domingo, 30 de outubro de 2016

III Bienal do Livro, Jogos Mortais e assuntos afins

Ola meus amigos do outro lado da máquina! Estou de volta para falar da Bienal que termina dia 30 de outubro em Brasília. Também vou aproveitar e mostrar um trabalho de um baita artista que conheci e claro, falar de um tema polêmico.

Vou começar mostrando o trabalho de um de meus alunos na qual eu dou aula. O seu nome é Felipe Cirqueira, ele está na 6ª série da EJA. O cara me surpreendeu ao mostrar um de seus trabalhos feitos à lápis. Ele domina muito bem a técnica do hiper realismo ( a arte de reproduzir fielmente uma pessoa). Lógico que ele ainda tem muita coisa que aprender como eu e todos os artistas em geral. Talvez, se ele começar a fazer degrade com varias pontas de lápis seu trabalho chegue a perfeição que ele tanto almeja. De certo eu vejo, estar diante de um promissor e grande artista (p.s: se você quiser mostrar o seu trabalho meu amigo de blog pode também enviar uma imagem do que você faz. Não tenho problema nenhum em divulgar o trabalho de outra pessoa) Ok!
A BIENAL DO LIVRO DE BRASILIA

Faz um bom tempinho que eu não ia a feira do livro ou a bienal, os afazeres do dia a dia e a grana curta e os difíceis calendários destes eventos e toda a burocracia do processo (antes sabíamos que a feira do livro e a bienal ficavam no final do ano, mas com tantas mudanças de lugar onde ocorriam ficou difícil acompanhar a coisa toda).
Neste ano a feira do livro não foi no Pavilhão do Parque da Cidade e a bienal também não foi realizada em seu lugar de costume, a Esplanada. Parece que a crise financeira e o gerenciamento confuso dos governantes contaminaram até eventos culturais importantes para a cidade.
Enfim, a bienal ocorreu no estacionamento do Mané Garrincha, bem do lado de um dos eventos mais legais da cidade: o Porão do Rock! Assim quem pode curtir a sonseira das guitarras e depois pode ler um bom livro para descansar a mente.

Os estandes ficaram bem localizados e tinha muito sebo para quem não podia desembolsar R$ 120, R$ 145 de livros mais parrudos de conteúdo e muito mais caros. O bom deste tipo de evento é que serve para toda a família, vi muitos pais aproveitando a oportunidade para apresentar aos filhos obras famosas como 'Pequeno Príncipe', ou os contos de Esopo.
É bom a molecada poder ter acesso a informação e diversão sem precisar da internet o tempo todo. Também dá para viver sem precisar ficar caçando pokemons por ai. No fim , vi uma foto que quase me fez chorar de emoção: colocaram na entrada uma estátua do icônico Dom Quixote de Cervantes, sentado em uma cadeira e lendo um livro. As pessoas aproveitaram para fazer selfs ao lado da figura.

Sai do lugar com monte de sacola cheia de historias em quadrinhos e livros que queria comprar. Minha estante está ficando pequena, mas o vicio de ler não quer me largar ora!

A POLÊMICA DOS JOGOS MORTAIS
Não faz nem uma semana e todos os noticiários informaram a triste noticia de um garoto de 12 anos que cometeu suicídio em seu quarto devido a uma brincadeira depois de perder em um jogo online. Muito gente comentou e falou o que devia e até o que não devia sobre o menino. Na nossa internet desde chacotas a lagrimas foram expostas sobre o assunto.
Mas, a verdade é que a realidade em que estamos vivendo é muito mais complexa. Suicídio ente jovens não é nenhuma novidade infelizmente, em nosso meio. desde o inicio de 1900 para cá o crescimento de jovens que perdem a vida por ato suicida cresceu exponencialmente.
Muitas as vezes estes jovens que perdem a vida prematuramente sem a qualquer intenção de se matar. Quem não conhece algum menino que já faleceu após tentar cumprir o desafio de ir até o fundo de um corrego perigoso? Ou o caso de pais que deixam armas em casa e a criança encontra e para se mostrar aos amigos resolve brincar de roleta russa? Adolescentes que perdem a vida na busca da adrenalina em rachas de automóveis?
A vontade de pertencimento, de querer ser notado ou mostrar a sua importância para os demais pode ser que leve a tais atitudes loucas e que sempre terminam de forma desastrosa. Os pais deste menino nunca imaginariam que perderiam seu filho tão cedo e por causa de um simples jogo eletrônico.
Não quero culpar o jogo (o jogo não foi causador da morte) e sim as brincadeiras de desafios que os próprios jovens se impõem para mostrar sua força, coragem e inteligência. A meios mais prudentes de mostrar tais virtudes e que parece que as nossas crianças não conhecem.