sábado, 18 de agosto de 2012
Exposição 2012: Oswaldo Guayasamín
Os finais de semana em Brasilia possuem atrações interessantes para áqueles que gostam de arte e cultura. Desde do dia 11 de agosto está no Museu da Republica a exposição latino americana do pintor equatoriano Oswaldo Guayasamín, intitulada de "Guayasamin - Continente Mestiço".
São 350 trabalhos que vão desde painéis, quadros e desenhos em nanquim, aquarela e sanguinea. Além de um pequeno acervo de esculturas e imagens que retratam a cultura amerindia.
O artista que nasceu em 1919 e que faleceu em 1999 e que tem raizes da etnia quéchua, mostra em suas obras uma clara influência da arte indigena e também dos elementos modernos (pós impressionismo, cubismo e expressionismo) criando obras impares que colocaram como um dos maiores representantes da pintura na América Latina. O reconhecimento de seu trabalho era tão grande que ele chegou a fazer um retrato de Jucelino Kubtichek. O seu engajamento social e politico transparece em suas obras que retratam de forma chocante e lirica a dor dos que sofreram nas mãos de ditadores como Pinochet e Hitler e o exterminio da cultura indigena em sua terra e nas Américas.
Um dos momentos marcantes da exposição é um video que apresenta um monumento idealizado por ele para relembrar a luta dos povos indigenas na praça de Quito.
Outra exposição que está no Museu Nacional (e já vem ocorrendo a algum tempinho) e a do fotografo Daniel Mordzinski intitulada de "200- duzentos anos das indepências em duzentos retratos de escritores". Nesta exposição, Daniel Mordzinski fotagrafa escritores consagrados da America Latina e dos paises ibéricos. Pode-se apreciar os registros informais e divertidos de escritores como José Saramago, Gabriel Garcia Márquez, Jorge Luis Borges, Jorge Amado entre outros...
Ambas as exposições procuram apresentar uma América Latina contundente, marcada por revolução, luta, inteligencia e muita cor.
O Museu Nacional fica no Complexo da Republica e a exposição de Guayasamín fica até 14 de outubro.Já a de Daniel Mordzinski seria até 29 de julho, porém foi prolongado.
domingo, 12 de agosto de 2012
Jorge Amado & Caetano Veloso: Gênios do Brasil
Nesta semana que se passou Caetano Veloso comemorou 70 anos de vida e criatividade incessante. Se não bastasse isso também presenciamos o centernário de Jorge Amado. Ambos os dois gênios são baianos e com suas linguagens artisticas peculiares levam ao mundo uma imagem do Brasil, que muitas vezes conhecemos ou pelo menos pensamos conhecer.
Tendo o seu nascimento em Itabuna em 1912, Jorge Amado se tornou o escritor brasileiro mais lido do mundo (seu posto só foi batido mais tarde por Paulo Coelho) e com suas obras mostrou uma Bahia cheio de contrastes e personagens mágicos. Passou boa parte de sua juventude em Ilheus (local que se tornou cenário de suas histórias mais conhecidas como 'Capitães da Areia').
Mais tarde foi se formar em direito no Rio de Janeiro e lá participou de grupos estudantis que tinham o comunismo como lema e atuação social. Quando retornou para a Bahia conseguiu misturar o que o comunismo havia lhe ensinado com sua visão bastante peculiar do universo regional brasileiro.
Uma de suas primeiras obras a fazer sucesso a ponto de ser elogiada por Monteiro Lobato e Mario de Andrade foi 'Mar Morto' (1936). Antes disso escreveu outros livros, como ' País do Carnaval'. De seus 37 livros muitos sofreram adaptação para teatro, cinema e novela como a atual versão da novela Gabriela, exibida pela rede Globo.
Antes de falecer em 2001, Jorge Amado recebeu honrarias em varias partes do mundo onde os seus livros são públicados até hoje. E o valor de sua obra inspirou sambas de carnaval e outras homenagens aqui no Brasil.
Já Caetano Emmanuel Viana Teles Veloso se tornou um dos artistas mais conceituados do país. Nascido em Santo Amaro da Purificação em 1942, Caetano Veloso junto de Gilberto Gil se tornaram a ponta de lança do emblemático movimento Tropicalia. Começou compondo bossa nova por influência de João Gilberto (que ouvia no radio de sua casa) e tendo a sua irmã Maria Bethania como interprete de suas canções.
Sua música de grande destaque de inicio de carreira como cantor foi Alegria, Alegria. Com esta música ele participou do prestigiado Festival da Canção de Record ( foi neste período de festivais que também conheceria Gilberto Gil e Tom Zé). Os tres músicos, junto de bandas como os Mutantes e Gal Costa criariam o que seria chamado mais tarde de tropicalismo.
