Aproveitando a turner do Iron Maiden no Brasil e do show do 30 Second From to Mars. Vamos fazer uma viagem visual e sonora pela história do rock selecionando algumas bandas que foram importantes para o mercado musical. O previlégio conta aqui em escolher algumas bandas dos anos 70 e 80, período em que a variação de grupos musicais eram constantes e porque muitos deles tocavam rádio quase que exaustivamente.
Joy Division
Está banda criou a música depressiva do rock dando origem ao gótico e ao famigerado estilo emo. Formada na Inglaterra (Manchester) tinha como principal atrativo o vocalista Ian Curtis que se suicidou quando a banda estava galgando a fama nos EUA. As músicas depressivas e a voz grave de Curtis se encaixavam com o baixo marcado de Peter Hook e a bateria deStephen Morris. Com a morte de Curts no final dos anos 70 o Joy Division dá um tempo na carreira e depois adota o nome de New Order (hoje uma das maiores bandas de música eletrônica do mundo).
The Cure
Outra banda inglesa de sucesso. Surgiu em 1976 e assim como o Joy Division tem como tema a tristeza, a melancolia e o introspecção. Tem como principal fundador o compositor e multi-intrumentista Robert Smith, que tem como principal caracteristica se apresentar com os olhos cobertos de rimel, um batom preto nos lábios e um cabelo estilizado ( o seu visual inspirou o personagem dos quadrinhos 'O Corvo' de James O'Barr). Nos anos 80 foi considerada a banda alternativa inglesa que mais vendeu discos na América e na Europa. No Brasil todas as músicas da banda eram executadas nas radios de forma constante.
Iggy Pop
James Newell Ostenberg, começou como baterista em bandas de escola e depois adotou o nome artistico de Iggy Pop. Durante anos o músico norte-americano liderou a banda de rock glam The Stooges. Em 1977, segue carreira solo e tem como principal parceiro artistico o performático David Bowie. Iggy Pop fez muitos shows no Brasil e tocou em Brasília em 2004.
Depeche Mode
A banda Depeche Mode divide opniões (muitos não a consideram uma banda de rock por usar elementos eletrônicos). Tendo surgido em 1981 e passado por uma rotatividade de integrantes, a banda hoje é um trio tendo David Gahan nos vocais, Martin L. Gore (sintetizadores, guitarras e efeitos) e Andrew Fletcher ( bateria e teclados). De toda forma o Depeche Mode inspirou diversos artistas como Marilyn Mansom, Lady Gaga, Linkin Park, Deftones, Nine inch Nails entre outros. Divide como o New Order o posto de maior banda de musica eletrônica de todos os tempos.
quinta-feira, 31 de março de 2011
domingo, 27 de março de 2011
Sessão Egotrip: viagem psicológica no cinema
Recentimente ví dois filmes que superficialmente eram diferentes porém, de conteúdo eram semelhantes. Trata-se de 'Cisne negro' e 'Sucker Punch: Mundo surreal'. O primeiro filme dirigido pelo diretor americano Dan Aranovisky diz respeito de uma bailarina tímida e super protegida pela mãe que se transforma em uma mulher liberada após confrontar o seu lado mais sombrio (o cisne negro do título). O filme inteiro trata da relação submissão e liberdade usando a metáfora do cisne branco/cisne negro e o ballet como símbolo da vida onde dançar significa ser livre e menos metódico.
Já o segundo filme dirigido pelo diretor Zack Snyder e que está em cartaz nos cinemas tem como história o drama de uma garota que é colocada em um sanatório pelo padrasto que queria violenta-la. Para não enlouquecer a menina cria em sua mente um mundo fantástico onde mais se parece com um jogo de videogame, cheio de ação e aventura. A viagem neste mundo surreal resultará na busca pela liberdade do sanatório e do mundo opressivo.
Não é de hoje que o cinema tem como tema a psique do individuo. A busca do que é ser humano e seus desejos e medos mais profundos. 'O Show de Trumman' não era somente sobre reality show's mas, antes de tudo do homem oprimido por um sistema invisivel que quer se libertar.
Leonardo Dicaprio estrelou dois filmes recentes muito interessantes: 'A Ilha do Medo' de Martin Scorcese e 'Origem' de Christopher Nolan. Em A ilha Dicaprio acredita ser um investigador de um crime que se passa em um presidio. Na verdade tudo não passa de um teatro que ocorre em sua mente como uma experiência psiquiatrica para ele assumir o crime que ele cometeu no passado.
Em 'Origem' a viagem no mundo dos sonhos acaba sendo um confronto de crises existenciais símbolizados por labirintos, brigas de pai e filho e a aceitação da morte das pessoas que amamos.
Outro filme bastante psicológico é 'Clube da Luta' de David Finscher, na qual um jovem executivo submisso ao mundo moderno e consumista explode em desejo de destruição e anarquia quando releva seu alter ego violento.
'Alice no País das Maravilhas' de Tim Burtom, também usa imagens surreais para discutir a liberdade e a submissão do individuo diante de um mundo controlado e tido como perfeito.
A lista é enorme. Contudo, estes filmes já valem uma conferida porque são ótimos para assistir e discutir aquele papo cabeça com a galera. Deixo como dica de leitura o livro de Julio Cabrera 'O Cinema pensa' da Editora Rocco e 'Linguagem Cinematografica' de Marcel martin da editora Brasiliense.
Já o segundo filme dirigido pelo diretor Zack Snyder e que está em cartaz nos cinemas tem como história o drama de uma garota que é colocada em um sanatório pelo padrasto que queria violenta-la. Para não enlouquecer a menina cria em sua mente um mundo fantástico onde mais se parece com um jogo de videogame, cheio de ação e aventura. A viagem neste mundo surreal resultará na busca pela liberdade do sanatório e do mundo opressivo.
