sexta-feira, 26 de abril de 2013

O Museu Mais Freak do Planeta

Dizem que uma imagem vale mais que mil palavras, pois bem deixarei que vejam e digam o que acham destas imagens.

Nesta pequena exposição estão os trabalhos de artistas que uma forma ou de outra retrataram um mundo de forma nada convencional. Desde Hieronymus Bosch, passando por Archimboldo, até Francis Bacon e o cinema de terror espanhol de Guilhermo Del Toro, vemos um mundo que transita entre a realidade e a fantasia. No fim, temos o encontro mais inusitado um trabalho realizado por Walt Disney e o pintor surrealista Salvador Dali em 1941, porém somente agora pode ser apreciado pelo público.


quinta-feira, 25 de abril de 2013

Música nas Escolas: ter ou não ter, eis a questão.


E aí companheiros! Depois de um bom tempo sem falar com vocês volto com novidades. Neste momento estou em um projeto de música para crianças na escola em que estou lecionando. Sabe como é... Agora as aulas de artes também devem contemplar a disciplina de música. O que eu acho interessante se não houvesse algumas ressalvas.

 Como dar aulas de música se a grande maioria dos docentes em artes tem mais formação em plástica e teatro? Não se forma um professor de música da noite para o dia, será que terei de ter um diploma de especialização em música? Muitas escolas e educadores defendem que o professor de música apenas dê aulas básicas de coral e transforme a aula em recreação, de toda forma mesmo que seja assim o professor deve ter um embasamento na area para não parecer um êngodo! Penso que existe muitos profissionais de música capacitados e que poderiam ter a grande chance de darem aula nas escolas e não sobrecarregar o professor de artes plásticas e teatro como estão fazendo.

Espero que a valorização da música em sala de aula seja para icentivar a juventude que cada vez mais precisa de novos parametros de vida e assim não se deixarem levar pelo perigoso caminho das drogas que cresce cada vez mais nas portas das escolas.
Imagine jovens aprendendo não só sobre Beethoven, mas também sobre as novas tecnologias que são usadas na música ( poderiam compor músicas de Hip Hop, techno, rock, samba....). Bastariam somente de ter um local ideal ( sala com proteção acustica e um pequeno estudio) e pronto teriamos muitos alunos tendo o que fazer em momentos ociosos e não se deixando levar pela criminalidade. Além de que, com a música os jovens poderiam expressar melhor as suas ideias sobre matérias escolares e diminuiria a violência entre eles.

É uma pena que o governo prefira gastar milhões com construções de presidios e manter criminosos na cadeia ( um detendo custa para o estado mais caro que um aluno do ensino regular !) do que construir escolas, bibliotecas públicas, museus ou dar suporte tecnico para os docentes.

O Ministério da Educação adora aparecer em programas de TV para dizer que quer dar ensino de qualidade para a população, porém não reve os salários dos professores ou realmente cobra investimento do governo para projetos como o de música que se saíssem do papel seriam maravilhosos e positivos.

segunda-feira, 8 de abril de 2013

O mito e a Verdade


Desde que o homem começou a andar pela Terra, ele procura saber a sua origem e o por quê  de sua existência. Na busca de respostas o homem criou os mitos para tentar aplacar as suas dúvidas e seus temores. A ideia de que fomos concebidos por alguem ou por um grupo de seres superiores nos conforta diante de fatos iminentes como a solidão no universo e a temivel, porém irreparável morte.
Falo sobre isto, porque sinto que na maioria das vezes a fantasia (ou mirabilia) parece nos guiar neste mundo. Estava conversando com alguns alunos da EJA há uns dias atrás- falava a eles sobre a arte e a cultura grega- e como as idealizações do mundo apolineo dos estatuários de homens e mulheres de mármore de corpos perfeitos eram como normas estéticas em nossas vidas.
Críticava as imagens dos galãs e das mocinhas de novelas e cinema como uma representação inconsciente da beleza grega que nos foi vendida como uma verdade absoluta. Uma busca que as sociedades ocidentais criaram para si e impõem para outros povos e culturas adversas.

O que mais me chamou a atenção foi falar para eles sobre os mitos gregos: os feitos de Hercules, a guerra de Tróia e histórias que para muita gente eram vista como reais e não como sempre foram metáforas ficcionais criadas pela sociedade grega para ensinar valores morais e pensamentos filosóficos.
Assim como a Caverna de Platão não é um fato real, também a guerra de Tróia tem suas fantasias. Falei que a guerra não foi motivada por uma mulher bela, e sim por fatores políticos e econômicos. Também falei que personalidades como Aquiles e Helena de Tróia eram mais personagens poeticos que seres reais e que talvez, se existiram não eram tão miticos como se via nos filmes ou no conto de Homero.
Depois me veio o remorço em ver a tristeza de muitos alunos que passaram a vida toda acreditando em mitos gregos como algo real. Aliás falar de mitologia e algo delicado, pois queiramos ou não ela esbarra em algo muito dificil de discutir : a religião.

Todo o mito acaba alicerçando uma fé e se o mito é uma invenção o que dizer então da religião? Sempre procurei falar aos meus alunos que não existe uma religião única que possa ser a verdade para tudo ( geralmente os cristão acham que somente eles sabem a verdade) e que  cada cultura e sociedade cria a fé que lhe convém melhor explicar o complicado mundo.
Aliás digo, que foi por causa da ideia de verdade absoluta que milhares de pessoas morreram em guerras religiosas durante todos estes milênios. Na ânsia de impor uma verdade que alguns 'iluminados' acreditam terem chegado, muito sangue é derramado e muito préconceito e fomentado. Não quero derrubar a fé de ninguém (quem sou eu para fazer tal coisa?!) e acredito que a verdadeira crença prega a paz e a união independente da cor, da sexualidade ou do idioma.
É comum alguem achar que só a religião do outro é que é fantasia ou loucura (mas quem pode se achar totalmente lúcido?) e que a sua é baseada em verdades irrefutáveis. Pior quando existe a demonização da cultura do outro dizendo que a crença dele é do mal e a sua é do bem. No fim o que fica é o mito!
Recentimente vi um filme bastante esclarecedor: 'As Aventuras de Pi', na qual um sobrevivente de um naufrágio conta de forma fantástica como sobreviveu no mar aberto. No fim quando termina de contar a sua versão da história o narrador pergunta se está é a verdade que a plateia que ouvir ou escutar uma outra versão. É como se mito e verdade brigassem por espaço na vida do narrador e como a sua platéia prefere o primeiro em vez do segundo. Ao final, assim como o personagem do filme, a platéia prefere o mito, pois a verdade é muito dolorosa.