Olá meus companheiros de blog! Antes de falar do projeto escolar de hoje quero propor uma reflexão sobre algo que me incomodou. Brasília está recebendo pela segunda vez a exposição 'Corpos Fantástico', exposição que pude conferir quando em 2009 ela estava no Park Shopping. Saber que uma exposição de tal magnitude e interessante sobre o corpo humano (e até a relação do corpo com a arte) não é todo dia que passa por aqui.
Um problema a meu ver foi transferir uma exposição importante para o shopping (mais uma vez) o Iguatemi que se localiza no Lago Norte. Enfim, para quem não mora nas imediações o deslocamento é mais difícil. Dizer que Brasilia é uma 'terra de gente de cabeça e rodas', para exaltar o número de carros que tem por aqui, não ajuda. Isto, porque a maior parte da população ainda depende de transporte público e dependendo do local acaba precisando de duas conduções.
O que estou tentando dizer é que, uma exposição como a 'Corpos Fantástico' acaba ficando algo elitizado, e para piorar, tem que desembolsar R$ 45,00, para ter o prazer de ver a referida exposição. Para um país como nosso que está passando por uma recessão (até que enfim o governo admitiu o óbvio) curtir uma boa exposição fica complicada e ainda cria uma visão de que a população menos favorecida não deveria aprecia-la. Felizmente, a capital federal ainda é um dos estados em que não se costuma pagar para ver obras de arte, isso porque, as exposições que são promovidas por bancos são pagas previamente por correntistas. Quem sabe o CCBB ou a Caixa Econômica um dia não promovem a exposição 'Corpos'.
CRIANDO UM BONECO PARA ESTUDO DE ANATOMIA
Aproveitando que a exposição 'Corpos Fantásticos' está por aqui, muitos professores aproveitam a chance para usa-la nas aulas de biologia. Uma professora da escola que leciono, me falou que queria usar na aula um boneco para fazer estudo de anatomia. Bem, um boneco de anatomia não sai barato se você for comprar em uma loja de artigos médicos.
Pensei um pouco e então tive uma ideia! Resolvi eu mesmo fazer um boneco para estudo de anatomia. Pedi uma ajuda na biblioteca com livros de ciência e pus a mão na massa. Ensino agora para vocês como fazer um OK!?
1-Peguei uma velha enciclopédia de estudo do corpo humano e depois de muito procurar encontrei uma ilustração de dois ângulos diferentes de um corpo humano.
2-recortei os dois corpos com uma tesoura. 3-criei um esqueleto feito com canudos de jornais
4- depois recobri o esqueleto com as ilustrações criando assim um boneco tridimensional do corpo humano.
5- depois fiz um pedestal com base de papelão e com sobras de um canudo de jornal colei no centro.
6-Colei o boneco no canudo e assim ele pode ficar de pé. Dei o boneco para a professora e ela utiliza em suas aulas com os alunos. Agora os próprios alunos farão os deles. Caso não consiga a ilustração de um livro pode baixar na internet onde existem milhares de imagens do corpo humano.
Olá meus amigos de blog! Trago para vocês a confecção de um jogo que é bastante lúdico e conhecido por muitos educadores. Estou participando de um projeto interdisciplinar na escola em que leciono. Trata-se de construir uma Torre de Hanói.
O grupo docente me encarregou de faze-lo com algumas turmas para um campeonato. Como gosto de xadrez e outros jogos de desafios eu topei na hora. Para fazer este jogo optei por usar materiais simples no lugar da madeira (ainda mais que as crianças pequenas não possuem noção de marcenaria).
Para quem não conhece o jogo de Torre de Hanói consiste de um quebra cabeça desenvolvido pelo matemático francês Edouard Lucas em 1888. Atribui-se que o jogo também tem origens milenares e ligados inclusive a mitologia Hindu. Enfim, o jogador tem uma base com três pinos dispostos e em um deles um grupo de anéis coloridos que vão do maior até o menor em ordem progressiva. O jogo consiste em transportar os anéis para os outros pinos formando uma torre sem que o anel maior fique ao final encima dos menores. O número de anéis vária (pode ser no mínimo três até oito anéis).
Para fazer o jogo com meus alunos precisei dos seguintes materiais:
-uma caixa de papelão como base (pode ser aquelas embalagens de lasanha ou caixa de leite, suco...)
-jornais e revistas velhas;
-tesoura;
-compasso;
-cola branca;
-papel cartão ou papelão;
1-Faço três pequenos buracos na caixa, sabendo que tem que ter uma certa distância entre eles;
2- Em um folhas de papel cartão ou papelão faço os anéis com uma regua circular ou um compasso ( os círculos devem ter diâmetros diferentes para ter uma ideia de um maior e outros menores). Para os círculos serem grossos, faça dois de cada e cole um no outro;
3- faço os pinos com revistas ou jornais velhos;
4-fixo os pinos nos três buracos na caixa;
5-pinto os círculos com cores variadas;
Pronto! está feito uma torre de Hanói com material simples. Também se pode fazer os pinos com palitos de churrasco e os anéis com tampas de vasilhame de produtos de limpeza e refrigerante.