Nos anos seguintes da Ditadura de 64, Caetano seria perseguido, preso e exilado em Londres por sua postura critica diante dos militares e da censura. nos anos 70 retorna ao país e com músicas como London, London e reiniscia sua carreira de cantor e passa a produzir e compor discos cada vez mais antológicos.
Seus últimos trabalhos flertaram com o rock, literatura e até experimentalismo eletrônico. Contudo, sem nunca perder sua raiz nacional e bossa em suas canções.
Em meio a tanta noticia ruim de corrupção e violência em nosso país temos pelo menos dois gênios para nos orgulhar!
sexta-feira, 10 de agosto de 2012
Caravaggio: O Anjo Torto do Barroco
Existem personalidades do mundo artistico que acabam se tornando um símbolo de uma era, de um século e mesmo que ele não tenha sido idealizador de um movimento seu nome se torna a pedra angular para muitos admiradores.
É neste quesito que entra Caravaggio, pintor que se tornou o símbolo do Barroco, tanto na Itália como fora dela. Artistas como Vermeer e Velasquez, tem este homem como fonte de inspiração tecnica.
Mas quem foi Caravaggio, afinal? A recente exposição que está ocorrendo no MASP em São Paulo tenta levantar um véu (ou na pior das hípoteses colocar mais) em seu emblemático trabalho. Nascido na aldeia que adotou como sobrenome, Caravaggio, em 1571, era um pintor nômade dentro do territorio italiano: andou em Napoles, Sicilia, Roma... Com um talento promissor era bastante conhecido por seu temperamento violento (dizem que fugiu de Roma após matar um desafeto em uma taberna).
Muitos biografos ressaltam a possivel homossexualidade do artista e não quando compara-lo com outro não menos famoso Michelangelo Buonarotti (este era conhecido por seu gênio forte e por tendências homossexuais também). Em muitas analises de obras descobre-se que Caravaggio retratava-se como um estravagante Baco, outras vezes um possivel amante jovem que sempre o acompanhava aparecia como um modelo em suas obras sendo seus personagens.
O fundo escuro e a iluminação teatral das figuras em seus quadros hoje conhecido como tenebrismo, virou a marca registrada da pintura barroca. Se antes o Renascimento presava o fundo com perspectiva, e o módulo triangular para centralizar as figuras e as linhas definidas, nas pinturas barrocas ocorria totalmente o contrário.
Nas obras de Caravaggio, as figuras que apareciam em seus quadros na maioria das vezes não no centro da obra, mas nas laterais ou mais abaixo nos painéis. Muito se especula em porque suas figuras aparecem iluminadas em fundos escuros. Uma das provaveis teorias seria que o artista pintava somente sobre à luz de vela ou candeeiros em seu ateliê lugubre. De toda forma a luz aparecia sair de algum lugar determinado dava mais dramaticidade as obras.
Além de seu suposto amante, Caravaggio também usava como modelo mendigos, prostitutas e bebados o que provocava atritos com a Igreja e uma comoção no público que se identificava com mais facilidade com os personagens retratados.
Um de seus quadros mais famosos e polêmicos foi 'A Morte de Maria' em que o pintor teria usado como modelo um cadaver de uma prostituta encontrada em um rio para representar a mãoe de Jesus. Há quem veja em seus quadros homenagens veladas a Michelangelo e a Leonardo Da Vinci, como se o pintor fizesse releituras não autorizadas.
Enfim, Caravaggio é um misterio do mundo artistico a ser desvendado!
terça-feira, 7 de agosto de 2012
Sessão Quadrinhos: Universo Vertigo no Cinema
Falar de quadrinhos nunca é demais em nosso blog. Com o recente e último filme do Batman, fica mais dificil de não tocar no assunto. Agora que Christopher Nolan fechou tão bem a sua trilogia adulta e crua do Batman (adorei os Vingadores, mas os filmes recentes do Batman sempre foram o que eu esperava ver em termos de quadrinhos nas telas: inteligentes e adultos).
Esperamos agora que os novos filmes de super-heróis tentem superar em termos de abordagem, personagens vistos como infantilizados e pouco prestigiados (ainda tem muita gente que pensa que quadrinhos é coisa de criança). Eu particularmente adoraria ver um filme dos personagens da linha Vertigo para a cinema com total autenticidade! As tentativas passadas de fazerem filmes com Constantine (personagem que adoro e que deveria ter tido um tratamento melhor do que o filme de 2006 com o Keanu Reeves) e o recente os 'Perdedores' que ficou muito abaixo do esperado. De certa forma fazer um filme de quadrinhos com personagens mais densos e que resolvem tudo fora do Pow! Soc! e Pum! dos gibis tradicionais não é facil. Basta lembrar dos Watchmen (filme ótimo, mas infelizmente pouco entendido pelo público).
