Rodin: segundo diz uma lenda, Rodin quase foi desclassificado por um juiz de um seleção para exposição, que achou que uma de suas esculturas não passava de um homem pintado de branco para parecer mármore.
O que poderia soar como acusação de fraude, se tornou para Rodin um atestado de seu apuro técnico. Curiosamente o pós-impressionismo de Paul Gauguin e Van Gogh quebrariam a busca dos pintores pela reprodução da natureza. E mesmo com o Realismo de Gustave Courbet (que mais se preocupava com fatores sociais e não a imitação da natureza) não pararia o que seria posteriormente o Expressionismo.
Ainda assim, a ideia de que um bom artista tem que reproduzir fielmente o mundo pauta os estudos de arte e até o gosto de leigos e artista amadores. Não a toa que a exposição de Ron Mueck que ocorreu em São Paulo a uns três meses atrás tenha chamado a atenção do público. Ao mesmo tempo que causava um deslumbre causava estranheza de verem figuras que mais pareciam humanos em tamanho agigantado ou miniaturizados. Em si as obras de Mueck são uma sátira ao realismo e por isto são classificadas de hiper realismo ( é uma realidade aumentada ao ponto de ser absurda).
Pena que nem todos os artistas que primam o realismo tenham tal senso de humor. Muitos preferem exaltar o retrato e pintar a natureza de forma tão real e ao mesmo tempo vazia. É comum muitos pintores reclamarem dos artistas conceituais ou modernos que relegaram o estudo clássico como meta, de que o verdadeiro artistas é o que sabe pintar bem pessoas, animais, árvores... Bem, como estudante de arte e ao mesmo tempo docente da área tenho que confessar que o realismo artístico é algo que se almeja enquanto se está aprendendo a pintar, porém depois que se passa desta fase a técnica deixa de ser o mais importante e sim a mensagem que se quer passar com a sua obra.
De que adianta fazer belos retratos vazios de conteúdo? Para que pintar paisagem sem motivo algum? Sempre lembro aos meus alunos que o artista não pinta por achar lindo pintar, mas antes de tudo por que ele quer comunicar o que sente (prefiro dizer o que pensa, é bem melhor). O que difere um Leonardo Da Vinci de outro qualquer retratista é antes de tudo o domínio de técnica, mas também de comunicar ideias!
1ª experiencia minha de reprodução tendo como tema um estudo do pintor Gericaut com lapis pastel |
últimas de minhas pinturas mais expressionistas e menos realista |
domingo, 5 de abril de 2015
Como fazer um robô Transformer de Durepox e Lixo Tecnológico
Ola meus amigo de blog! Sou um fã confesso dos mechas. Para quem não conhece o termo Mechas são os robôs que aparecem nos animes japoneses e que de certa forma voltaram à moda graças ao sucesso dos filmes dos Transformers.
Bastante queridos pelo público nipônico, os mechas se tornaram bastante populares no Ocidente devido nos anos 80 animes como Gundam e Voltron terem feito certo sucesso nos EUA. Quando criança ficava super empolgado com os Transformers (que naquela época já eram sucesso em desenho animado quadrinhos e claro, brinquedos). Eu costumava pegar veselhame de dosodorante e alguns prendedores de roupa e fazer um robô (totalmente tosco).
Agora depois de velho e com mais técnica resolvi fazer um robô transformers. Peguei um destes vasilhames que possuem um bico e disparador e também fiz uso de prendedores de roupas feitos de plástico, colei tudo com durepox...e pronto confeccionei um robô que vira uma nave espacial.
MONTANDO UMA ARANHA ROBÔ
Gosto muito da idéia dos mechas com forma de insetos e coisa do tipo. Resolvi então confeccionar um robô aranha:
1-usei como material um disparador de vaselhame de limpa vidros;
2-as pernas da aranha fiz com um canudo de refrigerante;
3-cobri o disparador com fita isolante;
4-colei com durepox as pernas e também pedaços de componentes de um aparelho de som velho;
5-depois de vinte minutos ficou pronto o robô aranha com tripulante e tudo.
Espero que gostem deste trabalho e desde já agradeço a quem aprecia as minhas obras!
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