Muita gente tem medo do escuro, mas como a Tatiana devem existir poucos. Desde criança a moça já tinha dificuldade para lidar com o escuro. Costumava não conseguir pregar o olho e quando podia, pedia para que sua mãe deixasse a luz do quarto acesa.
Sua mãe dizia que ter medo do escuro era besteira e que nada poderia acontecer a ela. Ás vezes, para aplacar o medo da garotinha, a mãe zelosa cantarolava musiquinhas de ninar e até orações com anjos de proteção evocava para sossegar a filha.
O tempo passou e Tatiana já era moça feita, bonita e atenciosa. Lecionava em uma escola próxima de sua casa no Rio de Janeiro. Dava aulas para crianças do maternal e do fundamental. No serviço estava sempre disposta e alegre e até contava piadas para as outras docentes!
Contudo, era só ela chegar em casa e olhar para um quartinho que tinha e que estava escuro e desocupado, que a moça começava a mudar a face de alegria para a preensão. Não conseguia se dedicar ao diário escolar, e nem ao planejamento das aulas. Tampouco conseguia assistir a TV. Seu pensamento viajava em torno do quarto escuro e que insistia em lhe por medo.
Mas o que havia de tão assustador no tal quarto? Nem mesmo a Tatiana sabia. Sem ter coragem de ir até ele, a garota ficava somente em sua imaginação pensando em como ele era. O medo do recinto era tão grande que a moça dormia na sala em um sofá pequeno e desconfortável. No outro dia acordava toda dolorida, mas parecia estar mais feliz por não ficar dentro do quarto escuro. De tanto dormir de luz acesa na sala a professora, que já não ganhava muito, teve que desembolsar quase R$ 400,00 de luz !Mas Tatiana parecia não ligar, desde que não dormisse no tal assustador aposento de sua casa.
Um dia ela chegou bem cansada das aulas. Estava doida para tomar um banho e quem sabe dormir mais cedo em sua sala. Mal entrou no banheiro para tomar uma ducha quente e POW! Acabou a luz na rua em que ela morava.
Pelo jeito o pessoal da companhia de energia deixou a manutenção dos postes mais uma vez de lado, pensou irritada a moça que estava com o corpo todo ensaboado. A raiva de estar com o corpo cheio de sabão só não aumentou porquê Tatiana viu que tudo estava escuro.
O breu que tomava conta de tudo estava lá e não mais no quartinho que a professora tanto evitou encarar.A moça começou a tremer, primeiramente por causa do corpo estar molhado e em seguida pelo medo quase fóbico da falta de claridade. Olhando para todos os lados com os olhos arregalados e com pouca visibilidade, Tatiana tentava não se mover ficando quase como uma estátua. Contudo, quanto mais ficava imóvel, mais o medo crescia e a moça já começava imaginar coisas horríveis vindo em sua mente.
Poderia uma criatura, um bicho papão, sei lá vir me pegar. Dizia a moça para si mesmo. O tempo passava e nada da luz voltar nas casas. Desafiando o medo começou a tatear o banheiro e com ressalva conseguiu sair dele. Mais um pouco e tocando e andando de forma atenciosa percebeu que estava na sala. Nunca a sua casa pareceu tão diferente.
O objeto macio denunciou que era o sofá vermelho que comprara ha um ano. Sentiu uma coisa sólida bater em seus quadris redondos e viu que se tratava da estante que continha os seus livros e bibelôs. Mais segura e vendo que nada acontecia para dar temor, Tatiana, continuou a sua viagem estranha por sua casa. De repente teve uma dúvida.
Estou indo para a cozinha ou para o quarto? Pensou por um momento. Se estivesse indo para a cozinha poderia trombar no fogão ou no armário. Com certeza derrubaria as panelas e até quebraria uns pratos que comprou com muito custo. Mas e se... for o quarto escuro e sinistro? Só o pensamento provocou calafrios na espinha da moça que já estava com o corpo seco. Poderia ter algo lá que fosse tão ruim assim?
Tatiana sabia que como já estava imersa na escuridão o que tivesse de ocorrer não poderia fazer nada para impedir. Com o corpo tremulo seguiu em frente. Foi andando com cautela e com as mãos esticadas para evitar bater em algo. De repente um estalo se ouviu. Tatiana parou e tentou localizar de onde vinha o som. Olhou para o alto e para a frente e não conseguia diferenciar nada. Estava cega! Continuou a andar e então sentiu pisar em algo molhado. Não sabia o que era, mas a incomodava. Continuou a andar mais um pouco e então ouviu um outro estalo. Desta vez percebeu que este barulho veio do teto.