É nestes momentos que penso se valeria apena ver um filme do Sandman. Um dos personagens mais emblemáticos e talvez mais dificeis de levar para as telas. Criado pelo escritor Neil Gaiman em 1988, Sandman (Morpheus na mitologia grega) é um perpetuo (entidade antropomórfica que cuida do mundo dos sonhos e tenta manter junto de outras entidades, o equilibrio do Universo). No mundo de Sandman deuses e seres magicos se encontram, na maioria das vezes, para resolverem problemas dos seres humanos. Personagens como Lúcifer ( o capeta em pessoa que vive em dilemas filosóficos) e a Morte (irmã de Morpheus) vivem histórias fantásticas.
Premiado diversas vezes, Gaiman criou personagens bacanas e que literalmente deram a DC Comics um universo rico que vive independente do mundo do Batman e outros super-heróis. Series como Livros da Magia teriam enfluenciado o mundo de Harry Potter de tão interessantes. Um outro personagem bacana da linha Vertigo é o Preacher, que mesmo não tendo sido criado por Gaiman, tem um jeito narrativo muito próximo, além claro, de series como as Fúrias, Stardust (este virou filme) e a contribuição de Gaiman no roteiro do filme Beowulf (ótimo!).
Talvez o problema destes personagens é que eles não servem para vender brinquedos e outras bugigangas tão comum nos outros filmes. Em suma, eu poderia ficar horas falando de personagens bacanas da Vertigo que poderiam virar filmes legais se fossem filmados por um Christopher Nolan, ou David Fincher, mas que ficariam uma porcaria se fossem feitos por um Michael Bay.
Espero que um dia estes personagens ganhem filmes decentes.
domingo, 5 de agosto de 2012
Escrevendo Um Românce 24ª Parte: Final
CAVALEIROS E EXORCISTAS
©2012 Paulo Af.
Esta obra é uma ficção, não tem dados históricos oficiais reais e todos os personagens são fictícios, qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência.
O DESCANÇO ETERNO DE AQUILES
O sangue de Atila jorrava de seu pescoço como um chafariz de um monumento melancolico. Todo o seu liquido vermelho começou a manchar o rio. Ele começou a murmurar palavras que para mim pareciam indecifraveis. Atila se contorcia e eu apenas olhava a cena. Passado algum tempo ele finalmente se rendeu a dor e após o estremecimento... morreu!
Voltei os meus olhos então para o monsenhor Aquiles e percebi que ele ainda respirava. Ao contrario do seu oponente, o monsenhor parecia falar palavras que eu entendia. Ele clamava por Yara. Corri até ele e tentei inutilmente estancar o sangue que vetia da ferida produzida em seu peito. Enquanto eu apertava forte a sua mão ele começou a falar comigo:
- Francisco meu filho! Veja o que eu me tornei. Olhe para o futuro de todo o homem que se dedica a tirar vidas. Eu vivi pela espada e agora, morro por ela.
Meus olhos começaram a verter lagrimas. Oh Vossa Santidade! O teu maior guerreiro estava escapando pelas minhas mãos e eu não sabia o que fazer. Aquiles então voltou a falar:
- Onde está Yara? Diga para mim que ela está sã e salva.
Ohei para a sereia e pude constatar tristemente que jaz se fazia morta. Não conseguia entender como tal criataura magica e idolatrada poderia perder a vida. Fitei então o monsenhor e resolvi consolá-lo:
- Ela esta bem mestre! Assim como o poeta florentino Dante encontrou Beatriz, tu irás encontrar Yara no nono firmamento.
O mestre então sorriu e como se despedisse levantou a mão direita para o céu e como último suspiro entrengou a alma de vez para o Senhor Jesus! Comecei então a chorar como uma criança que perdera o pai. Nunca pude dizer para o monsenhor que ele para mim era mais que um pai espiritual: era antes de tudo um pai de carne e sangue que sempre desejei ter.
A dor da perda não me fez perceber a aproximação de Diana. Ela tocou em meu ombro e somente depois de algum tempo é que pude fita-la e perceber que ela também chorava pelo mestre Aquiles. Em seguida Buldica com Harpia nos braços e Fúria chegaram e poderam ver a triste cena final.
A pajé foi até a sereia e tocando o seu rosto frio começou a chorar por ela. Todos tinham perdido os que mais amavam, agora restava somente sepulta-los. Começamos então a fazer uma revista por toda a aldeia e saber quantos tinham sido feridos e quantos corpos deveriam ser recolhidos.
Depois cavaleiros e amazonas fariam os seus rituais funebres de acordo com a sua religião. Através de um pedido informal de Fúria nós sepultamos os cavaleiros em um outro local fora do território das nativas. Parecia algo indelicado, mas entendi que era necessario pela preservação do modo de vida das amazonas.
Após isso, por obrigação resolvemos reconstruir a aldeia que fora muito destruida. Neste tempo pude refletir e pensar em que rumo tomaria depois de todos estes acontecimentos.
