segunda-feira, 30 de abril de 2012

A Arte de Desenhar: Parte 4


CAVALEIROS E EXORCISTAS
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©2012 Paulo Af.
Esta obra é uma ficção, não tem dados históricos oficiais reais e todos os personagens são fictícios, qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência.

Todos os meses venho postando pedaços do romance que eu estou escrevendo. Mais que uma diversão, considero o ato que estou fazendo de quase uma realização de um sonho. Quem é que nunca pensou em escrever um livro? Pois é, com internet e as redes sociais pode-se fazer tal coisa. O que com certeza na época de grandes escritores como Edgar Allan Poe ou Machado de Assis era impossível. Aproveitando que estou dando aula de técnicas de como desenhar figura humana na escola que leciono, disponibilizo agora para os que  seguem o meu trabalho uma exposição de meus desenhos. Todos feitos sobre a temática do romance que venho escrevendo e usando várias técnicas de ilustração. Espero que gostem:

domingo, 29 de abril de 2012

Escrevendo um românce: 19ª Parte

CAVALEIROS E EXORCISTAS


©2012 Paulo Af.
Esta obra é uma ficção, não tem dados históricos oficiais reais e todos os personagens são fictícios, qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência



CONFRONTO DE LEÕES

Atila chegou na grande sala do castelo armado até os dentes. Em sua companhia havia uns trinta homens armados que lotaram o recinto. Nós, no entanto, éramos uns quinze no mínimo. Monsenhor rangia os dentes e parecia não estar preocupado com a desvantagem numérica.
Atila nos olhou diretamente e então com um ar de soberba e orgulho falou:
-         Aquiles, sempre teimoso como um asno! Olhe ao redor, estás cercado por minha alcatéia! Seja um homem digno de fé e abaixe a sua cabeça diante de mim para eu decepa-la!
Aquiles não gostou do tom de voz do inimigo e rebateu:
-         É sua cabeça que eu enfiarei em uma ponta de lança, Atila! Iremos sacrificar os seus lobos como cães doentes!
-         Pretendo arrancar a sua língua e queima-la em um braseiro e depois come-la! (disse Atila com seu olhar sádico).
Os soldados do terrível ex-templário prepararam as suas lanças e flechas. Alguns já estavam com espadas levantadas ao alto da cabeça. Um único movimento de ordem que viesse da boca de Atila e estaríamos mortos!
Monsenhor Aquiles olhava para a caixa e pensava na atitude que deveria tomar. Tínhamos o que vínhamos buscar e não poderíamos agora retroceder. Eu olhei ao redor e vi as faces assustadas de Michelangelo, Buldica e Diana.
Segurando sua espada com firmeza Aquiles falou:
-         Atila! Deixes que eu e meus companheiros possamos ir embora com a relíquia! Deixarei tua vida e assim ficaremos em acordo.
Michelangelo assustou ao ouvir da boca do monsenhor tal proposta. O mestre estaria louco ou desesperado? Atila também surpreso riu diante da proposta e retrucou:
-         Esta proposta passou da sua validade. Talvez, alguns dias atrás eu a aceitaria de bom grado. Agora, é tarde! Prefiro te matar e manter o que conquistei!
Aquiles acariciou a caixa e com um olhar de contemplação voltou a falar:
-         Veja o que nos tornamos...Somos animais arredios matando por algo que não conhecemos direito! Deixe-me levar a caixa para a Igreja. Isto pertence a Ela!
Atila rebateu:
-         Não! A Igreja abandonou o seu propósito. A caixa é útil aqui! Deixe-a comigo e morra como um homem de fé que é!
Aquiles então olhou para trás e viu que o seu número de soldados havia aumentado. Acariciou novamente a caixa e a abriu. Viu que no seu interior estava a coroa de espinhos. Ela brilhava como o sol. Aquiles viu o objeto vislumbrado e então deixou de lado qualquer intervenção. Gritou ‘atacar’ para os seus soldados e correu em direção de Atila e seus guerreiros.
Os soldados de Atila como uma onda de mar revolto, vieram sobre nós. Levantamos escudos e arremessamos flechas. Estalos de espadas se chocando chegavam aos ouvidos como sinos. O sangue voltou a manchar as armaduras e gargantas eram cortadas e peitos perfurados sem cerimônia.