Não é de hoje que o cinema tem como tema a psique do individuo. A busca do que é ser humano e seus desejos e medos mais profundos. 'O Show de Trumman' não era somente sobre reality show's mas, antes de tudo do homem oprimido por um sistema invisivel que quer se libertar.
Leonardo Dicaprio estrelou dois filmes recentes muito interessantes: 'A Ilha do Medo' de Martin Scorcese e 'Origem' de Christopher Nolan. Em A ilha Dicaprio acredita ser um investigador de um crime que se passa em um presidio. Na verdade tudo não passa de um teatro que ocorre em sua mente como uma experiência psiquiatrica para ele assumir o crime que ele cometeu no passado.
Em 'Origem' a viagem no mundo dos sonhos acaba sendo um confronto de crises existenciais símbolizados por labirintos, brigas de pai e filho e a aceitação da morte das pessoas que amamos.
Outro filme bastante psicológico é 'Clube da Luta' de David Finscher, na qual um jovem executivo submisso ao mundo moderno e consumista explode em desejo de destruição e anarquia quando releva seu alter ego violento.
'Alice no País das Maravilhas' de Tim Burtom, também usa imagens surreais para discutir a liberdade e a submissão do individuo diante de um mundo controlado e tido como perfeito.
A lista é enorme. Contudo, estes filmes já valem uma conferida porque são ótimos para assistir e discutir aquele papo cabeça com a galera. Deixo como dica de leitura o livro de Julio Cabrera 'O Cinema pensa' da Editora Rocco e 'Linguagem Cinematografica' de Marcel martin da editora Brasiliense.
sábado, 26 de março de 2011
Imagem & Som: os desenhistas do Rock
Com a vinda da banda Iron Maiden ao Brasil (hoje eles começam a tocar em São Paulo e na próxima semana em Brasília) resolvi fazer uma listagem dos caras que fazem a diferença quando compramos um cd ou disco de uma banda: os designers gráficos. De certa forma, como professor de artes é uma boa oportunidade de mostrar a conexão da imagem e do som.
Por isto, vou destacar alguns nomes das quais você olha a capa do disco e se pergunta: 'Quem foi o cara que desenhou a capa do disco desta banda maneira?' Quem quiser contribuir com mais nomes a lista é só falar!
Storm Thorgerson
Este cara ilustrou as capas do Pink Floyd, conhecido também como Hypnosis foi da cabeça dele que saiu as obras visuais como a super famosa capa do disco 'Dark side of the Moon' e de outros trabalhos da banda mais pscodélica de todos os tempos. Um de seus últimos trabalhos com o Floyd foi a fenomenal capa do disco 'Division Bell' e depois o cd 'Pulse'. Nos últimos anos ele tem exposto seus trabalhos em grandes galerias. Para terminar ele tembém ilustrou capas para o Led Zeppelin e Black Sabbath.
Derek Riggs
Falando em Iron Maiden...Derek Riggs hoje é super idolatrado por ter feito o design do Eddie para as capas do grupo do Bruce Dinckinson. Nascido na Inglaterra ele pegou o conceito inicial inventado pelo baterista do Maiden e transformou Eddie em um ícone que inclusive já apareceu em camisetas e bandeiras de time de futebol aqui no Brasil! Ele diz que o visual do Eddie foi inspirado na rainha da Inglaterra em um documentário lançado aqui nos anos 2000 (super hilário!). Além do Iron Maiden, também ilustrou as capas da banda Stratovarius e outros grupos dos anos 80 e claro, dos discos solos de Dinckinson.
H. R. Giger
Hans Ruedi Giger é um artista plástico suiço nascido em 1940. Seus trabalhos misturam necrofilia, erotismo e terror com pitadas de surrealismo. Trabalhou como designer e cenografo em Hollywood e idealizou o monstro do filme 'Alien o 8º passageiro' e ilustrou um conjunto de obras com o titulo de Necronomicon em homenagem ao escritor de terror e fantasia H. P. Lovecraft. Também ilustrou a polêmica capa do disco do grupo Celtic Frost.
Dave Mckean
Desenhista inglês que ficou famoso por ilustrar a série em quadrinhos Sandman e por isto, foi o principal colaborador visual do mundo fantástico do escritor Neil Gaiman. Dirigiu nos anos 90 um filme idealizado por ele próprio chamado 'Mascaras da ilusão' e também ilustrou capas de bandas de rock como Paradise Lost.
Por isto, vou destacar alguns nomes das quais você olha a capa do disco e se pergunta: 'Quem foi o cara que desenhou a capa do disco desta banda maneira?' Quem quiser contribuir com mais nomes a lista é só falar!
Storm Thorgerson
Este cara ilustrou as capas do Pink Floyd, conhecido também como Hypnosis foi da cabeça dele que saiu as obras visuais como a super famosa capa do disco 'Dark side of the Moon' e de outros trabalhos da banda mais pscodélica de todos os tempos. Um de seus últimos trabalhos com o Floyd foi a fenomenal capa do disco 'Division Bell' e depois o cd 'Pulse'. Nos últimos anos ele tem exposto seus trabalhos em grandes galerias. Para terminar ele tembém ilustrou capas para o Led Zeppelin e Black Sabbath.
Derek Riggs
Falando em Iron Maiden...Derek Riggs hoje é super idolatrado por ter feito o design do Eddie para as capas do grupo do Bruce Dinckinson. Nascido na Inglaterra ele pegou o conceito inicial inventado pelo baterista do Maiden e transformou Eddie em um ícone que inclusive já apareceu em camisetas e bandeiras de time de futebol aqui no Brasil! Ele diz que o visual do Eddie foi inspirado na rainha da Inglaterra em um documentário lançado aqui nos anos 2000 (super hilário!). Além do Iron Maiden, também ilustrou as capas da banda Stratovarius e outros grupos dos anos 80 e claro, dos discos solos de Dinckinson.
