domingo, 28 de agosto de 2016

Transformando Manequins em Objetos de Artes


Ola meus guerreiros modernos da internet, estou de volta para mostrar mais um trabalho de arte. Tive a oportunidade de expor algumas de minhas obras recentemente (se você acredita e persiste uma hora a coisa rola) em um lugar bem bacana.
O mais legal é que pude mostrar uns trabalhos bem recentes junto com uns mais antigos (quem me acompanha no blog ha um bom tempo percebeu que meu trabalho gira em torno de esculturas de durepox e desenhos e pinturas surrealistas).
No caso eu mostrei umas esculturas feitas de manequim de loja. Tentei pegar esses seres inanimados e dei uma cara surreal. Na verdade foram os primeiros surrealistas em 1917 que descobriram que poderiam usar as manequins como suporte e tema de obras de arte.
Como eu não escondo nada, mostro como fiz uma de minhas ultimas obras:

1-para esta escultura usei um manequim de plastico estilo dorso feminino. Também usei um telefone de mesa estilizado (pertencia a minha mãe) em formato de boca, na hora me lembrei do Salvador Dalí. Usei para colorir tinta acrilica, tinta para tecido e tinta guache. Por ultimo arrumei uma dessas próteses dentárias para realçar a surrealidade da obra;

2- cobri o manequim com pedaços de jornal e cola (assim quando eu pintasse o manequim ficaria melhor);

3-pintei o manequim em duas cores diferentes;

4-enquanto a tinta do manequim secava eu customizava o telefone em formato de lábios junto com a prótese dentária usando durepox;

5-juntei tudo e formei uma criatura surreal para a minha exposição.
Espero que gostem do meu trabalho deixo de amostra mais esculturas feitas com manequim como suporte e desde já agradeço aos que compareceram a minha primeira exposição.

domingo, 14 de agosto de 2016

Sessão Nostalgia: Quando Drácula era personagem de quadrinhos.



Recordar é viver! Essa frase que soa clichê tem todo um sentido quando eu me deparo com algo da minha infância: já chorei diante de um velho carro Galax antigo, já voltei a infância brincando com um playmobil que vi em uma loja de antiguidades, e me emocionei em um sebo ao encontrar antigas edições de revistas como Manchete, Veja, Globo Ciência, quadrinhos do Fantasma, Tex...
Mas sempre tem algo que você ainda achava que não encontraria novamente até que... Estava eu dando uma olhada na velha banca de jornal da Rodoviária quando me deparei com o Senhor das Trevas, sim, o cramunhão que deixava muito moleque morrendo de medo com os filmes antigos da TV, Drácula!
Faz um bom tempo que a Marvel tem relançado antigas edições de forma comemorativa. E isso é muito legal, ainda mais que a molecada que está acostumada com as revistinhas colorizadas por computador pode apreciar antigos mestres da tinta nanquim que ilustravam estas jóias raras. Basicamente estou acompanhando a 'Coleção Marvel Terror' que teve o Motoqueiro Fantasma como um de seus lançamentos.


Agora estou correndo atrás de montar a minha coleção da 'Tumba do Drácula', revista que eu conheci quando tinha uns dez anos. Cara... pensar que eu lia as revistas do Drácula debaixo das cobertas e ainda tinha pesadelos depois de ler. Parece coisa de maluco mas eu adoro sentir medo. Na época as revistas do Drácula da Marvel eram distribuídas no Brasil pela editora Bloch ( a mesma editora que me apresentou aos quadrinhos dos Trapalhões e do Espectroman).

Na década de 80 tinha tanto filme de vampiro que superava as produções de Jason e Fred Krueger. Na Bandeirantes passava o 'Cine Trash' apresentado pelo Zé do Caixão e na Globo tinha na madrugada de domingo 'A Casa do Terror', dois horários de filmes totalmente dedicados as películas de horror.
Sempre passava um filme de vampiro e o Drácula sempre era o protagonista (ainda não tinha esse lance de vampiro que brilha no sol e usa gel no cabelo). O monstro assustava porque ele era cínico e dissimulado. Se fingia de bom moço e ai na hora H sempre pegava a moça virgem do filme.




No fundo todo moleque queria ser o Drácula e pegar as minas. De certa maneira o personagem ganhou um ar machista e cruel com as mulheres. Praticamente ao lado do James Bond, o Drácula virou uma espécie de macho alfa que passava o maior tempo tratando as mulheres como objeto. Os tempos mudaram...
No mundo de hoje, dificilmente um filme ou gibi do Drácula não seria alvo de criticas severas por parte do público feminino (e com toda razão).
Enfim, fiquei de toda forma emocionado ao ver as revistas do cara sendo relançadas e me impressionei que mesmo com toda a modernidade atual os traços do desenhista Gene Colan e os roteiros do Marv Wolfman me pareçam mais interessantes que muita presepada lançada atualmente. A minha obsessão por Drácula é tanta que tenho versões em quadrinhos ilustradas pelo Guido Crepax e outra pelo Eugenio Colonese, dois dos maiores quadrinista do passado.