Vi Buldica esmurrando com seus fortes braços as faces de dois soldados. Diana se esquivava e ao mesmo tempo feria dois guerreiros karanyos. Michelangelo com sua clava explodia a cabeça dos inimigos. Quando dei por mim um karanyo quase perfurou o meu estomago com sua lança, porém desviei. Bem a tempo pude rasgar o seu peito com minha espada!
O sangue do guerreiro cobriu o meu rosto e meu manto. Senti um sabor amargo de sangue em minha boca. A raiva veio na alma e passei a esfaquear mais inimigos! Meus Deus! Eu também havia me transformado em uma besta selvagem!
O grupo de Atila foi avançando cada vez mais. Aquiles derrubou muitos soldados, mas não conseguiu sequer chegar perto do seu verdadeiro oponente. Atila percebeu que seu inimigo estava perto e poderia aproveitar a balburdia para mata-lo.
Atila levantou a sua espada e como uma águia vôo sobre Aquiles. O monsenhor resolveu revidar e jogar a sua espada em forma de cruz na direção do inimigo para empala-lo. Na confusão não consegui ver mais nada. Não sei quem venceu, contudo sei que naquele momento uma alma iria embora desta terra.
As imagens pareciam nuvens em silhuetas que vagavam rápido sobre os meus olhos. A clava de Michelangelo esmagava elmos e puder ver olhos soltando para fora do crânio a cada pancada! Um karanyo me segurou por trás. Caímos no chão em uma luta corporal. Ele era mais robusto que eu e usava o seu peso como arma para me comprimir no solo.
O ar começou a faltar nos meus pulmões. Tinha que fazer algo depressa ou o índio venceria a luta. Tateei o solo e consegui pegar um punhal. Segurei o cabo e meio que na sorte esfaqueei o karanyo no pescoço. Um jorro de sangue caiu sobre mim e depois vi o desafortunado se contorcendo de dor até morrer de olhos abertos.
Quando me levantei avistei novamente Aquiles e Atila. Os dois lutavam bravamente segurando suas armas ensangüentadas. O monsenhor ainda cansado, talvez, de tantas lutas parecia levar desvantagem.
A caixa, objeto de contenda, estava no chão. Resolvi resgata-la enquanto a distração na luta reinava. Corri no meio da confusão e milagrosamente consegui chegar até o objeto.
Coloquei a caixa debaixo do meu habito e procurei avisar alguém. Por sorte Diana se aproximou falei o que tinha feito ela então gritou para buldica.
Buldica estava batendo em um soldado com as mãos nuas enquanto ouviu os gritos. Num gesto assobiou alto. Pelo jeito os índios haviam ensaiado algum tipo de sinal entre eles. Os guaranis ouviram o assobio e se reagruparam. Michelangelo percebeu o que estava acontecendo e após derrubar um soldado correu para o lado dos guaranis.
Atila parecia vencer. Ele apontava a ponta de sua espada para o rosto de Aquiles. O monsenhor revidou de forma extraordinária: juntou forças e conseguiu afastar o inimigo. No ultimo instante golpeou-o em uma das mãos decepando-a.
O guerreiro de cabelos negros e de cicatriz na face gritou de dor! Largou a espada e segurou o braço ferido, tentando reter o sangue que jorrava da enorme ferida.
Por um momento Aquiles ficou olhando a dor do inimigo. Parecia deleitar-se com a cena! Eu aproximei dele e disse que estava com a caixa. Ele parecia não querer ir embora (desejava continuar a luta e se possível dar um fim ao inimigo já ferido).
Os soldados de Atila vendo o seu líder ferido debandou do salão. Michelangelo disse para partirmos. Depois de relutar o monsenhor aceitou a idéia e então, passamos pelos átrios até passar pelos portões derrubados do castelo rumo á mata virgem.

domingo, 22 de abril de 2012

Sessão Quadrinhos: O Brasil precisa de heróis ?


Comprei na Bienal de Leitura uma edição da revista da personagem Velta, criada pelo desenhista Emir Ribeiro lá na década de 70. A revista era um relançamento de algumas historias criadas pelo desenhista ainda quando jovem na casa dos 16 anos. Saboreando cada página pude ver a evolução do traço de Emir Ribeiro e também constatar que assim como ele, eu também sonhava ser um ilustrador de historias em quadrinhos e quem sabe ter a minha obra alçada no mesmo nivel de importância de um super herói norte americano.
    