O teto da casa era alto e ha pouco tempo a professora tinha mandado consertar um telhado que estava quebrado. Será que foi alguém que jogou uma pedra? Todo pensamento absurdo passou pela sua cabeça para justificar o estranho barulho. Tatiana continuou a andar. Alguma coisa tocou o seu tornozelo. parecia algo pontiagudo. A moça começou a ficar assustada e logo começou a pensar que poderia ter baratas ou outro animal peçonhento no lugar. O soluço e um início de choro começou e Tatiana se desesperou.
Será que é uma aranha cabeluda? Odeio aranhas! E se for uma maldita barata cascuda? Como eu tenho nojo de barata! Tatiana xingava baixinho com medo do animal peçonhento ouvir e atacá-la. No meio do temor lembrou dos tempos de menina em que não conseguia dormir por causa do armário que tinha em seu quarto: era grande. Grande o suficiente para caber alguém como o bicho papão.
De repente um chiado e uns estalos se ouviram novamente. A garota percebeu que o som vinha de algo a sua frente. Onde está a minha lanterna que comprei no ano passado? Pensou enquanto ouvia o estalo que parecia estar mais próximo dela. Duas luzes então apareceram diante de sua frente. Tatiana prestou atenção e parecia algo um par de olhos. Sera um gato? Pensou quase que aliviada. Achando que era um bichano começou a chamar como quem já criou um. Porém, o animal não se manifestou.
Quando menos se esperava a luz da cidade voltou. E para a surpresa e temor de Tatiana, o estranho animal a sua frente era uma ratazana. Não um roedor qualquer, mas um bicho enorme maior que um cachorro pastor alemão! A moça deu um grito que poderia ser ouvido por toda a vizinhança. O monstruoso bicho a atacou.
Depois desse dia nunca mais Tatiana foi vista nas redondezas e nem mais na escola em que lecionava. Muitos consideram que o rato gigante não passa de uma lenda urbana contudo, tem gente que já viu e sobreviveu ao ataque do monstro!
Muito se discute em como as mulheres ainda não possuem um real reconhecimento na arte como os homens. Basta ler qualquer livro de História da Arte e percebe-se que todo o protagonismo artístico é direcionado para o público masculino. Para cada Artemisia, Frida Khalo e Tomie Ohtake, existem Leonardo Da Vinci, Miguelangelo, Caravaggio, El Greco, Rodin, Salvador Dalí, Picasso, Niemeyer, Pollock... é como se existisse somente uma nação de machos fazendo a arte em detrimento de poucas fêmeas!
Usar o termo macho e fêmea, pode parecer grosseria. Contudo, existe uma real verdade. Inúmeras explicações já foram utilizadas (desde de teorias evolucionistas e até psicológicas) para justificar o protagonismo masculino não somente na arte mas, também, em outras situações sociais.
Para os cientistas evolucionistas, a formação inicial dos primeiros grupos humanos explicaria tal fenômeno: os homens ficaram na obrigação de caçar e por isto, criaram as armas de ataque e defesa; como viviam em campo os homens começaram a dominar territórios e elaborar estratégias de controle e dominação. Para as mulheres ficaram a função (mais que difícil) cuidar e alimentar as crianças e cuidar do abrigo. Também, foram elas que começaram os primeiros trabalhos artísticos confeccionando potes e utensílios domésticos e estéticos.
É estranho que mais tarde essa função de confecção de trabalhos de arte ficasse associado aos homens (uma das muitas teorias seria que no período primitivo os seres humanos começaram a fazer pequenas estatuetas de figuras humanas, mais especificamente de mulheres, e para muitos seria mais natural que os homens fizessem esculturas de seu sexo oposto do que as próprias mulheres retratando a si mesmas).
As diversas estatuetas de figuras femininas seriam na verdade, uma espécie de admiração que os homens tinham pelas mulheres e até, por que não?! uma suposta idolatria.
Mesmo assim, tal teoria abriria campo para mais discussão sobre as diferenças de gêneros. Quantos cientistas não propagaram conceitos preconceituosos de que o cérebro da mulher era menor que o do homem? Depois de todos os estudos neurológicos sabe-se que a plasticidade cerebral tanto de homens como de mulheres possuem uma mínima diferença. Todavia, essa mínima diferença ainda gera acaloradas brigas entre eles e elas.
Dizer que a mulher possui um censo de detalhe e maior característica para o emocional, enquanto o homem é mais objetivo e racional não é de todo comprovado. Existem tantos homens que usam sua sensibilidade quanto existe mulheres tão racionais. Talvez a culpa resida na formação cultural e social dos indivíduos. As crianças não nascem com conceitos simbólicos de arte. Nenhum menino sabe que a 'cor' de um homem seria azul. Há não ser quando ele cresce e percebe as cores da parede do quarto e os pais falando sobre isto o tempo todo. O mesmo ocorre com as meninas e sua obsessão à cor rosa.