H. R. Giger
Hans Ruedi Giger é um artista plástico suiço nascido em 1940. Seus trabalhos misturam necrofilia, erotismo e terror com pitadas de surrealismo. Trabalhou como designer e cenografo em Hollywood e idealizou o monstro do filme 'Alien o 8º passageiro' e ilustrou um conjunto de obras com o titulo de Necronomicon em homenagem ao escritor de terror e fantasia H. P. Lovecraft. Também ilustrou a polêmica capa do disco do grupo Celtic Frost.
Dave Mckean
Desenhista inglês que ficou famoso por ilustrar a série em quadrinhos Sandman e por isto, foi o principal colaborador visual do mundo fantástico do escritor Neil Gaiman. Dirigiu nos anos 90 um filme idealizado por ele próprio chamado 'Mascaras da ilusão' e também ilustrou capas de bandas de rock como Paradise Lost.
quarta-feira, 23 de março de 2011
Páscoa: O sadismo no cristianismo
Estamos no mês da Páscoa. A Igreja propõe para os seus fieis a quaresma: o jejum e a oração para relembrar os 40 dias que Jesus ficou no deserto sendo tentado pelo Diabo. Para os judeus representa a saída do povo hebreu da escravidão do Egito. Nestes dias eles comem o pão ázimo (pão sem fermento) alimento que os hebreus comiam durante o exodo.
Para o comércio é o período do lucro com a venda de ovos de páscoa. Também ocorrem as encenações sobre a crucificação. As pessoas se reunem em arenas ou teatros abertos para ver o mártirio do filho de Deus. E é neste ponto que eu quero chegar.
O cristianismo se divide em dois grandes momentos: o primeiro é sobre o nascimento do Cristo, a sua vida pública e como ele tenta trazer para a sua comunidade valores sociais esquecidos ( a parábola do Bom Samaritano discute a divisão das tribos em grupos individuais e rixas entre elas; já o encontro de Jesus e Maria Madalena trata da aceitação do outro onde se questiona quem pode julgar o próximo); também mostra os milagres que ele havia feito.
O segundo momento fala do julgamento de Cristo pela comunidade ( ele é visto por uns como uma ameaça por tentar trazer as dicussões de valores) e por isto é condenado a crucificação. Depois de sua morte e ressureição os seus seguidores foram perseguidos e também morreram crucificados ou apedrejados em locais públicos.
Certa vez estava conversando com um colega de trabalho. Ele era protestante e estavamos discutindo sobre o filme 'A Paixão de Cristo' dirigido por Mel Gibson em 2005. Ele me dizia que o filme estava incorreto sobre a crucificação de Jesus. Ele dizia todo extasiado "aquele filme está todo errado, Jesus sofreu muito mais que aquilo!". Pensei comigo, aquele filme é muito violento, não acredito que Jesus não tenha sofrido mais que aquilo: ele levou 99 chibatadas, carregou uma cruz pesadissima por um terreno íngreme, foi cuspido e insultado, pregado na cruz e ainda teve as costelas perfuradas por uma lança. Mais sofrimento que isto não existe.
Eu me lembro que os padres neste mês costumam discursar sobre como Jesus sofreu por toda a humanidade. Muitas vezes o discurso parece mais de exaltação a dor do Cristo do que de refletir o porque do ocorrido. Muitos pastores bradam sobre o sofrimento cristão como se fosse um espetáculo, um show de horrores.
Faz muito tempo que não vou a Igreja, por que começei a não entender este discusso de dor e exaltação sobre Jesus. Hoje os atores da Globo querem fazer as encenações do Cristo, não pela mensagem dela mas, porque virou uma vitrine para aparecer. Os padres e pastores fazem discurssos sobre flagelação como se fossem sádicos. Eles focam toda a ideia deles no segundo momento que é a crucificação e esquecem dos valores sociais que Jesus tentou resgatar no primeiro.
Sei que posso estar sendo ingenuo, e até desinformado. Contudo, o que espero é que como cristãos passamos mais a vivenciar o 'amar o próximo' do que ficar exaltando o flagelo do filho de Deus. Chega de sadismo no cristianismo!
Para o comércio é o período do lucro com a venda de ovos de páscoa. Também ocorrem as encenações sobre a crucificação. As pessoas se reunem em arenas ou teatros abertos para ver o mártirio do filho de Deus. E é neste ponto que eu quero chegar.
O cristianismo se divide em dois grandes momentos: o primeiro é sobre o nascimento do Cristo, a sua vida pública e como ele tenta trazer para a sua comunidade valores sociais esquecidos ( a parábola do Bom Samaritano discute a divisão das tribos em grupos individuais e rixas entre elas; já o encontro de Jesus e Maria Madalena trata da aceitação do outro onde se questiona quem pode julgar o próximo); também mostra os milagres que ele havia feito.
O segundo momento fala do julgamento de Cristo pela comunidade ( ele é visto por uns como uma ameaça por tentar trazer as dicussões de valores) e por isto é condenado a crucificação. Depois de sua morte e ressureição os seus seguidores foram perseguidos e também morreram crucificados ou apedrejados em locais públicos.
Certa vez estava conversando com um colega de trabalho. Ele era protestante e estavamos discutindo sobre o filme 'A Paixão de Cristo' dirigido por Mel Gibson em 2005. Ele me dizia que o filme estava incorreto sobre a crucificação de Jesus. Ele dizia todo extasiado "aquele filme está todo errado, Jesus sofreu muito mais que aquilo!". Pensei comigo, aquele filme é muito violento, não acredito que Jesus não tenha sofrido mais que aquilo: ele levou 99 chibatadas, carregou uma cruz pesadissima por um terreno íngreme, foi cuspido e insultado, pregado na cruz e ainda teve as costelas perfuradas por uma lança. Mais sofrimento que isto não existe.