Quantos meninos que desde de moleques criam os seus heróis fazendo os seus gibis caseiros dentro do seu quartinho enquanto as outras crianças jogam bola ou soltam pipa? Pois é, como docente de arte eu vejo na minha sala de aula muitas crianças que possuem imaginação e brincam de criar os seus heróis. Eu até que tento estimular deixando que os alunos façam os seus gibis, mas muitos ficam acanhados ou achando tudo uma bobagem.

Outro ponto importante que eu quero explicitar é como o cinema e os gibis norte americanos moldaram nosso modo de ver o mundo. A grande maioria dos desenhistas e ilustradores dos anos 70 até o inicio dos anos 2000 ainda tinham como referência os heróis da Marvel ou da DC Comics. Sendo assim a maioria dos heróis brazucas tinham comportamento e aparência dos super homens e fantasmas do EUA. Hoje com o advento dos mangás muitos ilustradores agora imitam o modo japonês de ser.
   
Alguns heróis devido o dificil meio de expandir no mercado de quadrinhos acabam virando uma especie de simbolos de uma determinada região do Brasil, como o Gralha que é bastante conhecido no Sul e no Sudeste, porém desconhecido aqui no Centro-Oeste; ou a propria Velta que tem as suas aventuras narradas em João Pessoa na Paraiba. Como o nosso país tem dimensões continentais podemos ver que cada herói se comporta como se vivesse em um mundo a parte.
  
Se o lob e o poder das Sindicates não fosse tão massacrante nas linhas editoriais do nosso país poderiamos ver em cada banca de todo Brasil as aventuras do Quebra Queixo, Leão Negro, Raio Negro e claro, Velta e icones antigos como o Capitão 7. Felizmente a internet está aí para nós que gostamos de criar nossos heróis. Com a globalização e a liberdade que as redes sociais fornecem muitos moleques estão criando os seus personagens e postando na internet de forma independente. Muitos podem duvidar que a rede possa ser um meio seguro de mostrar e sobreviver do próprio trabalho, mas olha os Combo Rangers ai. Surgiram na web e ficaram conhecidos.

Não posso ser ingenuo e sei que somente alguns autores conseguiram romper o descredito e o lob das editoras como fizeram o Ziraldo criando o Menino Maluquinho e a Turma do Pererê ou o Mauricio de Souza que de longe foi quem se deu melhor no dificil mundo das HQ's brasileiras.Contudo, a esperança ainda deve mover os sonhos. Quem acompanha o nosso blog sabe que estou escrevendo o meu conto intitulado Cavaleiros & Exorcistas. A cada postagem eu mostro uma parte de uma saga que estou ainda escrevendo e também ilustrando. Antes disso eu gostava de desenhar gibis desde de menino e gosto de criar e contar historias.

Quando menino as minhas referências eram os quadrinhos americanos e os desenhos japoneses. Com o tempo e o refinamento por novas linhas de quadrinhos e livros de literatura eu atualmente me inspiro nas obras medievais de Dante, nas pinturas de Bosch e na literatura de espada & fantasia que tem o Conan como ícone. Mas o que pude realmente notar no que eu faço hoje e que difere do que eu produzia na infância é a busca de criar personagens com bases mais brasileiras nas suas origens.
Não procuro mais fazer super heróis fantasiados com poderes mirabolantes e nem vilões maquiavelicos. Penso que devido a nossa formação cultural e de nossas poucas referências de heróis históricos infaliveis nós deveriamos criar personagens mais humanos e com defeitos e até anti-heróis se possivel. Os nossos heróis deveriam ser donas de casa, policiais, professores, bombeiros, empregadas domésticas e não super homens cheio de traquitanas para pegar bandidos pés de chinelo! Talvez com a mesma globalização que fez que conhecessemos os povos podessemos nos conhecer melhor e aí quem sabe criar o nosso mundo de heróis made in brazil. 

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Sessão Sai Capeta: Obras Grotescas


A ideia de que a arte consiste em exaltar a beleza do homem e da natureza é muito comum para a maioria das pessoas. Quando em aula eu mostro obras de artistas que não se preocupam com tal conceito, geralmente os alunos costumam tacha-las de feias ou estranhas. Acredito que por causa do senso comum as pessoas na maioria das vezes e até entre alguns artistas retratar paisagens bucólicas ou pessoas de beleza fisica pareça ser a função da arte na vida do ser humano.
 