A ÚLTIMA CARTA DE FRANCISCO
Pensei em tudo o que passamos e o que fizemos pela religuia sagrada. Conclui que haviamos feito coisas terriveis em nome de Deus e que o seu silêncio era a prova de sua decepção para conosco. Também pensei sobre a vida de monge que escolhi e se poderia mante-la se o meu coraçao pertencia a Diana. Cheguei na conclusão que não era digno de ser um casto e assim abdiquei do habito e resolvir viver como um ‘comum’ entre os homens.
Fui então a oca de Diana disposto a falar dos meus sentimentos para com ela. Vislumbrei a nativa deitada em sua rede e com os raios de sol banhando a sua pelo ocre e suas coxas e braços grossos e seu ventre delgado. Por fim, tomei coragem e fui falar o que sentia por ela. Como um menino desajeitado e timido despejei todos os meus pensamentos para ela. Enquanto eu falava como um tagarela, Diana apenas ficava em silencio. Depois que minha boca ficou seca de tanto falar ela então resolveu replicar. Na hora fiquei assustado esperando uma reação negativa, porém o que Diana fez há muito eu sonhava: ela simplesmente me abraçou e me beijou como uma amante beija o amado de forma terna e quente.
Depois disso pedi uma audiência para a pajé da tribo para pedir a sua filha em casamento. Fúria foi bastante compreensiva e permitiu que eu casasse com sua filha. Quando as folhas mais verdes tomaram conta do ambiente nos casamos seguindo os rituais indigenas e depois de certa persuação por rituais católicos. Posso dizer Vossa Santidade que hoje sou um nativo com raizes do velho mundo. E sou muito, muito feliz!
Agora vou parar de falar de mim e noticiar o que mais lhe interessa Santidade! Há três dias partiu da praia a nossa embarcação com os cavaleiros sobreviventes. Como eu fiquei na ilha a reliquia sagrada esta com os navegantes que depois de meses de empenho em consertar o nosso galeão finalmente estarão em solo italiano. Espero que Vossa Santidade faça bom uso da reliquia e que as cartas que estou lhe enviando possam servir de testemunho da prova que o homem quando não dosa a sua fé e sua inteligencia pode ser uma besta cruel e perversa corrompendo tudo o que Deus criou.
Paz e bem a todos de minha terra!
Quando finalmente Helio Medeiros terminou de lêr a última carta de Francisco, a platéia estava estarrecida e emocionada. Helio deu um engasgo demonstrando estar tão emocionado quanto os estudantes que o acompanharam até aquele momento. Depois, pediu que alguem que quisesse expor alguma pergunta levantasse a mão.
Houve um breve silênco que mais parecia funebre e então em seguida varios estudantes ao mesmo tempo começaram a levantar as maõs e pedir permissão para fazer perguntas. Helio fez um sorriso de satisfação e se prontificou a responder. Percebeu que a maioria das perguntas era se teriam encontrado provas arqueológicas dos cavaleiros que estiveram aqui, e se realmente o Vaticano tem em seu poder a coroa de Cristo.
O professor respondeu de modo franco que as cartas estavam há muito tempo guardadas em uma biblioteca de um colecionador italiano e que estas depois foram leiloadas para o governo do Brasil. Até hoje, pelo que se sabe, náo foi encontrada nenhuma prova da existencia de cavaleios templarios em solo brasileiro. Mas assim como o mito das amazonas muitos historiadores debatem acaloradamente sobre estes fatos.
Quanto a reliquia sagrada...Havia uma lenda que Carlos Magno tinha em seu poder e depois ela desapareceu. Daí mais tarde em varios locais da Europa e do Oriente Médio dizem que a coroa de Cristo esta guardada em um lugar secreto que nem a propria Igreja sabe. Tirando as cartas de Francisco não se tem muitos dados da saida ou chegada de um navio que tenha saido do porto de Florença rumo as Indias.
Após o fim da sua palestra Helio foi ovacionado. Se vendo como um vitorioso ele saiu triunfante pelo corredor da faculdade e vislumbrado pensava nas aventuras de Francisco e como havia tanta coisa a se saber de nosso passado.
No aeroporto enquanto esperava o vôo que o levaria de volta para casa o professor ficou analisando o estranho brasão que estava impresso em uma das cartas. Não muito bom de semeologia resolveu arriscar e tentar ler a figura:
- Uma espada e uma enorme cruz se encontram como se fossem formar a letra ‘X’. no meio dos dois objetos angulares aparece o que seria um circulo com pontas ou algo parecido com a coroa de espinhos. Acima do circulo um arco em forma de um cocar indigena. Abaixo do do circulo de pontas uma epigrafe em aramaico. E nas laterias do brasão um alpha e um ômega.
Deciframe ou te devoro!
FIM
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