Eu me lembro que os padres neste mês costumam discursar sobre como Jesus sofreu por toda a humanidade. Muitas vezes o discurso parece mais de exaltação a dor do Cristo do que de refletir o porque do ocorrido. Muitos pastores bradam sobre o sofrimento cristão como se fosse um espetáculo, um show de horrores.
Faz muito tempo que não vou a Igreja, por que começei a não entender este discusso de dor e exaltação sobre Jesus. Hoje os atores da Globo querem fazer as encenações do Cristo, não pela mensagem dela mas, porque virou uma vitrine para aparecer. Os padres e pastores fazem discurssos sobre flagelação como se fossem sádicos. Eles focam toda a ideia deles no segundo momento que é a crucificação e esquecem dos valores sociais que Jesus tentou resgatar no primeiro.
Sei que posso estar sendo ingenuo, e até desinformado. Contudo, o que espero é que como cristãos passamos mais a vivenciar o 'amar o próximo' do que ficar exaltando o flagelo do filho de Deus. Chega de sadismo no cristianismo!
domingo, 20 de março de 2011
Música: Razão e Sensibilidade
Feche os olhos. Tente se concentrar somente no que os seus ouvidos estão captando neste momento. Fique assim por dois minutos (pausa para a experiência). Ok! se você fez a experiência do silêncio, pode ter percebido que ouvimos tudo, desde a conversa dos nossos familiares, ao latido do cachorro na casa do vizinho; ou o barulho da trovoada antecipando a vinda da chuva; quem sabe um zumbido intermitente; o som dos carros automotivos...silêncio que é bom, nada!
O que prova que o silêncio é algo impossivel ou inexistente. E aí que surge a questão: O que é a música? De onde ela vêm? O que a diferencia do ruido? Muitos musicologos e outros estudiosos do som procuram definir a música como algo somente criado pelo homem. E o som emitido pelos passaros? Isto não seria música? Para os estudiosos do assunto os animais não criam regras e catalogação e nem manipulação sobre o som o que enfim, geraria a música. Os animais emitem sons que para os da sua espécie tem vários significados. Um latido de um cão pode tanto ser de ataque como de apreço pelo dono dependendo da situação. Porém, o latido do animal não consegue extrai emoções de quem a ouve como tristeza ou alegria.
Neste ponto a música pode fazer isso. Logicamente que o compositor terá que pensar antes como esta música provocará este ou aquele sentimento a quem ouvir. Ele terá que escolher o instrumento, criar a melodia e a harmonia e por fim um arranjo que se transformará em uma sucessão de sons que juntos para quem ouve provoque alguma reação emocional como dor, raiva, paixão e alegria.
Você pode dizer que fica emocionado quando ouve o latido de seu cachorro de estimação, mas nem poeticamente poderia dizer que ele estaria cantando para você. A palavra música surgiu do grego Mousekê, que significa musa. Na mitologia grega as musas eram nove irmãs que eram filhas de Zeus com Mnemósine e que passavam a maior parte do tempo destraindo os deuses do Olimpo cantando e dançando.
Como filhas da memória (Mnemósine) e do deus poderoso elas tem poder sobre o individuo o que justifica o poder da música sobre nossas emoções. A música nos leva para o passado quando ouvimos um som que lembre um romance ou amigos de outrora assim como também nos leva a viajar pela imaginação para um futuro. Os gregos presavam a poesia e a música não somente como formas de intretenimento como também de sabedoria.
Existem musicas que nos agradam e outras que nos irritam, alguns gostam de musicas agitadas e outros de musicas mais lentas de toda forma, todo mundo gosta de musica. Um livro que recomendo para os amantes da musica é o do escritor e pesquisador Otto Maria Carpeux chamado de 'O livro de Ouro da História da Musica' da editora Ediouro de 2006. Apesar de ter um olhar ainda europeizante sobre a música ( o autor chega a dizer que somente no Ocidente é que existe música) ele consegue ainda falar de toda a trajetoria da musica que vai desde o fim da Idade Média até o surgimento da música eletrônica. Pena que ele deixou de fora o rock in roll.
sábado, 19 de março de 2011
Lost, CSI & Dexter = Inteligência na Tv
Está cada vez mais difícil gostar de tv aberta hoje em dia. Com a expansão da tv á cabo e a internet é praticamente impossivel gostar da programação da tv aberta: reality shows, novelas ruins, programas de culinaria, programa de fofoca...parece que estamos no fim da picada na criatividade das emissoras.
Se por um lado gastasse um milhão de reais por individuos carentes por fama e atenção que povoam os reality shows, e os programas de culinarias são fastiosos junto com programas de mundo cão onde a histeria é o prato do dia. Na contra-mão temos as séries de tv que as vezes sendo tratados como tapa buracos de programação acabam sendo muito interessantes.
As séries americanas evoluiram e muito, basta ver Lost, Doctor House e Dexter para ver que os roteiristas e produtores estão mais criativos e monos óbvios. Por isto, resolvi listar algumas séries que mostram que a tv também pode ser inteligente e divertida:
LOST
A série Lost surgiu em 2004 e teve seu encerramento em 2010. Com seis temporadas, conta a intrigante história de um grupo de sobreviventes de um acidente aereo que caiu em uma ilha do pacifico. Criada por JJ Abrams e Jefrey Lieber, Lost pode ser considerada a melhor série dos últimos anos: tem suspense, aventura e uma trama que requer toda a concentração do público para entender o passado, o futuro paralelo e a até um mundo espiritual que abarca os personagens da misteriosa ilha. Citações a viagens no tempo e simbologias misticas são jogadas na série criando um mosaico onde nunca se sabe onde os personagens realmente estão. No ultimo episódio fica a duvida: Eles morreram no acidente aereo como insinua o capitulo final da série? Por que alguns personagens podiam viajar no tempo? A ilha realmente existia? Os personagens passaram por alguma experiencia militar secreta do governo? No dvd da série existe muitas cenas alternativas que podem responder estas perguntas.