Ledo engano! Se olharmos na historia da arte veremos artistas que não se preocuparam em retratar somente coisas belas. É lógico, que em certos periodos da humanidade um tipo de beleza ou padrão que o valha é tido como base para uma sociedade e cultura. Ao mesmo tempo, para talvez quebrar essa hegemônia alguns artistas façam obras onde o que seria chamado de grotesco (desajeitado, feio e exagerado) se torne o ponto de trabalho.
     
Em certos periodos esse grotesco pode se transformar em um estilo que poderia ser visto, e porque não, virar um padrão de beleza. Foi assim com as esculturas gregas que retratavam monstros mitológicos ou as gargulas que eram motivo de decoração nas igrejas góticas do sul da França.
Um movimento que apoiou o exagero e o aparentemente feio foi o Barroco. Os atlantes colocados em colunas junto com arabescos e motivos florais pintados de ouro contrastava com anjos e santos pendurados em altares que mais pareciam miniaturas de palacios no interior das igrejas.

Os motivos florais e o excesso de brilho iriam se fortalecer no Rococó e nas operas.
Em alguns lugares fora da Italia o feio não era tido como algo estranho. Como os pintores holandeses que precursores da pintura a óleo faziam retratos e temas em que figuras ganhavam um excesso de detalhismo levando ao grotesco. Bosch, Bruegel e os irmãos Van Aeiken  se tornaram simbolos desta forma de caracterização artistica.
  
No inicio do século XX as vanguardas európéias e o movimento expressionista e os resquicios do pós-impressionismo ditariam uma forma de expressar que desprezaria as tecnicas e formas da arte clássica vista como absolutas até então. Pintores como Marx Ernest, Frida Khalo, Kirchner e Duchamp posteriormente se uniriam aos trabalhos de simbolistas como Gustave Doré e até Goya em retratar de forma deformada o mundo e os homens.
  
Hoje o grotesco tem suas impressões no mundo do cinema de fantasia e terror em que figuras disformes saltam das telas e fascinam os espectadores.

terça-feira, 17 de abril de 2012

Exposição 2012: Napoleão e o Egito Antigo


Para os que forem ver a 1ª Bienal do Livro vale apena aproveitar o momento e dar uma passada no complexo da republica e prestigiar a exposição O Egito Sob O Olhar de Napoleão no Museu Nacional. Está exposição faz parte da coleção do Itaú Cultural, porém irá ficar no museu do dia 13 de abril até o dia 27 de maio.

Perfeita para os que apreciam história e arte, a exposição utiliza os modernos recursos de livros virtuais que permitem que o visitante possa ver as enormes enciclopédias feitas pelos estudiosos que na época participaram da expedição feita por Napoleão Bonaparte rumo ao Egito.
    
Napoleão desembarcou em Alexandria em 1798, ele tinha apenas 29 anos quando tinha feito vitoriosas investidas nas regiões da Itália em sua busca expansionista de se tornar imperador da Europa.
Na comitiva de cientistas e historiadores que foram com Napoleão estavam o zoologo Étienne Geoffroy e o inventor Nicolas-Jacques Conté e também, o artista Dominique Vivant Denon.
Utilizando gravuras, o grupo expedicionário de Napoleão levou para a Europa inumeras informações sobre o Egito antigo como o zodiaco egipcio, os templos de grandes faraós como Rammsés III e os trechos pictografados da famosa Pedra de Rozeta.

Tudo isto está no Museu Nacional e para nós brasilienses que não temos muitas oportunidades de vermos obras etnológicas, vale apena ir com a familia, amigos e alunos curtir tão importante evento.

segunda-feira, 16 de abril de 2012

1ª Bienal do Livro em Brasilia e a Greve dos docentes


Não existe um evento mais importante que esteja ocorrendo em Brasilia  do que o 1ª Bienal do Livro e da Leitura. Este evento sempre ocorreu em outros lugares como o Rio de Janeiro, São Paulo e Alagoas. Em São Paulo, por exemplo, ele está em sua XVI edição. Como a nossa cidade somente tem 50 anos, ainda temos muito o que percorrer para chegar onde São Paulo chegou.
    