Colocando um pouco de lenha na fogueira comparo dois artistas para ilustrar uma suposta diferença: se olharmos para os trabalhos da pintora mexicana Frida Khalo e Salvador Dalí, dois expoentes da pintura surrealista, vemos uma enorme diferença de como tratam do tema do sonho e o simbólico. Enquanto, Salvador Dalí realizava uma pintura extremamente técnica (fruto de estudos acadêmicos) e também cheio de repertórios na qual o próprio pintor se plagiava em suas obras de forma meticulosa (relógios derretendo e a paisagem desértica eram quase um padrão em seus trabalhos); em outro extremo, Frida Khalo pintava de forma autônoma ( seu pai era fotografo e ela pintava como um hobbie sem um estudo acadêmico como base, mesmo antes de conhecer seu futuro esposo Diego Rivera). Suas obras são emocionais, e cheia de cores escuras e linhas grossas e muitas cores fortes. Sem ter o hiper realismo como base, sua arte é mais solta e mais emocional e pura ( como a própria Frida dizia ela não era surrealista e sim, realista!).
Em suma Salvador Dalí, seria a primeira vista mais voltado para a técnica do que para o emocional e mesmo as suas pinturas mais fantasiosas seriam fruto de um estudo racional e muito, muito planejado. Enquanto Frida Khalo é mais autentica com seus sentimentos não se importando tanto com técnicas classicistas e hiper realistas. Diria até mais honesta.
Enfim, o que importa é que são obras de arte e a arte não tem um gênero!
Meus caros companheiros de blog. Mais uma vez retorno com a nossa Sessão de Literatura, para mostrar o que se pode adquirir nas livrarias, sebos e bancas de jornais. Desta vez trago um livro muito controverso e quadrinhos super interessantes:
Obras de Arte para Colorir, Marty Noble, editora Universo dos Livros, 2015.
Seguindo a onda dos livros de pintar que viraram fenômeno de vendas. O obras de Arte é um livro com desenhos inspirados nas maiores pinturas dos grandes museus mundiais. Desde a famosa Monalisa de DaVinci, passando por Jean-Antoine Watteau e Van Gogh. O livro como diz na capa tem a função terapêutica de combater o estresse. Para quem gosta de pintar e se distrair ouvindo música numa boa!
Testemunho dos Deuses, Erich Von Däniken, editora Idea Editora, 2013.
O jornalista suíço Erich Von Däniken continua com a sua saga pessoal de provar ao mundo que as mais antigas civilizações tem um pezinho na cozinha dos alienígenas. O seu primeiro Livro 'Eram os DeusesAstronautas?' se tornou um best seller em 1969. Depois deste livro Däniken ainda escreveu 'A História Está Errada' e 'Crepúsculo dos Deuses'. Em Testemunho dos Deuses, o jornalista utiliza mais de 50 fotografias coloridas registrando várias obras feitas no período primitivo da humanidade e usando-as para provar a sua teoria de que os antigos deuses eram na verdade seres do espaço que visitaram e até criaram obras misteriosas pelo planeta. Para quem gosta de estudos ufológicos é prato cheio!
As Mais Belas Fabulas: O Reino Oculto, Bill Willingham, Inaki Miranda, Panini Comics, 2014.
Para quem não acompanha as séries da linha Vertigo (o selo adulto da DC Comics) As mais Belas Fábulas é uma viagem e tanto. Trata-se de um projeto escrito por Lauren Beukes e Bill Willingham e com desenhos de Inaki Miranda. Imagine os contos de fadas retratados de forma moderna pelas personagens como Rapunzel, A Bela Adormecida e outras, como se vivessem em nosso mundo real. Pois é, As Mais Belas Fábulas é bem humorada, sensual e divertida chegando a ganhar inúmeros prêmios pela qualidade das histórias e desenhos. Para quem não curte as tradicionais estorias da carochinha.
iZombie vcVampire,Chais Roberson, Michael Allread, Panini Comics, 2014. Gwen Dylan é uma garota esperta e bonita, porém ela tem um problema: é um zumbi! Para sobreviver ela visita um cemitério de uma cidadela norte americana e passa o tempo comendo cérebros de cadaveres.
Para piorar ela tem que enfrentar uma vampira vingativa e lidar com um caçador de vampiros e um garoto que na lua cheia se torna um cachorro-homem. Cheia de humor iZombie vc Vampire é um quadrinho que chama atenção de suas histórias ( os elogios e sucesso no exterior é tão grande que o gibi virou uma serie de TV). Mais um quadrinho da Vertigo na área.