CSI
Produzido pela rede de tv CBS, a série CSI conta o dia-a-dia de grupo de cientistas forenses do departamento de criminalistica de Las Vegas que investiga crimes misteriosos. Criado por Anhony E. Zuker surgiu em 2000 e gerou séries spin off's como CSI Miami e CSI NY. Cada caso que é investigado a equipe usa o que existe de mais moderno na criminalistica americana e ao mesmo tempo testa o senso de observação dos cientistas sobre o crime ocorrido. Personagens como Grinsom (William Petersom) fazem com que mesmo com algums exageros faça a serie parecer crível em termos de trabalhos policiais.
DEXTER
A série Dexster surgiu em 2006 pelo canal pago Showtime e no Brasil é exibida pela Rede TV nas segundas feiras. A série foi inspirada no romance do escritor Jeff Lindsay e conta a história de um serial killer que trabalha para a policia de Miami. Dexter finge ter uma vida normal: tem namoradas, é um bom vizinho e trabalha na criminalistica analisando sangue que fica nas cenas de crimes brutais. Porém, ele é um psicopata e mata criminosos e guarda partes deles em sua casa. Imagine o Hannibal Lecter trabalhando para a policia e terá uma noção deste seriado super bacana.
Se por um lado gastasse um milhão de reais por individuos carentes por fama e atenção que povoam os reality shows, e os programas de culinarias são fastiosos junto com programas de mundo cão onde a histeria é o prato do dia. Na contra-mão temos as séries de tv que as vezes sendo tratados como tapa buracos de programação acabam sendo muito interessantes.
As séries americanas evoluiram e muito, basta ver Lost, Doctor House e Dexter para ver que os roteiristas e produtores estão mais criativos e monos óbvios. Por isto, resolvi listar algumas séries que mostram que a tv também pode ser inteligente e divertida:
LOST
A série Lost surgiu em 2004 e teve seu encerramento em 2010. Com seis temporadas, conta a intrigante história de um grupo de sobreviventes de um acidente aereo que caiu em uma ilha do pacifico. Criada por JJ Abrams e Jefrey Lieber, Lost pode ser considerada a melhor série dos últimos anos: tem suspense, aventura e uma trama que requer toda a concentração do público para entender o passado, o futuro paralelo e a até um mundo espiritual que abarca os personagens da misteriosa ilha. Citações a viagens no tempo e simbologias misticas são jogadas na série criando um mosaico onde nunca se sabe onde os personagens realmente estão. No ultimo episódio fica a duvida: Eles morreram no acidente aereo como insinua o capitulo final da série? Por que alguns personagens podiam viajar no tempo? A ilha realmente existia? Os personagens passaram por alguma experiencia militar secreta do governo? No dvd da série existe muitas cenas alternativas que podem responder estas perguntas.
CSI
Produzido pela rede de tv CBS, a série CSI conta o dia-a-dia de grupo de cientistas forenses do departamento de criminalistica de Las Vegas que investiga crimes misteriosos. Criado por Anhony E. Zuker surgiu em 2000 e gerou séries spin off's como CSI Miami e CSI NY. Cada caso que é investigado a equipe usa o que existe de mais moderno na criminalistica americana e ao mesmo tempo testa o senso de observação dos cientistas sobre o crime ocorrido. Personagens como Grinsom (William Petersom) fazem com que mesmo com algums exageros faça a serie parecer crível em termos de trabalhos policiais.
DEXTER
A série Dexster surgiu em 2006 pelo canal pago Showtime e no Brasil é exibida pela Rede TV nas segundas feiras. A série foi inspirada no romance do escritor Jeff Lindsay e conta a história de um serial killer que trabalha para a policia de Miami. Dexter finge ter uma vida normal: tem namoradas, é um bom vizinho e trabalha na criminalistica analisando sangue que fica nas cenas de crimes brutais. Porém, ele é um psicopata e mata criminosos e guarda partes deles em sua casa. Imagine o Hannibal Lecter trabalhando para a policia e terá uma noção deste seriado super bacana.
sábado, 12 de março de 2011
Terremoto no Japão: A pequenez humana diante da vida
O terremoto que acometeu o arquipelago japonês, ocorrido no dia 11 de março (enquanto estavamos dormindo no Japão era 2:00 h da tarde) mostrou a força descomunal da natureza e nossa pequenez diante dela. Mesmo sendo um país avançado, acostumado com tal evento e usando uma tecnologia que diminuiu o número de vítimas ( os predios japoneses possuem tota uma estrutura feita para aguentar abalos cismicos) não deixa de ser um fato amendrotador.
Ví em um programa de televisão que um especialista disse que o Brasil dificilmente passaria por tal situação. Junto da África o continente sulamericano está localizado nas placas tectônicas mais antigas do mundo. Como o arquipelago japonês está sobre placas tectônicas muito móveis, o fenõmeno de abalos cismicos e constante.
Por outro lado, no nosso país temos catastrofes que ocorrem não pela força da natureza mas, pela estupidez humana mesmo. Quando no Rio de janeiro ocorreu as inundações e em São Paulo onde já se tornou costumaz ( todo período de chuva várias regiões do Brasil são acometidas por inundações).