De toda forma só em poder ver de perto nomes nacionais e internacionais que estão fazendo a nossa literatura contemporânea mais rica já vale sair de casa. Quem está acostumado com as feiras do livro que ocorrem todo ano, vai se sentir em casa com as estandes de muitas livrarias vendendo livros de todo gosto e preço. Notei principalmente que existe a presença de muitas livrarias vindas de fora, o que pode servir como termometro para medir como vai o gosto dos brasileiros em quesito livro.

Não pude ficar para assistir nenhuma palestra dos autores chamados para o evento, mas percebi com a greve dos professores das escolas públicas um ponto de analise de nosso país. Não deixa de ser irônico no dia do evento que celebra a leitura termos muitos professores e alunos fora das salas de aula. Não quero tomar partido de ninguem, contudo temos que fazer a seguinte reflexão:
-Como podemos comemorar um evento tão bom com escolas públicas tão destruidas e professores tão mal pagos?
-Como podemos assistir calados que o nosso país (que almeija estar entre as maiores pontencias mundiais) ter o menor indice de leitores da América Latina?
-Como ficar acomodado em ver que a classe C consegue comprar uma TV de plasma ou financiar um carro, mas não consegue interpretar um artigo de jornal de domingo, provando ter a leitura como ponto não importante em sua vida?
Enfim, como podemos sentirmos satisfeito com o que conquistamos se ainda temos muito o que fazer na educação deste país?
     
O desemprego ainda é grande em nossa capital federal. Temos milhares de jovens se envolvendo em crimes e drogas e muitos deles vem das regiões periféricas de Brasilia. Cada vez mais os empregadores exigem maior qualificação e escolaridade de seus futuros empregados. As provas de concurso público estão cada vez mais dificeis e exigindo maior capacidade de interpretação do candidato.
   
É aí que a base de estudo se torna cada vez mais importante. Muitos alunos não conseguem escrever uma redação ou interpretar um texto. Estes mesmo alunos irão mais tarde procurar trabalho e não encontrarão vaga por não terem investido mais em ler livros e se informar corretamente. Muitas pessoas reclamam do preço do livro no país, dizendo que é muito caro comprar um livro ou dedicar dez minutos para ler alguma coisa.  Quantas coisas superficiais as pessoas compram sem pensar e ainda assim preferem continuar desinformadas e analfabetas?


segunda-feira, 9 de abril de 2012

Sessão Vitrola: Rock Industrial

Hoje nossa postagem da Sessão Vitrola  é dedicada ao Rock Industrial, ou Metal Industrial ou mais ainda o Crossover. Com tantas definições muitos podem até achar complexo ou desconhecido este estilo musical, mas com toda certeza devem ter ouvido em alguma trilha de filme como Matrix ou Corra Lola, Corra e Spawn.
Considerado um sub-gênero dentro da música eletrônica e por muitos considerados uma especie de punk moderno ou gótico dançante; o Industrial é uma junção do rock mais pesado ( death metal ou o metal tradicional ) com elementos de experimentalismo eletrônico.
Tendo origem nos anos 70, depois que bandas de pop eletrônico como Depeche Mode e New Order ficaram famosas, muitos musicos e artistas começaram a pensar em novas junções de músicas feitas em computadores e sintetizadores com outros ritmos e melodias musicais. O surgimento dos clubes e boates norturnas começaram a criar tribos com roupas e trejeitos especificos e muitas delas misturavam roupas e atitudes de tribos já conhecidas, como os cyber punks (junção do punk rocker com o fã de musica eletronica) e o new gótic ( junção de gótico ou amante do death metal com o fã de musica eletrônica).
Muitos considerados improvaveis, estas junções deram origem ao que se chama hoje de Rock Industrial ou simplesmente de Industrial. O tema das músicas de Rock Industrial é geralmente sobre o descaso do ser humano com o mundo e sua entrega cega a tecnologia moderna. Muita gente pode achar contraditorio as vezes um estilo que usa baterias eletrônicas, Pic up's de Dj, guitarras distorcidas e teclados como um manifesto contra a tecnologia. Pois é, as letras dos rockeiros industriais fazem citação as duas grandes guerras e a intolerancia do nazismo e o pessimismo diante da modernidade que gerou a bomba atômica e a pobreza nas grandes metropoles.
Não é atoa que a maioria das bandas de rock industrial vem da Alemanha, Reino Unido e Noruega. Estes paises conheceram de perto os conflitos armados da 1ª Guerra Mundial.
Bandas como Hammstein (Alemanha), Nine Inch Nails (EUA), Ministry (EUA), Skinny Puppy (Inglaterra) e até mesmo os precursores como Front 242 (Noruega) são a nata deste estilo dançante e ao mesmo tempo pesado!

