Como neste mês a valorização da cultura negra é o tema, muitas galerias de arte de Brasília agendaram exposições em que o negro é o ponto de discussão. A Caixa Econômica, por exemplo, apresenta três exposições em que a vida do negro e sua linguagem artistica e visão de mundo abastecem obras bastante reveladoras.
O passado e o presente aparecem nas Exposições de Jean Baptiste Debret, na exposição Transit e nas pinturas do musico baiano Carlinhos Brown. Todas estarão na SBS quadra 4, lote 3/4. Até o final do mês de novembro. Vale apena aproveitar o feriadão e ir lá visitar com familiares e amigos.
Desenhos e Aquarelas de Debret
Jean Baptiste Debret (1768-1848) foi um dos pintores franceses que vieram com a comitiva de artistas que visitaram o Brasil durante a fuga da familia portuguesa do poder de Napoleão que varria a Europa em 1808. Os seus desenhos hoje são uma referência no estudo do comportamento dos homens e mulheres do periodo colonial. Tanto que muitas de suas aquarelas mostram cidades como São Paulo e Rio de Janeiro coberto de florestas e senhores e escravos andando no meio da rua. Fora que sua obra de foma contundente mostra como os negros eram tratados naquela época em que a escravidão era motivo de status e desigualdade social e racial.
Carlinhos Brown - O Olhar que Ouve
Mutios cohecem o percussiontista e compositor Carlinhos Brown como músico que já levou seus trabalhos para o exterior e fez discos com Arnaldo Antunes e Marisa Monte e também trabalhou com a banda Sepultura. Associado ha muito tempo ao Carnaval Baiano, Brown agora mostra um outro lado seu desconhecido por muitos de seus fãs: o de pintor!
Na exposição o 'O Olhar que Ouve' vemos pinturas em grandes paineis que hora lembram um Pollock no perido de influencia de Picasso ou tachismos que lembram Iberê Camargo. Sem nunca ter tido um estudo formal de pintura, os trabalhos de Carlinhos Brown são bastante experimentais e cheio de movimentos como se ele quisesse evocar a dança e o ritmo que tanto lhe marcaram na música.
Transit
Esta exposição é bastante importante por mostrar uma Africa não esteriotipada pela visão europeia. Era comum quando se pensava em arte africana apenas se lembrar-mos dos desenhos e esculturas das tribos primitivase distantes da civilização ( como se os artistas africanos tivessem congelados no tempo). No que caso da exposição Transit, temos video instalações, trabalhos fotograficos e outras experimentações que mostram que os artistas da Africa não estão presos ao passado. Mas, sim mantendo um olhar no futuro e questionando o presente.
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