Na capital federal temos várias cidades satelites e principalmente invasões com estrutuas precárias, cheia de erosões e bocas de lobos tampadas por lixo que a população joga nas ruas. No fim, as cidades acabam alagadas só faltando o tsunami para deixar tudo pior.
Parece bobagem querer comparar o que ocorreu no Japão com o que ocorre aqui. Porém, não deixa de ser importante termos este olhar. Pois, se de um lado a natureza por sí provoca estragos, por outro o homem ajuda estes fenomenos a ocorrerem seja jogando lixo ou ocupando areas de riscos ou ajudando no aquecimento global.
Muita gente deve ter pensado que o ocorreu no Japão foi o prenuncio do fim do mundo. Há quem evoque a profecia dos Maias que diz que o mundo acabaria em 2012 (e olha que estamos em 2011 ainda!). Procuro não pensar nisto. Aliás, não acredito no fim do mundo, mas reconheço que se não tomarmos cuidados com o planeta isto pode ser uma realidade um dia.
Para acalmar nossa alma estou postando uns clipes legais de bandas que podem alegrar nosso dia.
Ví em um programa de televisão que um especialista disse que o Brasil dificilmente passaria por tal situação. Junto da África o continente sulamericano está localizado nas placas tectônicas mais antigas do mundo. Como o arquipelago japonês está sobre placas tectônicas muito móveis, o fenõmeno de abalos cismicos e constante.
Por outro lado, no nosso país temos catastrofes que ocorrem não pela força da natureza mas, pela estupidez humana mesmo. Quando no Rio de janeiro ocorreu as inundações e em São Paulo onde já se tornou costumaz ( todo período de chuva várias regiões do Brasil são acometidas por inundações).
Na capital federal temos várias cidades satelites e principalmente invasões com estrutuas precárias, cheia de erosões e bocas de lobos tampadas por lixo que a população joga nas ruas. No fim, as cidades acabam alagadas só faltando o tsunami para deixar tudo pior.
Parece bobagem querer comparar o que ocorreu no Japão com o que ocorre aqui. Porém, não deixa de ser importante termos este olhar. Pois, se de um lado a natureza por sí provoca estragos, por outro o homem ajuda estes fenomenos a ocorrerem seja jogando lixo ou ocupando areas de riscos ou ajudando no aquecimento global.
Muita gente deve ter pensado que o ocorreu no Japão foi o prenuncio do fim do mundo. Há quem evoque a profecia dos Maias que diz que o mundo acabaria em 2012 (e olha que estamos em 2011 ainda!). Procuro não pensar nisto. Aliás, não acredito no fim do mundo, mas reconheço que se não tomarmos cuidados com o planeta isto pode ser uma realidade um dia.
Para acalmar nossa alma estou postando uns clipes legais de bandas que podem alegrar nosso dia.
sexta-feira, 11 de março de 2011
Sessão Era de ouro dos Quadrinhos
Os gregos chamavam de 'era de ouro' o período em que o mundo vivia em harmonia. O homem tinha um contato direto com os deuses e por este motivo não precisava trabalhar para se sustentar. Enfim, a paz e a tranquilidade reinava. Aliás, em quase todas as mitologias existe esta era de paz. Hoje em dia chamamos de 'era de ouro' tudo que simbolizou o que existia de melhor em uma época. É um termo muito usado para falar de músicas e bandas que fizeram história, livros e autores importantes e outras formas de entreterimento. Aqui vou pinçar o que chamo de 'era de ouro' de quadrinhos que li e que sinto muita saudade.
Recruta Zero
Criado pelo cartunista norte-americano Mort Walker em 1951. O Recruta Zero parodiava os filmes de guerra norte-americano, onde o protagonista fazia mais asneiras que atos heroicos. Ele passava mais tempo dormindo e descascando batatas que treinando e lutando no campo de batalha. A sua maior diversão era encher o saco do sargento Tainha, um gordo com um unico dente postiço na boca.
Hagar o Horrível
Desenhado por Dik Browne, para a prestigiada tira de jornal dominada pela Kong Sindicate Feature ( dona do marinheiro Popeye) Hagar o Horrível era um barbaro que gostava de passar o tempo pilhando e invadindo territórios inimigos. O seu único problema era lidar com uma mulher dominadora, uma filha adolescente que vivia frustrada por não ter namorado e um filho pré-adolescente intelectual e sensivel que detestava lutar como o pai.
Zé Carioca
Criado para a política da boa vizinhança, na qual nos norte-americanos queriam estreitar alianças com os latinos americanos, o Zé Carioca é para muitos um personagem ofensivo que vende a imagem do brasileiro como malandro e preguiçoso. Polêmicas a parte, os quadrinhos do Zé vendiam muito nos anos 50 e início dos anos 80. As suas aventuras se passavam nos morros cariocas o que tentava criar uma identificação do personagem com a gente, cheio de ginga e samba.
Gasparzinho
Hoje conhecido pelos filmes que passam na Sessão da Tarde o personagem desenhado por Warren Kremer chegou no Brasil nos anos 50 e era publicado na revista O Cruzeiro. As suas histórias tratavam suas tentativas frustradas de ter amigos ( quem iria ser amigo de um fantasma?). Na mesma época também teve a revista do Brazinha, um demoniozinho que aprontava com todo mundo e agia como um nemezis para o excesso de bondade do Gasparzinho.
Mandrake e Lothar
Personagens criados pelo magnifico Lee Falk ( o mesmo que criaria o Fantasma) e desenhado por Phil Davis em 1934, a dupla Mandrake e Lothar tratava da amizade de um magico ilusionista e seu segurança um africano de força descomunal e que juntos saiam para resolver todo tipo de problema. Na maioria das vezes o Mandrake apelava mais para a astucia do que para os seus truques. Além de que ele vivia em um fraque elegante e talvez por isto não saisse na porrada para não sujar a roupa.
Fantasma
Lee Falk faria o fantasma em 1936 e seria o primeiro herói fantasiado dos quadrinhos (o Batman e o Super Man só apareciam depois). Chamado também de 'espírito que anda' o cara andava pela floresta de Bengale junto com o seu lobo branco combatendo a pirataria e mercenários. Sem ter super poderes ( coisa que Lee Falk era contra) o fantasma resolvia tudo no sarrafo e deixava sempre a marca de seu anel da caveira nos queixos fraturados dos meliantes.
Conan
Saido dos livros pulp escritos por Robert E. Howard em 1932. Conan o cimério é o principal personagem do universo espada & fantasia que consagrou obras como a de J. R. Tolken. Brutal e animalesco o bárbaro resolve tudo cortando cabeças com machados ou cortando inimigos ao meio com sua espada. A Marvel na década de 70, trouxe o bárbaro para os quadrinhos e aqui no Brasil a revista era uma das mais vendidas. Um dos motivos eram as capas bacanas de mulheres esculturais semi-nuas desenhadas por Sal Bucema.
O Corvo
Mais conhecido por aqui por suas versões cinematográficas, o Corvo é um personagem criado pelo desenhista James O'Barr em 1970. A história gira em torno de Eric Draven um músico gótico que é morto injustamente junto com sua namorada por um bando de ladrões. Segundo uma lenda europeia, um corvo é enviado do Céu para ressucitar quem teve uma morte injusta para assim poder corrigir o erro. No Brasil a Editora Mythus é quem publica o personagem. Um lance bacana é que o corvo pode ressucitar qualquer um assim sendo, o personagem pode ser tanto um roqueiro como um mecânico, um índio ou uma mulher.
Recruta Zero
Criado pelo cartunista norte-americano Mort Walker em 1951. O Recruta Zero parodiava os filmes de guerra norte-americano, onde o protagonista fazia mais asneiras que atos heroicos. Ele passava mais tempo dormindo e descascando batatas que treinando e lutando no campo de batalha. A sua maior diversão era encher o saco do sargento Tainha, um gordo com um unico dente postiço na boca.
Hagar o Horrível
Desenhado por Dik Browne, para a prestigiada tira de jornal dominada pela Kong Sindicate Feature ( dona do marinheiro Popeye) Hagar o Horrível era um barbaro que gostava de passar o tempo pilhando e invadindo territórios inimigos. O seu único problema era lidar com uma mulher dominadora, uma filha adolescente que vivia frustrada por não ter namorado e um filho pré-adolescente intelectual e sensivel que detestava lutar como o pai.
Zé Carioca
Criado para a política da boa vizinhança, na qual nos norte-americanos queriam estreitar alianças com os latinos americanos, o Zé Carioca é para muitos um personagem ofensivo que vende a imagem do brasileiro como malandro e preguiçoso. Polêmicas a parte, os quadrinhos do Zé vendiam muito nos anos 50 e início dos anos 80. As suas aventuras se passavam nos morros cariocas o que tentava criar uma identificação do personagem com a gente, cheio de ginga e samba.
Gasparzinho
Hoje conhecido pelos filmes que passam na Sessão da Tarde o personagem desenhado por Warren Kremer chegou no Brasil nos anos 50 e era publicado na revista O Cruzeiro. As suas histórias tratavam suas tentativas frustradas de ter amigos ( quem iria ser amigo de um fantasma?). Na mesma época também teve a revista do Brazinha, um demoniozinho que aprontava com todo mundo e agia como um nemezis para o excesso de bondade do Gasparzinho.
Mandrake e Lothar
Personagens criados pelo magnifico Lee Falk ( o mesmo que criaria o Fantasma) e desenhado por Phil Davis em 1934, a dupla Mandrake e Lothar tratava da amizade de um magico ilusionista e seu segurança um africano de força descomunal e que juntos saiam para resolver todo tipo de problema. Na maioria das vezes o Mandrake apelava mais para a astucia do que para os seus truques. Além de que ele vivia em um fraque elegante e talvez por isto não saisse na porrada para não sujar a roupa.
Fantasma
Lee Falk faria o fantasma em 1936 e seria o primeiro herói fantasiado dos quadrinhos (o Batman e o Super Man só apareciam depois). Chamado também de 'espírito que anda' o cara andava pela floresta de Bengale junto com o seu lobo branco combatendo a pirataria e mercenários. Sem ter super poderes ( coisa que Lee Falk era contra) o fantasma resolvia tudo no sarrafo e deixava sempre a marca de seu anel da caveira nos queixos fraturados dos meliantes.
Conan
Saido dos livros pulp escritos por Robert E. Howard em 1932. Conan o cimério é o principal personagem do universo espada & fantasia que consagrou obras como a de J. R. Tolken. Brutal e animalesco o bárbaro resolve tudo cortando cabeças com machados ou cortando inimigos ao meio com sua espada. A Marvel na década de 70, trouxe o bárbaro para os quadrinhos e aqui no Brasil a revista era uma das mais vendidas. Um dos motivos eram as capas bacanas de mulheres esculturais semi-nuas desenhadas por Sal Bucema.
O Corvo
Mais conhecido por aqui por suas versões cinematográficas, o Corvo é um personagem criado pelo desenhista James O'Barr em 1970. A história gira em torno de Eric Draven um músico gótico que é morto injustamente junto com sua namorada por um bando de ladrões. Segundo uma lenda europeia, um corvo é enviado do Céu para ressucitar quem teve uma morte injusta para assim poder corrigir o erro. No Brasil a Editora Mythus é quem publica o personagem. Um lance bacana é que o corvo pode ressucitar qualquer um assim sendo, o personagem pode ser tanto um roqueiro como um mecânico, um índio ou uma mulher.
quarta-feira, 9 de março de 2011
Gregos e Romanos: Razão e brutalidade
A cultura grega e a romana se tornaram as bases do mundo ocidental. No século VXII e XVIII os europeus após escavarem as ruinas de Pompéia sentiram um retorno ao que eles chamavam de 'época gloriosa' ou idade do ouro que a humanidade havia perdido. Os artistas franceses fizeram releituras de vasos gregos e temas da época como se quisessem voltar no tempo. Napoleão, por exemplo, adorava ser retratado em pinturas como um imperador romano.
De certa forma a febre pelo mundo greco-romano já havia dado os seus passos na Renascença no século XIV e mesmo antes disso já ocorria um resgate sobre o passado europeu: as igrejas davam aulas de filosofia e estudo da matemática euclidiana e poetas como Dante escreviam suas poesias inspirados em Homero e Virgilio.
O que existe de fascinante no mundo greco-romano afinal? Tirando alguns exageros em fatos históricos, o povo egeu (grego) trouxe a filosofia e um apego ao corpo. As esculturas de Miron e Policleto exaltam homens jovens de corpos musculosos e nus. Se compararmos com outros povos da época nunca o homem havia feito estatuas de si mesmo, já que antes somente as divindades podiam retratadas ou reis. Este olhar para si gerou a filosofia.
Socrates procurava a verdade, Platão procurava o conhecimento e Aristóteles a ordem. Juntos eles ajudaram o grego a pensar sobre política e instituir a democracia. o templo de Atenas feito no periodo de Péricles foi o auge da junção do conhecimento e sua transposição para o mundo material.
E os romanos? Ganharam destaque com as façanhas de Felipe e seu filho o Alexandre 'O grande'. Venceram os persas, inimigos mortais dos gregos e romanos e sempre viviam em combate ( é só lembrar da invasão de Xerxes a Esparta, descendente de Dario I este que havia lutado contra Alexandre).
Esta luta entre persas e gregos talvez explique ainda hoje os conflitos entre ocidente e oriente.
De toda forma, enquanto os gregos discutiam sobre sofisma/oratória e conhecimento, os romanos questionavam a verdade como Sócrates. Poncio Pilatos durante o interrogatório a Jesus Cristo, pergunta ao filho de Deus como um filosofo questiona um sofista para testar a veracidade das palavras do interrogado. Sócrates costumava fazer isso até que o interrogado entrasse em contradição. No caso de Jesus, Poncio não pôde tirar dele sofismas o que levou a querer inocenta-lo, infelizmente o povo já havia decidido o veredito.
Outra caracteristicas dos romanos é suas estatuas de homens menos idealizados e até estatuas que retratavam idosos e crianças. Na escultura grega isto não acontecia. Para o grego ressaltar o vigor físico e a juventude era o que importava (não a toa Zeus tem o corpo de um jovem de 20 anos no estatuário grego).
Os romanos tranformaram o "pão e o circo" em lema. transformando o Coliseu Romano em símbolo de arquitetura porém, também de um povo que adorava a violência como diversão com os seus gladiadores e cristãos sendo devorados por leões.
De certa forma a febre pelo mundo greco-romano já havia dado os seus passos na Renascença no século XIV e mesmo antes disso já ocorria um resgate sobre o passado europeu: as igrejas davam aulas de filosofia e estudo da matemática euclidiana e poetas como Dante escreviam suas poesias inspirados em Homero e Virgilio.
O que existe de fascinante no mundo greco-romano afinal? Tirando alguns exageros em fatos históricos, o povo egeu (grego) trouxe a filosofia e um apego ao corpo. As esculturas de Miron e Policleto exaltam homens jovens de corpos musculosos e nus. Se compararmos com outros povos da época nunca o homem havia feito estatuas de si mesmo, já que antes somente as divindades podiam retratadas ou reis. Este olhar para si gerou a filosofia.
Socrates procurava a verdade, Platão procurava o conhecimento e Aristóteles a ordem. Juntos eles ajudaram o grego a pensar sobre política e instituir a democracia. o templo de Atenas feito no periodo de Péricles foi o auge da junção do conhecimento e sua transposição para o mundo material.
E os romanos? Ganharam destaque com as façanhas de Felipe e seu filho o Alexandre 'O grande'. Venceram os persas, inimigos mortais dos gregos e romanos e sempre viviam em combate ( é só lembrar da invasão de Xerxes a Esparta, descendente de Dario I este que havia lutado contra Alexandre).
Esta luta entre persas e gregos talvez explique ainda hoje os conflitos entre ocidente e oriente.
De toda forma, enquanto os gregos discutiam sobre sofisma/oratória e conhecimento, os romanos questionavam a verdade como Sócrates. Poncio Pilatos durante o interrogatório a Jesus Cristo, pergunta ao filho de Deus como um filosofo questiona um sofista para testar a veracidade das palavras do interrogado. Sócrates costumava fazer isso até que o interrogado entrasse em contradição. No caso de Jesus, Poncio não pôde tirar dele sofismas o que levou a querer inocenta-lo, infelizmente o povo já havia decidido o veredito.
Outra caracteristicas dos romanos é suas estatuas de homens menos idealizados e até estatuas que retratavam idosos e crianças. Na escultura grega isto não acontecia. Para o grego ressaltar o vigor físico e a juventude era o que importava (não a toa Zeus tem o corpo de um jovem de 20 anos no estatuário grego).
Os romanos tranformaram o "pão e o circo" em lema. transformando o Coliseu Romano em símbolo de arquitetura porém, também de um povo que adorava a violência como diversão com os seus gladiadores e cristãos sendo devorados por leões.
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