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Sessão Papo Cabeça: Salvador Dalí e Combates

Retorno com a nossa sessão de leitura. Desta vez resolvi destacar duas coleções que os amantes da literatura vão gostar. Uma destas coleções já foi lançada ha uns três anos, o que poderá gerar uma corrida em sebos ou bancas que costumam vender obras perdidas. De toda forma quem gosta de arte e história não vai ter do que reclamar.

As Grandes Batalhas da História, Editora Larousse, 2009.
A editora Larousse se especializou em lançar coleções que contam de maneira divertida e muito instrutiva os principais marcos da história. Na postagem anterior eu falei da coleção das Grandes Invenções criadas pelo homem (coleção, aliás muito recente). No caso vou falar de um coleção que foi lançada ha uns três anos, mas que costuma ser relançada pela editora. A Coleção As Grandes Batalhas da História (2009) conta a relação do homem e da cultura através de inumeros combates que entraram para a história. Com o prefácio do professor de antropologia e estudos sociais, Stéphane Audoin-Rouzeau, o leitor poderá saborear de maneira interessante e com farto material de imagens as guerras travadas por grandes generais como Alexandre, O Grande; Dario III, Hamsés e Gengis Khan.

Como são em três fasciculos a coleção acompanha das batalhas do Egito até a Guerra do Iraque.

Coleção Os Grandes Mestres, Editora Abril, 2011.
Muitas editoras costumam lançar coleções sobre mestres da pintura e da música. No caso da Editora Abril, a Coleção Grandes Mestres já é muito conhecida dos leitores. A sua primeira versão foi nos anos 70 e agora é relançada em 2011 com capa especial e textos atualizados sobre os artistas que fizeram a história da arte. Eu estava lendo até pouco tempo o catalogo que fizeram do Salvador Dalí e ficou muito bom.

 Logicamente que muitas obras ficaram de fora. Contudo, o texto tendo como autor o critico de arte Alessandro del Puppo é muito rico em informações sobre o pintor espanhol. Outros artistas que a coleção dispõe são: Leonardo Da Vinci, Van Gogh, Monet, Michelangelo, Picasso, Rembrandt, Gauguin, Toulouse-Lautrec, Botticelli e muitos outros. O papel é de qualidade e para um catalogo de um artista que geralmente custa muito a coleção está com o preço de 17,90 R$ nas bancas.

terça-feira, 3 de abril de 2012

A Arte de Desenhar 3: Desenho à Carvão


Voltei com uma postagem voltada para o desenho. Nas outras postagens anteriores eu falei de desenho à lapis e o uso das canetas esferográficas. Agora eu vou falar um pouco do desenho feito à carvão.
Logicamente a tecnica à carvão já era utilizada pelo homem desde os tempos das cavernas. No  paleolitico superior percebe-se que o uso de carvão e minerais, além de gordura e sangue animal ajudam o homem a expressar em forma de desenhos tudo o que ele via na natureza.

Sem a descoberta do uso do carvão o homem não inventaria posteriormente o lapis grafite tão popular e indispensável na escrita e no desenho. Como nos dias de hoje se pode trabalhar com a tecnica do carvão em desenho? Bem sabemos que o carvão se esfarela em contato com a superficie dura. Para impedir que o pó do carvão se perca ou borre após o desenho concluido, deve-se usar um fixador daqueles usados pelas mulheres para o cabelo.

O laqueado prende o pó do carvão na superficie e assim o desenho ficará por mais tempo na folha de papel ou na tela. Um outro dado a saber é que nos tempos da Idade Média até a Renascença o uso do carvão em esboços muitas vezes vazava pela tela antes da pintura. Assim os artistas passavam uma camada de gesso na tela e só posteriormente usavam o carvão para desenhar sobre ela.
Deixo como exemplo alguns trabalhos feitos por mim durante uns bons tempos em que utilizava esta tecnica: